NACIONAL ENERGY

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012


Fui na agência do Banco do Brasil na Folha 31 só pra checar minha fatura, agora há pouco, por perto das 21h, e me deparei na porta com o aviso: “SISTEMA INDISPONÍVEL” – e com o adendo “sem previsão de retorno”.... Putz!
O que fiz? Puxei “mia” “mia” linda câmera sony pra registrar o fato. Aí, quando entrei na parte dos caixas de auto-atendimento, o guarda quis me intimidar e proibir que eu fizesse as fotos. Ai, ai... Cada um que me aparece! 

Com minha câmera na mão, se der, tiro foto até do Lula roubando galinha, ou, de seja lá o absurdo que existir nesse mundo.

Faz o favor BB... Respeite-me como cliente dessa agência há mais de 7 anos. E como jornalista, pergunto aí ao desavisado guarda: “Que mal há em provar que nessa noite de 14 de dezembro de 2012, a situação é de não atendimento?”. 

E mais. Oh, seu jovem guarda... Eu gravei o que você falou comigo na abordagem. Péssima! Pra que a mão na arma? Pensou que ia me dar medinho? Devia colocar a foto da tua cara aqui... Mas, vou ser tolerante e deixar passar dessa vez.
  

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Ser povo neste "seu meu" Brasil



Ser povo, da forma mais simples que quero passar aqui, é ser aquela grande e maior parcela da sociedade brasileira que paga caro por tudo. Energia, aluguel, feira, farmácia, impostos, parcelas no crediário... É você e sou eu. Pessoas que para conseguir um mil reais, livre, disponível pra se fazer um investimento, precisa ralar muito. Meses.
Isso é tão ralado que, nem assusta mais, saber que as pessoas – do povo – pagam caro por um estilo de vida que parece Deus, mas não o é. Com Deus não se tem uma vida de eterno escravo da miséria e da necessidade.
Chega a ser tão árduo que se gasta tanto esforço até juntar mil reais, a ponto de não sobrar mais vontade de tentar aquilo que se pretendia. “Será que valeu a pena?” Parece até que as forças que você tinha, e que te faziam pensar no seu objetivo, já não sobram mais. Secaram! A bateria do cérebro se descarregou nos músculos do trabalho diário.
Parece radical resumir o conceito de “ser povo” ao de “ter” pouco dinheiro. Há quem acha isso um fatalismo anti-capitalista. Outros, pensam que é pobreza de espírito democrático. Ou, no mínimo, que falar disso não é novidade nenhuma. Se não é novidade, então é o que? Respondo, é obviedade! E é exatamente aí, nessa obviedade que faz o povo ser povo em sua forma mais simples, que precisamos pegar o que sobrou de força pra nos pensarmos sendo um povo diferente.
Diferente, ok? Tipo, basta mudar suas obviedades. Está tão claro que se precisa mudar o que está tão claro.
Tenho começado a duvidar de tudo que é óbvio demais, porque, pelo que vejo, hoje em dia, afirmar que algo é óbvio se tornou praticamente atestado de que a vida tem que ser do jeito que ela é. Tipo, ontem e daqui a dez anos, pagar seis parcelas de cinqüenta reais no crediário é uma foto do meu hoje.
Não que tenha medo da obviedade de saber que eu sou povo. Esse povo que rala, que paga caro e não arruma mil reais fácil. Facilmente! E que nem arruma “dificilmente”. Inda que eu seja, e pertença financeiramente à parte da sociedade brasileira que tem pouco dinheiro, meu medo é admitir que a vida de povo só pode ser assim. Sempre uma dureza.
O que é óbvio só me atormenta mais porque caí também nessa mesmice de vida. E de que só posso ser povo assim, sempre no óbvio, no ter pouco dinheiro. Encarar a vida com esse atestado de que não há novidade, definitivamente, prova que algo precisa ser explodido. E o algo aqui não é a vida, mas o atestado de ser povinho do jeito que todo mundo está.
De certa forma meu cansaço está indescansável. Estou asfixiado de ser esse povo que só paga caro, e não tem sua casa própria, não consegue pagar conta de hospital... Até tem medo de ir ao hospital particular por causa da conta, do preço que a consulta é lá. Bem como prefere continuar doente a ir ao hospital público, pois, pelos menos doente, ainda dá pra viver mais um pouquinho.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Liberdade de Expressão - TMNC Censura!



Material de qualidade na net está cada vez mais difícil... há tantas baboseiras e amenidades que, quando encontro algo de alta qualidade e com teor crítico e didaticamente aplicável, faço questão de divulgar.
Deem um click aê galera!

O LIVRO DA GRATIDÃO

Escrever à tinta, isto é, com caneta, marca, fixa e demora muito mais que a escrita a lápis. Seja uma anotação simples pra recordar depois, ou um bilhete breve e casual. 
Quem o faz a lápis não deve contar com garantia de longo prazo. O escrito “perde” a legibilidade com o tempo. 
Tamanha é a facilidade que isso acontece, ao passo que, se compararmos com a possibilidade de ter sido feito com caneta, fica quase possível pensar que este mundo não necessita mais de lápis, lapiseiras e grafites.
Mas, tudo que é útil tem seu lugar em algum lugar no tempo. Pena que George aprendeu sobre o efeito de lápis e canetas por outro caminho. Demorou! Muitos sóis passaram. Até que um dia a vida ficou tão quente, que a única medida foi parar e trocar seus usos de lápis e canetas, pelos de canetas e lápis.
Durante a adolescência, desfrutando pouco da presença dos pais, e tendo um cotidiano lotado de coisas que correm para lados diferentes de seu estilo de vida, George foi compreensível. Virtuoso. Soube julgar a realidade que tinha. Soube escolher. Porém, mesmo sendo compreensível, não entendia porque o seu crescer pesava. Vivia, só que se sentia enfadado. Sorria, mas fazia isso calado. 
A voz dos pais, apesar de pouca, não faltou. Havia sentimento. E dos pais não há nada igual. Um bilhete escrito aqui por causa das tarefas que ele, agora mais garoto, tinha de cumprir no dia. Os recados do amigo e vizinho também feito a lápis, para convidá-lo pra alguma diversão esportiva. Do mesmo modo, uma orientação numa e noutra matérias da escola que os professores grafitavam, só pra ajudar no aprendizado. Enfim, muitos tons de cinza marcavam sua vida, vindos de tantos escritos não canetados



Coisas simples e pequenas. Todas boas, de fato. Mas não entravam no coração, não faziam diferença diante das que pesavam, e que só agora começa a perceber o que lhe afetava o sorriso, todo o peso no qual ele crescia. Acordou pra reler a vida e a cor de quem a escreve.
George viu que as notas baixas vinham em cores, vermelhas, azuis, às vezes pretas... Notou que também era de tinta a carta que recebera, contendo entre tantos parágrafos escritos um “não”. Era o da primeira garota. Igualmente, ele percebeu ao retornar pra casa, depois de um dia de aula, que o espaço deixado numa carta canetada por si no dia anterior, pedindo aos país que fossem juntos, finalmente em família, ao cinema, não continha a resposta de nenhum.
A maneira diferente de pedir um lazer aos pais, e que não deu certo, esta sim entrou no coração. Todos os “nãos” em que ele esperava os “sins”... todos escritos errados.
Nada entrou só. Por isso pesava tanto. Ele tinha lápis e caneta no coração, desse jeito não dá. “Eu preciso dizer pra alguém que isso não dá mais de suportar!” 
Então, ele assim fez. Orou e orou. O bom é que George recebeu resposta e resolveu escrevê-la como primeira página. E tão claro tamém (rsrs), que dessa vez ia fazer de caneta. “Filho, apague tudo, tudo isso; pois eu tenho um livro escrito só pra você. E não é de lápis feito, nem mesmo de caneta que também pode ser desfeita. O meu pra ti, foi desenhado, escrito e pintado com sangue eterno. Pra você tê-lo, basta começar uma nova página dizendo algo, um algo que é assim: Eu te agradeço, Senhor Deus e Pai. Amém!”. 
Em algum lugar de seu coração, ficou escrevinhada essa voz, e ela foi só tudo isso: “A primeira página do seu livro de gratidão”.  

sábado, 20 de outubro de 2012

A festa do pecado...


Ser um jovem cristão parece-me o mais desafiador possível, à medida que nossa sociedade valoriza o pecado. Investe-se nele cegamente. Inconsequentemente também. Muitos grupos de pessoas gastam mundos e fundos provendo o pecado. Nesse cenário, manter fixo o propósito de agradar a Deus é capaz de adrenalizar a vida de qualquer um.

Detalhe importante, esse cenário dura 24 horas, sempre que um novo dia começa. E é exatamente nele que estamos inseridos.

Líderes políticos, autoridades do governo, personalidades empresariais, artistas e celebridades bancam inúmeras impiedades aos olhos de Deus. Vícios, drogas, pornografia e alcoolismo indiscriminado listam em seus planos. “Sonham” e aplicam à massa popular qualquer idéia e forma que a possa por no cabresto, encoleirar. Inclusive, não poucos líderes religiosos assomam-se a este lugar de impiedade. Ainda hoje tem gente que acredita que usar boné é passaporte pro inferno... Aff heresia!

Vale dizer que, avaliar pelos olhos de Deus, equipara-se ao fato que os necessitados – e marginalizados pelo sistema – sentem sofregamente na pele.

“Nossa” cultura brasileira é bem diversa. Um povo plural desde sua gênese. Sei que há uma complexa discussão entre diversidade cultural e diferença cultural. Uma discussão atualíssima – apesar das décadas que se a vem estudando – e nada harmoniosa. Quem conhece Homi Bhabha entende o quanto a contemporaneidade “é” encarniçada ideologicamente. 

Porém, noto que no Brasil, nossa pluralidade saturada de dissensões, resume-se a duas categorias. A primeira, na qual se classifica todos os segmentos sociais que embora possuam uma variância incalculável, no fim das contas, é tudo farinha do mesmo saco. Eles colocam os preceitos e valores de Cristo fora de seu cotidiano. A segunda, é a categoria que apesar de ser imensa e vir crescendo continuamente no país, também continua estreita e, a rigor, evangélica.

Mais um detalhe. OK, farei de Emile Durkheim uma breve ancora. Este abalizou princípios sociológicos básicos para a vida em sociedade. Esta entra no estágio patológico uma vez que seus agentes sociais não cumprem seus papéis. Noutros termos, vive-se mal em qualquer cidade onde seus habitantes se isentam de suas responsabilidades coletivas.

Assim sendo, enquanto a primeira categoria implode todos os direitos e deveres que julgam anacrônicos e intragáveis à nova conjuntura sócio-política e econômica do mundo, a segunda busca “desmantelar” essa subversão ridícula, praticada por todos os movimentos sociais que não enxergam o ser humano pela ótica de Deus Pai.

Ops! Parece infantil agir assim, desmantelando as coisas. Pois bem, porque temos coração de criança que cremos que essa festinha tem suas horas contadas, cada vez mais perto do fim.

Isto é, quase ia “me se” esquecendo, a festa do pecado tem fim. Um péssimo!



segunda-feira, 15 de outubro de 2012

“Toda escola pública...”



...pode ser um bocado de coisa boa. É verdade! E o governo federal tá batendo nessa tecla, divulgando nas propagandas televisivas e impressas. A intenção governamental com certeza já recebeu elogios, especialmente, das empresas de publicidade e demais mídias que “propagandam”. Em resumo, é uma palavra de incentivo e valorização às escolas públicas no país. É ou não?

Na “minha” última edição da revista Língua Portuguesa (setembro), logo que a abri – antes de comprá-la, como faz um bom freqüentador de bancas – vi numa das páginas, capital e estrategicamente à direita, a ilustração contendo alunos sorridentes bem como o enunciado: “Toda escola pública...”, você pode imaginar o resto.

Agora, vamos caminhar aqui pra minha realidade. Se possível venha aqui em Marabá, sudeste do estado do Pará, bairro Laranjeiras – “Ou será que é o Liberdade? Urgh... Isso é o de menos”.

Caminhe até a Escola Municipal de Ensino Fundamental Heloísa de Souza Castro, que fica ao longo da Avenida Gaviões, bem no ponto de encontro com a Travessa Goiás – popularmente conhecida como “rua da carniça”. “Chegou?” Ali verás que toda escola pública também pode ser um bom lugar pra se armazenar lixo.  

E essa foto aí, dificilmente, e muito impossivelmente, há de aparecer numa dessas revistas. Afinal, vai provar que a verdade é o contrário do que proposta governamental diz, ou, que a Heloísa de Souza Castro não é uma escola pública. Ok?

terça-feira, 25 de setembro de 2012

AD Missão realiza encontro de bandas gospel



Liberdade foi cenário de louvorzão que reuniu denominações do meio evangélico
A igreja evangélica Assembleia de Deus – Missão em Marabá, situada no Conjunto Vale do Itacaiunas, Núcleo Cidade Nova, promoveu o I Encontro de Bandas, na noite de sábado último(8), o qual recebeu a participação expressiva da comunidade. O local do evento, no espaço da Travessa Coronel Manuel Bandeira, ficou repleto de apreciadores da música gospel e clima cristão.
O cenário montado ao longo da via, às proximidades da Escola Municipal Profª Josineide da Silva Tavares, também foi freqüentado por fiéis de diversas denominações evangélicas, que assistiram ansiosos as ótimas apresentações.
De acordo com a cantora e organizadora do encontro, Mayara Alves, 18 anos, a população gostou a ponto de parabenizar a programação da festa. Esta, embora fosse uma competição delicada, não faltou a harmonia entre os cantores e bandas, nem o reconhecimento sobre o desempenho de cada um.
“Eram cinco jurados, havendo premiações para os três primeiros colocados. Deu muita gente mesmo, muitos estavam gostando”, afirma a jovem, acrescentando que o recurso arrecadado vai incrementar os projetos da igreja, localizada em um bairro que faz parte da periferia da cidade.      
Além disso, Mayra Alves observa que a noite contou também com apresentações de teatro e coreografias.
Segundo Juscelino Castro, 30, que atuou em uma das performances de louvor, comentou que a banda deu o seu melhor e que a iniciativa da igreja merece muitas congratulações.
“Nós pudemos nos apresentar e levar o louvor a Deus Pai, com a fé que cantamos em nossa igreja”, pontua.
Ele e os membros da banda congregam na Igreja do Evangelho Quadrangular, cuja sede fica no Bairro Independência, e puderem tanto competir quanto ministrar a mensagem de Jesus Cristo através da música. 

Marcia Coelho, congregada à AD Templo Liberdade, ficou com a premiação do primeiro lugar. Ela concorreu com mais sete grupos gospel e, com o hino selecionado, saiu vencedora na avaliação dos jurados.
Jesiel Ribeiro, membro da AD no Conjunto Itaciaunas, assistiu com satisfação as diversas atuações, agradecendo a Deus pela comemoração saudável e segura promovida pela população de adoradores naquela ocasião.   

terça-feira, 18 de setembro de 2012

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Escola Darcy Ribeiro x Algozes de 4 rodas

Manifestantes pedem paciência aos condutores a fim de que possam cumprir a revitalição das faixas

Manifestação realizada na penúltima semana de agosto, pelos professores e alunos da Escola Municipal Darcy Ribeiro, situada na Avenida Boa Esperança, Bairro Liberdade, que cansaram de correr perigo porque, não só a faixa de pedestre estava apagada, mas se tornou costume o abuso de velocidade por parte dos condutores. Frente de escola não é pista de Fórmula 1.
Por volta das 16h, daquela terça-feira(21), uma família que o coletivo da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Marabá) acabara de deixar, na esquina oposto a da escola, precisou esperar a boa vontade dos condutores para que pudessem atravessar a via. Aliás, o pai teve que correr empurrando a cadeirante, evitando assim um acidente. 
Os educadores haviam fechado parcial e temporariamente a avenida, no trecho em frente à escola, para pintarem a faixa de pedestres que dá acesso a mesma, e que se encontrava bastante apagada.
Por conta disso, é comum ver os motoristas desrespeitando o direito dos pedestres que, conforme informações da direção do Darcy Ribeiro, estima-se que só de alunos seja em torno de 1000.
Josias aponta pros estudantes que ajudam na manifestação
A situação ainda se complica mais, porque, do outro lado da via, existe mais uma instituição de ensino público, o Núcleo de Educação Infantil (NEI) Emília Ferreiro, fronteando aquela escola.
E, segundo uma das professoras lotadas no NEI, Valdirene Martins, mais de 200 alunos, entre meninos e meninas, precisam utilizar também a faixa de pedestres e, mesmo estando com os pais ou responsáveis, a travessia é arriscada porque muitos condutores ferem a lei, quanto ao limite de velocidade nas proximidades de escolas, e quanto ao uso da faixa.

Forte amor




Salmos 18: 1 – 3.

         “1 Eu te amo, ó SENHOR, força minha. 2 O SENHOR é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte. 3 Invoco o SENHOR, digno de ser louvado, e serei salvo dos meus inimigos”.
         Um espírito abatido, abalado, angustiado, pode estar no peito de qualquer homem ou de qualquer mulher. Hoje em dia, sabe-se inclusive de crianças que secam, que mofam, deprimidas e com suas alminhas pesadas. Depressão não é privilégio; desespero, muito menos. Viver é um prazer e um desgaste. Nossa queda nos fez finitos, nossos pecados, fracos, nossas lutas, cansados.
Há quem exista longe disso? Acaso toda humanidade não é assim?
         Quem anda com Deus pode sofrer da mesma sorte que o ímpio. Um descrente perde um parente, do mesmo modo, que um irmão próximo perde um primo. Vejo servos de Cristo “desempregados”, vejo desviados e perdidos com o mesmo fardo. Coisas assim, já aconteceram antes; eu e você, como filhos amados, bem sabemos.
E nem falo aqui no abalo que pode vir no amanhã, isto é, no futuro como o conhecemos e no que o desconhecemos... Em quê está, então, a nossa glória? Diante de todos os males, de que nos vale a nossa fé?
         Sim, há algo em que temos muito a glória. Digo, há alguém em quem posso me encontrar, mesmo que o mundo me roube toda glória que me iludiu dar.

O SENHOR DEUS, a quem temos como Pai. Nele é que está a força do nosso amor. O Pai dos pais, Padre dos padres, Bispo dos bispos e Senhor do meu senhor. O Senhor é o pastor do meu pastor; Ele não nos faltará.
Para todas as crises e confusões que atravessarmos em nossa caminhada: erros e consequências ocasionados por nossas mãos ou pelas mãos alheias, as quais beijamos com tanto amor e confiança, ou mesmo pela cilada de um satan qualquer, tudo isso não poder maior do que o amor do nosso Deus. Isso tudo não pode decretar nosso fim.
Se chamarmos com fé nosso Pai, se Ele olhar e achar amor em nossos corações, apesar de nossos pecados, como Pai Deus vai agir.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Trabalho infantil na praia do Geladinho


Garotos vendendo “geladinho” ao longo da praia conhecida pelo mesmo termo. Coincidência não muito feliz. Enquanto os banhistas cuidavam do seu lazer, a viagem do infante entre a multidão parecia invisível.


No Brasil, assuntos delicados e polêmicos tendem a ser eternizados, ainda que todos afirmem que os querem solucionados. Na Lei, qualquer tipo de exploração em atividades remuneradas, para com os menores, deve ser fiscalizada pelo poder público, os pais e a sociedade.

Somente na qualidade de menor aprendiz que a inicialização a formação profissional é permitida. E, para isto, há uma legislação específica que regula a atividade dos juvenis.

Embora o ponto de referência seja o São Félix, Geladinho é de fato o nome do bairro em que se localiza a praia. Por lá, a poeira impera na estrada que dá acesso às margens do Rio Tocantins.

Eu, na praia do Geladinho durante o feriado(15), Adesão do Pará, fiz alguns registros naquele lugar, que me contristecem, só de lembrar que passei a parte de virada da infância pra adolescência visitando ali.

Oh minha praia, onde as crianças que deviam brincar com seus brincos, trabalham e são invisíveis... e a terra que te faz sanguínea, mais é tratada como asfalto de pista de fórmula 1.
Olha só o capítulo do ECA - Estatuto da Criança do Adolescente abaixo. Na Lei é bem bonitinho, que até nos faz esquecer o grotesco na realidade.  
CAPÍTULO V
DO DIREITO À PROFISSIONALIZAÇÃO
E À PROTEÇÃO NO TRABALHO
Art. 60 - É proibido qualquer trabalho a menores de 14 (quatorze) anos de idade, salvo na condição de aprendiz.

Art. 61 - A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação especial, sem prejuízo do disposto nesta Lei.

Art. 62 - Considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor.

Art. 63 - A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:

I - garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino regular;

Il - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;

lII - horário especial para o exercício das atividades.

Art. 64 - Ao adolescente até quatorze anos de idade é assegurada bolsa de aprendizagem.

Art 65 - Ao adolescente aprendiz, maior de 14 (quatorze) anos, são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários.

Art. 66 - Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido.

Art. 67 - Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado trabalho:

I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte;

Il - perigoso, insalubre ou penoso;

lII - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social;

IV - realizado em horários e locais que não permitam a freqüência à escola.

Art. 68 - O programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob responsabilidade de entidade governamental ou não-governamental sem fins lucrativos, deverá assegurar ao adolescente que dele participe condições de capacitação para o exercício de atividade regular remunerada.

§ 1° - Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em que as exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social do educando prevalecem sobre o aspecto produtivo.

§ 2° - A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação na venda dos produtos de seu trabalho não desfigura o caráter educativo.

Art. 69 - O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no trabalho, observados os seguintes aspectos, entre outros:

I - respeito a condição peculiar de pessoa em desenvolvimento;

Il - capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Ser pai...




Ser pai é acima de tudo, não esperar recompensas. Mas ficar feliz caso e quando cheguem. É saber fazer o necessário por cima e por dentro da incompreensão. É aprender a tolerância com os demais e exercitar a dura intolerância (mas compreensão) com os próprios erros.
Ser pai é também aprender errando, a hora de falar e de calar. É contentar-se em ser reserva, coadjuvante, deixado para depois. Mas jamais deixar de falar no momento preciso. É ter a coragem de ir adiante, tanto para a vida quanto para a morte. É viver as fraquezas que depois corrigirá no filho, fazendo-se forte em nome dele e de tudo o que terá de viver para compreender e enfrentar.
Ser pai é saber e calar. Fazer e guardar. Dizer e não insistir. Falar e dizer. Dosar e controlar-se. Dirigir sem demonstrar. É ver dor, sofrimento, vício, queda e tocaia, jamais transferindo aos filhos o que, a alma, lhe corrói. Ser pai é ser bom sem ser fraco. É jamais transferir aos filhos a quota de sua imperfeição, o seu lado fraco, desvalido e órfão.Ser pai é aprender a ser contestado mesmo quando no auge da lucidez. É esperar. É saber que experiência só adianta para quem a tem, e só se tem vivendo. Portanto, é agüentar a dor de ver os filhos passarem pelos sofrimentos necessários, buscando protegê-los sem que percebam, para que consigam descobrir os próprios caminhos.
Ser pai é aprender a ser ultrapassado, mesmo lutando para se renovar. É compreender sem demonstrar, e esperar o tempo de colher, ainda que não seja em vida.
Ser pai é aprender a sufocar a necessidade de afago e compreensão. Mas ir às lágrimas quando chegam. Ser pai é saber ir-se apagando à medida em que mais nítido se faz na personalidade do filho, sempre como influência, jamais como imposição. É saber ser herói na infância, exemplo na juventude e amizade na idade adulta do filho. É saber brincar e zangar-se. É formar sem modelar, ajudar sem cobrar, ensinar sem o demonstrar, sofrer sem contagiar, amar sem receber.
Ser pai é saber receber raiva, incompreensão, antagonismo, atraso mental, inveja, projeção de sentimentos negativos, ódios passageiros, revolta, desilusão e a tudo responder com capacidade de prosseguir sem ofender; de insistir sem mediação, certeza, porto, balanço, arrimo, ponte, mão que abre a gaiola, amor que não prende, fundamento, enigma, pacificação.

Ser pai é atingir o máximo de angústia no máximo de silêncio. O máximo de convivência no máximo de solidão. É, enfim, colher a vitória exatamente quando percebe que o filho a quem ajudou a crescer já, dele, não necessita para viver. É quem se anula na obra que realizou e sorri, sereno, por tudo haver feito para deixar de ser importante.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Pornofonia invade a menoridade





Uma crítica além do ritmo. Sons automotivos e estabelecimentos que não respeitam a lei dos decibéis, fiscalizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), não são as únicas fontes de reclamações. Cada vez mais o teor das músicas que se popularizam em Marabá “ganham” no apelo erótico, sobretudo, por parte dos adolescentes.
A indiscriminada reprodução de músicas com conteúdo pornofônico, a qualquer hora do dia, tem rendido controvérsias entre a população. Principalmente, por que a crítica parece ser destinada somente ao funk, uma vez que outros estilos musicais também se valem da libido no ser humano.
De acordo com Elisângela Santana, 34 anos, mãe de três adolescentes, gostar de ouvir música sempre foi algo bastante normal e inocente durante sua criação, mas hoje, se tornou um alerta que é de colocar qualquer mãe de “orelha em pé”.
“De repente você está na esquina de casa com os filhos e passa um carro com uma música dizendo muitas imoralidades. Eu não sei o que pensam meus filhos quando ouvem aquilo, mas sei que não é o certo pra idade deles”, afirma Santana.
Segundo Tatiana Lima, 25, jovem que já encerrou o ensino médio em Marabá, há muitas pessoas contra o erotismo exagerado nessas letras, só que não sabem a quem recorrer. Ela também tem uma visão mais desanimadora com relação à influência que essas músicas, que até simulam os sons do ato sexual explicitamente, trazem a juventude.
“Acho essas músicas umas porcarias, que só servem pra poluir mais ainda a mente de crianças e jovens”, enfatiza Lima, lembrando que sabe de alguns juvenis que chegam a ouvir escondidos dos pais, os quais não aceitam esse tipo de conteúdo.
Já para o acadêmico pela Universidade Federal do Pará, Cassio Melo, o interesse pelo prazer imediato, ainda que seja necessário generalizar a mulher como objeto que serve apenas para o sexo, representa a força dessa linha de canções pornofônicas.
“A meu ver, esses grupos jogam justamente com a questão do prazer, ali no momento apenas, e as pessoas que gostam dessas músicas não querem ouvir uma música mais reflexiva, que faz pensar sobre a condição de vida”, observa Melo.
Conforme Aglaysse de Souza, não dá pra se identificar com a imagem pejorativa que fazem da mulher.
Souza entende que as mulheres que se submetem a dançar essas músicas nos grupos, geralmente possuem um corpo escultural, porém, essa estética não vale mais que o respeito próprio.
“Eu não me vejo assim. Acho que essas canções, na maioria das vezes, denigrem a imagem da mulher e influenciam no comportamento dos jovens. É uma falta de respeito as palavras que são usadas pra se referir a mulher”, defende.

Morte e vida severina - João Cabral de Melo Neto (Trecho)

O RETIRANTE RESOLVE APRESSAR OS PASSOS PARA CHEGAR LOGO AO RECIFE

— Nunca esperei muita coisa,
digo a Vossas Senhorias.
O que me fez retirar
não foi a grande cobiça;
o que apenas busquei
foi defender minha vida
de tal velhice que chega
antes de se inteirar trinta;
se na serra vivi vinte,
se alcancei lá tal medida,
o que pensei, retirando,
foi estendê-la um pouco ainda.
Mas não senti diferença
entre o Agreste e a Caatinga,
e entre a Caatinga e aqui a Mata
a diferença é a mais mínima.
Está apenas em que a terra
é por aqui mais macia;
está apenas no pavio,
ou melhor, na lamparina:
pois é igual o querosene
que em toda parte ilumina,
e quer nesta terra gorda
quer na serra, de caliça,
a vida arde sempre, com
a mesma chama mortiça.
Agora é que compreendo
porque em paragens tão ricas
o rio não corta em poços
como ele faz na Caatinga:
vivi a fugir dos remansos
a que a paisagem o convida,
com medo de se deter
grande que seja a fadiga.
Sim, o melhor é apressar
o fim desta ladainha,
o fim do rosário de nomes
que a linha do rio enfia;
é chegar logo ao Recife,
derradeira ave-maria
do rosário, derradeira
invocação da ladainha,
Recife, onde o rio some
e esta minha viagem se fina.

sábado, 7 de julho de 2012

Apelo de férias

Deixar os livros de lado, mochilas escolares jogadas, tudo ao mofo... parecem atitudes comuns no início das férias. Afinal, o repouso integral chegou. Estudar cansa a mente e entorpece nossos gostos porque o dever vem em primeiro lugar. Temo-lo que cumprir!
Quisera eu acreditar nisso! Que tal repouso vem como a benesse pelo empenho de todos estudantes, de cada um que faz parte de qualquer contexto de estudo escolar.
Nada! O Brasil permanece a passos largos de ser formado por povo um tanto mais sábio, militante, pesquisador, leitor e ético.
Enfim, meu apelo nessas férias.
Reflitam sobre o que é ser aprendiz. Estudar é faculdade inata no homem, pena que a sociedade se entorpeceu com a moda, a música de nível indigente, a luxúria televisionada pra todas as gentes como se a vida fosse menos que o inferno aparente, sustentado pelo Sistema Totalitário Mercantil (STM). Ou, como tá poraí, vida de empreguete é a vontade de ser patroa - não importa quem fica pra trás.
Peço! Leiam bons livros. Sobretudo, a Bíblia Sagrada e .

Vê se vale um investimento lá tb VALE?


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Ananindeua, 29 de junho, às 21h



Às margens da capital do Estado está a cidade de Ananindeua. Na verdade, chama-se de conurbação o termo geográfico adequado que retrata a relação espacial dela com Belém. Isto é, quando duas cidades crescem a ponto de seus limites territoriais se ligarem, devido a construção de casas, prédios, que representam a expansão de bairros, estradas, enfim, produto do desenvolvimento populacional.
Ou, seria um tipo de desenvolvimento rotulado por aquela palavrona – melhor dizer palavrão –, que se constrói mais ou menos assim: sócio-político-econômico? Sabe lá! Falar claro, não está certo, mas tá claro certo?
Bem, esquecendo o palavreado acima, temos um porém aqui. O retrato espacial desenha a caricatura do que é uma cidade, vizinha da capital, vivendo “às margens” do desenvolvimento desta.
Em viagem que durou toda a semana passada, hospedado no Centro Mariápolis que fica no município de Benevides, passei por situações inéditas naquelas bandas. Naturalmente, por ser esta minha primeira excursão por cidades que compõem a Grande Belém. Que coisa foi aquela? Passei por quatro cidades, sendo conduzido no carro de um amigo, em menos de uma hora.
Assim, foram cenas inusitadas, algumas receosas, cômicas e outras até agora sem uma classificação precisa de minha parte. Obviamente, julgo todos os acontecimentos assim porque já estou afeito a moradia em Marabá desde 2004.
Acostumei-me novamente a esta cidade, onde nasci no ano de 1985. Acostumei-me às imagens que passais pela minha retina.
Poderia esboçar aqui o desconforto de coisas que ocorreram dentro do shopping Castanheira, como ao perguntar pro guarda dentro de uma mini agência do Banco do Brasil, se ali havia um caixa de auto-atendimento e a única instrução recebida ser: “Espera na fila aí, que o cara vai te dar uma senha”. Desisti. Espantei-me por ver que a poucos passos, pior, a cada andar havia muitos.
Quero referir aqui pelos menos duas situações, que ocorreram já no dia de voltar. Isso em Ananindeua, e guardar só comigo os gracejos que fiz, um dia antes, ao perceber que no ponto de mototaxi em Benevides há muitos capacetes, pendidos como roupas num varal. Eram quase todos amarelinhos, postos em pregos à semelhança de cabides ao longo de toda a madeira. Um ponto tipo choupana. Nenhum passageiro vai hesitar qual helmet usar.
Tirei fotos das duas, assim não dependo só do fio da memória. Este danado gosta de brincar comigo, e, de quando em vez, volta e meia, apronta-me cada uma.
Ambas sucederam na mesma noite, ambas em frente do prédio da prefeitura de Ananindeua. Vou manter a ordem espacial e cronológica delas, quem sabe assim agente faz aqui um déjà-vu
Duas viaturas estacionaram na calçada com frente esse prédio, seguidas por um guincho, digo, um desses caminhões reboque, transporte de carros; e por uma combie, caracterizada com o nome DEMTRAN. Uma viatura pertencia a Polícia Militar(PM), a outra à SEMTRAN.
Não pensem aqui que encasquetei com a diferença de nomes entre a combie e a VTR, que se vi bem – e a fotos me permitem afirmar – esta era numerada com 05. Não, não. Não foi por isso. A mim bastava ver o nominativo TRAN para entender que era alguma coisa de órgão de trânsito.
Aqui mesmo há o DMTU e o Detran que fazem as vezes compreender menos do que li no CTB – Código de Trânsito Brasileiro. Pra quê encasquetar com isso então? Muitos menos depois de ficar me perguntando que rodovia era aquela à minha frente, ou, se era mesmo rodovia. O tipo de coisa que geralmente se resolve questionando com alguém que more por ali.
Daí, perdido em pensamentos com meus botões, dei com os olhos numa placa que fica no meio, melhor, no matinho que fica entre as calçadas que separam as duas pistas, uma que passa em frente da prefeitura e a outra sendo a mão oposta. Sendo também o lugar de onde vi e fotografava a maior parte do acontecido.
“Polícia Rodoviária Federal a 500 metros”.
Mais uma vez entrei no meu estado de epifania. “Ah! Então não é rodovia. Casso fosse, é a PRF que viria resolver essa situação aqui. Mas, por que aquela placa ali?”. Contudo, por reparar que havia uma rua contígua a calçada própria da gestão municipal, fazendo curva à esquerda, desconclui tudo pra poder pensar: “Deve se igual em Marabá, que DMTU fica às margens da rodovia (BR-230) pra multar. Tipo assim, lá na entrada da Avenida Antônio Vilhena”.
Só que a situação era bem simples. O dono do carro estacionado em frente a prefeitura se demorou ali, digo, em algum lugar. Rebocaram. Isso é igual acontece se algum “doido” estacionar nas paradas de ônibus na via principal do Bairro Cidade Nova. Pensando bem, doido é um juízo muito forte. Isso aconteceria com qualquer condutor absorto, por causa de sabe lá o quê das preocupações da vida, que cometa tal coisa.
A outra situação é mais simples ainda.
Se tem alguém que reclama da Rodoviária do Km 06, precisa dá uma olhada no aglomerado de agências de transporte que ficam do outro lado da rodovia – que eu imaginei a pouco que não fosse. Na mão oposta da via como eu disse anteriormente.
As “casinhas” onde ficam os pontos das principais agências que conhecemos aqui no sudeste do Pará, parecem aquelas “acomodações” provisórias que o MST faz quando invade/ocupa algum órgão público, só o material é que muda; ou, bancas em que se vendem comidas típicas nas festas juninas.

domingo, 24 de junho de 2012

Se eu fosse amigo do Neymar...


Como seria se o Neymar fosse meu amigo? O cara é tão conhecido que se quer há a necessidade de referendá-lo como, o jogador Neymar, do time de futebol Santos, lembra? Agora, tente fazer isso com meu nome por aí. A pergunta imediata seria: “Que Anderson?...” Você está rindo, né? Tb ñ precisa avacalhar! Alguém mais sensato explicando diria: “É o poder da mídia”; já uma tiete: “Ele é o cara!”, e, um santista, todo torcedor sabe... Amenidades.

Eu não digo assim amigo, tipo, de conhecido só, ou, porque tivesse alguém da família dele que fosse mais íntima de mim. Nem eu como parente dele, entende? Tô imaginando só como amigo, chegado! Ok? “Tendeu”? Pois bem, creio que a maioria das pessoas, por causa da atual fase na carreira desse camarada, ia me julgar privilegiado. E abusar de mim um pouquinho, tipo, “Mano, me arruma um autógrafo dele ou uma camisa, um chiclete mastigado, o pente...” Arre, chega! Que tristuras...

            Mas, e eu? Como eu me veria?

            Preocupado e um tanto esperançoso. Afinal, sou cristão e sei que futebol não salva a alma de ninguém. Pior, sei que esse esporte é uma deidade no meu país – e não apenas nele –, uma deidade tão maligna que ilude bem quem a vê como fonte da felicidade. Bullshit!

            Veria que seria preciso aproveitar qualquer oportunidade pra revelar-lhe o amor de Jesus. Pregar? Sim, pregar... anunciar o evangelho, de modo que Jesus Cristo se tornasse mais que uma fitinha amarrada na cabeça dele.

            Enfim, estaria eu agindo verdadeiramente como amigo. Realmente a palavra amizade não seria um discurso vazio, porque, quem é amigo de Deus Pai, faz assim. E bem feito!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Nas mãos do diabo (...)


“Nas mãos do diabo da lei!”, esta expressão existe e o estranhamento que ela causa, se dá em parte, pelo fato de a ideia mais comum de lei ser ligada ao senso do bem comum. Se algo é lei, é para o bem de todos, não é mesmo? Mas, desta vez, o incomum vem ao caso, detalhe, com um jugo nada suave.

Um amigo caiu nas maléficas mãos – vale dizer com obviedade que é um amigo meu – e entendo que em algum momento quis ele se auto indagar: “Meu Deus! Que diabos de lei é essa?

A situação é a seguinte. Ele, no papel de empregador, estava tentando manter um estabelecimento de trabalho, assegurado pelo alvará de funcionamento, em um ponto bem movimentado num dos bairros periféricos de Marabá. Conseguiu dar um ritmo de trabalho nos últimos meses, uns 4 ou cinco desde que adquiriu o ponto, e, por certo, esperava alavancar ainda mais o negócio.

Então, cadê as mãos do diabo nisso? Está na injustidade do direito trabalhista, precisamente, na interpretação que nossos magistrados fazem dele.

Ou seja, adiantando a segunda obviedade, o rigor das leis trabalhistas foi o buraco da queda. Nesse caso, o tal rigor não tem nada de angelical.

Isso porque a maior parte da mão de obra empregada no local era formada por rapazes na menoridade. 15, 16 e 17 anos. Apenas um com mais de 18. A multa que recebeu por operar nessas condições o fará fechar as portas, algo na casa dos R$ 10.000,00. E já está se vendo obrigado a isso.

Antes de qualquer juízo contra mim, juízo hostil, vejo necessário terminar esta palestra sendo bem ouvido, lido e compreendido. Afinal, se pararmos por aqui, tudo indica que sou a favor a exploração do trabalho infanto-juvenil.

E foi simples assim: servidores da Justiça do Trabalho e do Ministério Público, numa data inesperada, chegaram ao local e se depararam com a má dita cena dos juvenis. Todos no lava a jato efetuando o ofício. Não poucos veículos havia ali.

Resultado, crime contra o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ou, contra os Direitos Humanos, dá no mesmo.

Assim, segundo espera a justiça trabalhista, ele, até então otimista e dono, deverá arcar com multas e indenizações para com a família dos mancebos ali. Poderá pagar os menores que foram, na ótica do direito trabalhista, explorados, do jeito que ele tiver. E tudo indica que não há outro possível que não seja a venda do popular lava a jato.

Alguém pode aqui me corrigir defendendo que não tem nada de errado, afinal, a lei deve punir todo tipo de exploração imposta ou induzida aos infantes. Sobretudo, aquela mais comum, o abuso da força de trabalho que eles têm.

Agora, é imparcial e definitivo assim: qualquer adolescente exercendo um trabalho é exploração? Bem, sabemos que hoje há uma concessão entre o governo e as empresas quanto a condição de menor aprendiz. Só que isso ocorre em empresas grandes.

 Como fica, então, as pessoas que começam do zero e não possuem uma empresa capaz de dar esse amparo aos jovens? Ser patrão é coisa de rico mesmo, ham?

Será que algum dia passado essas macro empresas não usufruíram dos nossos avós quando adolescentes?  E não estou falando de trabalho de risco ou degradante. Estes nem adulto merece.

Todos os pais e mães cientes de que seus filhos trabalham antes do que a lei preconiza são bem abastados? Aceitam só porque acreditam piamente que o trabalho dignifica o homem exclusivamente?

Não sou contra a aplicação da lei que protege as crianças e adolescentes de qualquer tipo de exploração.

Sou avesso a problemas que foram deixados de fora.

Um deles. Sou contra o uso dos bodes expiatórios. Isto é, este empregador, um passo atrás do que seria uma microempresa, foi pesado com um rigor exacerbado – como se tivesse punindo todos os empregadores que possuem jovens nessas condições.

Outro. A maior parte, senão a totalidade, dos jovens na menoridade em busca de dinheiro se encontra assim porque não são amparados por políticas públicas. Nunca vi adolescente da classe A e B trabalhando irregularmente em níveis de trabalho similares ao exposto aqui. Picolé, chope, vídeo-game...

O pior. Nossa sociedade não reconhece o valor elementar do tempo escolar. Não há de fato uma relação harmoniosa entre estudo, trabalho e esporte para se alcançar condições dignas de vida. Nossa política capital faz delas alternativas quase independentes.

Se neste caso, os jovens encontrados não podiam atuar em nada mais que o estudo escolar, até que chegue o tempo certo para se empregarem, a escola pagaria para que eles estudassem. Absurdo? Não... Hipocrisia e indiferença dos governantes.

Resguardo a identidade do proprietário, porém, sabemos que não são poucos os casos parecidos com esse em Marabá. E cada um deve ser avaliado conforme as variantes que existem em cada um.

Erradicar o trabalho infantil com medidas indiferentes e homogêneas não dá conta da atual realidade. Algumas medidas rígidas e imediatas não possuem a extensão e o amparo para dar conta de resolver realmente o problema de cada um.


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Caixa Econômica, cadê o guichê?

A nova agência da Caixa Econômica Federal, na direitura da rotatória da Nova Marabá, ali ladeada pela City Lar, foi um tanto antipática hoje. O lugar todo não, mas a parte do atendimento de caixa deixou muito a desejar.
Vi muita gente veaca!
Como falta o guichê eletrônico que anuncia as senhas chamadas, todos tinham que ficar atentos aos "gritos" dos atendentes. E aí de quem não ouvisse! Perderia horas de seu dia esperando se alguém passasse na frente...
Vale lembrar que qualquer um pode enrouquecer - se não enlouquecer antes, ham? - depois de um expediente assim.
Estive lá por volta das doze horas - 16 de maio - e passar o horário de almoço da minha quarta feira naquele lugar só teria um motivo imediato. O PIS-PASEP saiu, oras... Melhor, ele chegou e foi mais quem bem vindo.
Outra antipatia, pelo menos ao meu ver, é o fato de quem está esperando não ter nadinha pra se entreter ali... Que ambiente enlanguecedor! Aliás, todos ficam de frente para um "paredão cinzento", digo, uma divisória que impede que vejamos quem está lá na fila, sendo atendido, ou o que quer que se faça lá...
Cinza, meu amigo! Esse negócio pelo menos é terapêutico?
Paia mesmo é quando chamam as senhas fora de ordem. Se ao menos fossem as preferênciais, tudo bem; só que ninguém estava a entender aquilo.
Eu tinha em mãos a senha: CC062, e antes de mim, chamaram primeiramente senhas: 50, 52 e 54; só após isso, eles retornaram para a 40, e, seguiu-se até que chegasse a minha.
Contudo, houve um momento cômico sim.
Como não havia assentos para todos, algumas pessoas, além de tomadas pela curiosidade do que poderia haver no além paredão cinzento, acabaram se conjuntando perto da entrada dos caixas.
Ao que tudo indica, um dos seguranças saiu de seu posto e foi lá pedir para as pessoas irem circulando das proximidades... Afinal, estava tapando a entrada do caixa!
E olha que quando percebi que ele conversava no comunicador, seria por algo do tipo: "Tem uma figura suspeita, logo ali", ou, qualquer outra coisa que não faça deles estátuas, bustos da autoridade privada.