NACIONAL ENERGY

sexta-feira, 28 de junho de 2013

VALE recebe protesto nos trilhos do Bairro da Coca-Cola.

O grupo “Movimente-se” realizou na tarde de ontem (28) o 3º ato da onda protestos, iniciados em Marabá. A concentração começou por volta das 16h sob as dependências da Praça da Criança, largamente conhecida como “Praça do foguete”, no Núcleo Nova Marabá. (Ver vídeo) 
Durante o terceiro ato de reivindicação, o professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Wanderley Padilha, frisou novamente os objetivos desse protesto e algumas conquistas já alcançadas:  

“Nós não queremos a privatização do Hospital Municipal de Marabá. Isso é o que está acontecendo nos hospitais a nível nacional. Nós queremos é mais recursos na saúde. Queremos mais gestão controlada pela população, através do conselho de saúde. Tem uma praticamente eleito e retirado da Conferência Municipal de Saúde. Nós queremos ainda a construção de escolas nos setores onda moram a população mais pobre  dessa cidade, que são nas ocupações urbanas, nos setor rural, pra poder dar um atendimento escolar para os filhos dos trabalhadores. Essa Manifestação é parte das duas outras que foram construídas e, possivelmente, é parte das próximas que virão. A nossa luta segue. O movimento se organiza assim”.
Também participando do 3º ato, o professor do Instituto Federal do Pará (IFPA), Ribamar Ribeiro, enfatizou o caráter da luta:
“Vamos manter a mesma raça, a mesma fibra da última quinta-feira(20) e da terça-feira(25). Vamos seguir firme. O movimento continua e temos que garantir os compromissos de pelos a três pautas que foram feitas. Vamos manter a luta.  O que garante nossa energia aqui na rua é a disposição de termos uma pauta firme, por direitos em Marabá. Eu acho que não é momento de desanimar. E sim de incorporar essa energia aqui na rua, e continuar a luta. Se a polícia está aí é porque ela tem medo da presença do povo na rua. Vamos às ruas!”. 
Após isso, a turba de manifestantes partiu rumo ao trilhos da mineradora Vale do Rio Doce, que cortam o Bairro Nossa Senhora Aparecida – o famigerado bairro da “Coca-Cola” – com gritos de protesto. Entre eles, os mais notados foram: “Vem... Vem... Vem pra rua vem!” e “Dois reais, ninguém aguenta. Eu quero é um e oitenta!”.
Cantarolando algumas das marchinhas de resistência, endereçadas à mineradora, um membro do movimento, Edilson Gondim, maestrou no carro de som: “Mamãe, eu quero! Mamãe, eu quero! Mamãe eu quero lutar. Me organizando, me organizando, me organizando pra essa Vale eu derrubar!”. 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

MST continua na onda de protestos

Membros do Movimento do Sem Terra (MST) fecharam algumas rodovias nesta manhã de quinta-feira (27), em protesto ao Governo Dilma, exigindo a solução para a questão da Reforma Agrária. Soma-se a isto, as reivindicações do movimento contra a horda de corruptos que continuam nas instituições políticas do país, sobretudo, em Brasília. 
O fato ganha forças em face dos milhares de manifestações correntes em todo o brasil.
Segundo as informações do MST, todo o sul do Pará, onde houver assentamento, as estradas e rodovias permanecerão interditadas por tempo indeterminado. 
No mínimo um total de 5 localidades já estão promovendo semelhante protesto.
Entre as vias bloqueadas, está a BR-155 à altura do Assentamento Helenira Resende. Neste ponto, centenas de condutores, tanto com carros de passeio quanto caminhões de empresas, ficaram estacionados.
De acordo com uma passageira, que tinha partido de Marabá no despontar do dia rumo ao município de Santana do Araguaia, a alternativa escolhida pelos motoristas daqui foi retornar o caminho. 
Em parte das faixas, que comunicam uma torrente de críticas ao tratamento que o Governo Federal dá ao povo do campo, encerrava-se o seguinte protesto: “FIM DO CAPITALISMO! A vida em primeiro lugar!”. Ainda na faixa, é visível um símbolo de proibição à Mineradora Vale do Rio Doce.








quarta-feira, 26 de junho de 2013

"MOVIMENTE-SE" 3º ATO - Protesto amanhã (27) nos trilhos da Vale

Movimento popular reivindica contra ações da Mineradora e Governo Federal
O manifesto realizado na terça-feira última (25), encabeçado pelo “Movimente-se”, levou a pauta de reivindicações locais perante o gestor municipal, João Salame Neto, e agora parte para um novo protesto. A comissão do movimento já organizou o terceiro ato, para esta quinta-feira (27), contra as ações da Mineradora Vale do Rio Doce e seus efeitos na região sudeste do Pará.
A terceira concentração ocorre às de 16h de hoje, sob as dependências da Praça da Criança, popularmente conhecida como “Praça do Foguete”, na Folha 17. O pico do protesto será a ocupação dos trilhos da mineradora.
Na ação de anteontem, cerca de 250 manifestantes terminaram o trajeto até a frente da Prefeitura Municipal de Marabá (PMM), e cumpriram os atos que deram corpo ao protesto.
A aglomeração iniciada em frente à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no Bairro Cidade Nova, efetuou por várias vezes o fechamento da Rodovia Transamazônica (BR-230), para concentrar no local o maior número de condutores. Enquanto parte do grupo fazia o bloqueio da via, uma multidão de jovens ia panfletando nos caminhões e carros populares. Após alguns minutos, a BR era liberada.  
O objetivo da mensagem nos panfletos era conscientizar a população local acerca dos problemas locais e nacionais, que afetam diretamente a classe trabalhadora.
Ao longo do protesto, Ribamar Ribeiro, professor do Instituto Federal do Pará (IFPA), lia com ênfase as reivindicações centrais do movimento.
A dinâmica do protesto continuou com o total de manifestantes aglomerados na secretaria, partindo em caminhada pela Transamazônica, bloqueando esta temporariamente, no sentido Cidade Nova a Nova Marabá.
Os dois sentidos da BR-230 foram fechados para reivindicação, às proximidades da Folha 33 e da Rodoviária Pedro Marinho de Oliveira, na Folha 32. Segundo o Movimente-se, a falta de um viaduto neste espaço é mais uma prova de que o governo favorece aos empresários, em detrimento de melhorias à população local. Além disso, a rodoviária também faz um serviço que deixa os usuários de nariz torto.
Por fim, mais uma vez os manifestantes chegaram da caminhada de protesto em seu destino, a Praça Osório Pinheiro, onde fica o prédio da prefeitura. As reivindicações locais, para debate com o governo João Salame, estavam baseadas no tripé: Educação, Saúde e Transporte. O prefeito analisou a proposta diante de todos os manifestantes.
Após conversa com o gestor, houve a colagem dos cartazes no muro de uma loja do Paraíba, que fica ao lado do prédio da prefeitura, que tinham mensagens comunicando reivindicações dos protestantes. Além deste ato final, alguns jovens se “empolgaram” a ponto de picharem o muro.
Contudo, membros do grupo comprometeram-se com a limpeza. O tipo de coisa que uma pá de cal resolve.

Pauta Transporte:
Passe Livre pra estudantes e desempregados.
Redução da tarifa para 1.80 R$
Retirada da catraca inútil no fundo do ônibus.
Melhoria nos ônibus e aumento da frota.
Saúde:
Não à privatização dos hospitais.
Realização da Conferência Municipal de Saúde.
Educação:
Eleição para diretores de escolas públicas.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

MOVIMENTE-SE! Segunda manifestação foi confirmada às 16h desta terça-feira (25) em frente à Secretaria Municipal de Saúde

Em reunião realizada ontem (24), na Universidade Federal Pará – UFPA, participantes e a comissão do “Movimente-se”, um movimento popular que levou quase 4 mil pessoas para a frente da Prefeitura Municipal de Marabá (PMM), durante protesto na quinta-feira última (20), confirmaram o segundo ato. A segunda concentração ocorre às 16h de hoje (25), em frente à Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Cerca de 60 pessoas, entre estudantes e representantes de entidades civis, acompanharam a reunião que revitalizou as pautas centrais do protesto bem como a organização do manifesto de hoje.
Segundo a direção do Movimente-se, todas as reivindicações serão informadas ao atual prefeito, João Salame, ainda nesta manhã.
A dinâmica do protesto vai seguir algumas fases. Inicialmente, durante a concentração na SMS os manifestantes pretendem parar os ônibus coletivos, e panfletarem nos mesmos, convocando a população. O objetivo é conscientizar os munícipes dessa tomada de postura em face dos problemas locais e nacionais, que afetam diretamente a classe trabalhadora.
Ribamar Ribeiro, professor do IFPA,
enfatiza abraços simbólicos

De acordo com Ribamar Ribeiro, professor do IFPA, abraços simbólicos também serão realizados nos coletivos.
No segundo momento, o total de manifestantes aglomerados na secretaria vai partir em caminhada pacífica pela Transamazônica (BR-230), bloqueando esta temporariamente, no sentido Cidade Nova a Nova Marabá.
Um dos pontos de protesto vai ser às proximidades da Folha 33 e da Rodoviária Pedro Marinho de Oliveira, na Folha 32. Para o professor da UFPA, Evandro Medeiros, os moradores da 33 perderam a construção de um viaduto, que para dizer a verdade, foi feito perto do Supermercado Mateus, a fim de atender os empresariado local. Além disso, a rodoviária também será criticada.
Por fim, os manifestantes terminarão a caminhada de protesto novamente na Praça Osório Pinheiro, onde fica o prédio da prefeitura. Após conversa com o gestor, haverá uma colagem dos cartazes que comunicam reivindicações dos milhares de protestantes.
As reivindicações locais, para debate com o governo João Salame, estão sentadas no tripé dos seguintes serviços públicos: Educação, Saúde e Transporte. “Seguindo a ordem de prioridade, primeiro é transporte, que é a pauta nacional, depois saúde e educação. Teremos datas também para que o gestor se comprometa”, observa Medeiros.
Michelotti, vice-coordenador da UFPA, revigora
o protesto em favor dos amazônidas

Fernando Michelotti, vice-coordenador da UFPA, revigora o protesto em favor dos amazônidas, como a luta contra construção da hidrelétrica de Belo Monte. Aliás, tendo em vista a hidrelétrica planejada para Marabá.
Entre as exigências da comissão no encontro com o gestor estão a presença do mesmo, para dialogar acerca das pautas de protesto, e a ausência da tropa de choque e cavalaria durante a recepção dos populares. Isso porque os princípios do manifesto permanecem como sendo um “Movimento popular sem violência em defesa dos direitos dos trabalhadores e contra o estado burguês”, o que deu dignidade ao primeiro ato.
Atos futuros – Um terceiro ato está sendo planejado com objetivo de reivindicar diretamente do Governo Federal.

Há uma série de pautas nacionais que serão levados a presidenta e seus representantes, durante as lutas e manifestações futuras. Mineração, violência e reforma agrária representam o tripé da reivindicação em nível nacional.    

sexta-feira, 21 de junho de 2013

#Vemprarua - A onda de protestos chega à Marabá

Movimento popular leva cerca de 4 mil manifestantes às ruas de Marabá. 
Ocorreu na tarde de quinta-feira última (20), o primeiro ato unificado de luta pelos direitos sociais em Marabá, a exemplo do que vem acontecendo desde a semana passada nas grandes capitais e metrópoles de todo o País. Entendido como “Movimento popular sem violência em defesa dos direitos dos trabalhadores e contra o estado burguês”, a multidão partiu por volta das 17h30 de frente do Ginásio Poliesportivo Renato Veloso, na Folha 16, começando a onda de protestos pela cidade.
O caráter desse movimento é de promoção inicial, isto é, busca mobilizar a população para atuar no cenário político local e nacional.
A maior parte da massa popular se constitui de jovens, indiscutivelmente. A voz dos milhares de manifestantes, convocando os moradores a virem para as ruas e participarem, tinha o tônus da juventude marabaense.
As crianças também participaram do protesto. Elas acompanhavam a caminhada juntamente com os pais e responsáveis, ora de mãos dadas, ora sobre os ombros dos adultos como se estivessem sentadas numa arquibancada móvel.
Fonte do protesto – O carro de som, que ia à linha de frente, era que norteava as passadas do protesto. Vários membros da comissão iam revezando nos discursos, cujo conteúdo era as principais lutas do movimento, potencializados tanto pelo microfone quanto pelos gritos de guerra, melodizados pelos jovens estudantes.
No trajeto, várias paradas foram realizadas às proximidades de órgãos do poder público e privado. Entre elas, os locais foram o Hospital Municipal de Marabá (HMM) – contra o qual o movimento manteve repúdio à terceirização do mesmo, e Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) que, segundo a visão do movimento, oferece serviços
Transporte coletivo – A sede da Transbrasiliana, empresa que possui a concessão dos serviços coletivos em Marabá, foi um dos pontos de parada do manifesto. Isso porque a luta nacional é diretamente contra a política das empresas de transporte público. A frente do prédio ficou tomada pela multidão em protesto ao serviço, considerado de má qualidade desde a longa data que é prestado aqui.
Mais uma vez, no carro de som que conduzia o movimento, membros da comissão proferiram inúmeras críticas à empresa transportadora. 
“Juventude de Marabá, há mais de vinte e cinco anos a Transbrasiliana tem o monopólio do transporte público aqui. Sem a elaboração do plano de transporte público municipal, sem o passe livre... Queremos a criação de novas rotas”, reivindicou.
Soma-se à reivindicação, o fato dessa empresa ser acusada de ter criado outra transportadora, fictícia, com o objetivo de fazer a manutenção do monopólio local e que já se encontra em funcionamento dentro do município.    
Vale ressaltar que, ao longo das críticas, a multidão se harmonizava, novamente, com gritos de resistência. Entre eles: “Eu tô na rua, é pra lutar, pelo transporte, barato e popular”; “Passe livre é obrigação. Passe livre é obrigação” e “Juventude é revolução! Juventude é revolução!”.
Movimento popular – O que diziam os protestantes em seus cartazes? Esta questão deve interessar principalmente aos governantes. Além disso, a resposta demonstra até que ponto havia consenso entre a massa popular que principiou o ato democrático, dessa natureza, em Marabá.
CARTAZES
Política – “Brasil 100 corrupção!”, “Que país é esse? É o novo Brasil”, “Muda, porque quando a gente muda, o mundo muda com a gente”, “Não adianta manifestar como um leão, se na hora de votar, vota que nem um jumento”, “Jogaram mentos na geração Coca-Cola”, “Não à PEC 37”, “Presidência do congresso não é pra ladrão: FORA RENAN”, “Hey, corruptos o Brasil acordou para tirar o sono de todos vcs”
“Sai do x-videos. #vemprarua. Cadê os 500 Km, Salame?”,
Leis – “Para quem vai servir a redução da maioridade? Pare e pense”,
Educação – Airton Souza: “A educação de qualidade manda lembranças #Marabá-Pa”, “Educação sim. Corrupção não”,
“Queria fazer um cartaz maz a diuma não deu educassão”,
Religião – “Eu e você, podemos sarar Marabá. #Oremos”,
Saúde – “Coloca os 0,20 centavos no SUS”,
Transporte – “Precisamos de mais transporte para Morada Nova”
“MACONHA, legalize já!”,
“Que a lei seja revista, já. Cada mototáxi tenha seu próprio auxiliar”,
FAIXAS
“Queremos + educação. Redução da menoridade penal é violação de direito, é tapar o sol com a peneira”,
Mensagens de segmentos sociais com faixa: “Mais Saúde e Educação, menos copa e corrupção” (Sintepp – filiado ao CNTE);
BANDEIRAS*
CAMISAS
“Em defesa do Marxismo”, “Carreira do professor federal, já”
Fatores controversos – Diante da pluralidade do movimento popular, somente as bandeiras de luta que diziam respeito aos interesses de todos foram mais abraçadas. Por conta disso, muito natural seria que discussões e discordâncias emergissem durante todo o manifesto.
Por exemplo, em parte do trajeto, alguns manifestantes vinham até a reportagem do Opinião acusar que membros de um partido político estariam incitando a violência. Inclusive, um adolescente de escola pública assegurou ter levado um tabefe.
No entanto, a calmaria e a fidelidade aos princípios do movimento predominaram, haja vista que nenhum outro caso de suposta violência física apareceu. E, para sanar qualquer hostilidade, a grande maioria rimava versos que defendiam a efetuação de todo o protesto pacificamente.
Aliás, apesar de tanta diferença e toda heterogeneidade que os milhares de manifestantes representavam, o clima de unidade e paz era indiscutível no local.   
Noutro caso, a bandeira de um partido político virou alvo de constantes gritos de protesto, porque a maioria julgou o movimento como apartidarista. Assim sendo, não poderiam levantar quaisquer bandeiras que não fossem as dos segmentos sociais não partidários.
Esse atrito culminou na retirada das bandeiras alusivas ao mesmo. Isso de forma nada amistosa, uma vez que indivíduos do próprio movimento popular puxaram a flâmula e deram sumiço a ela. Situação esta que também foi perdoada pelos envolvidos.
A presença da Policia Militar foi notória no percurso dessa ação. Junto à massa de caminhantes, havia pouquíssimos PMs em número quase simbólico. Somente algumas viaturas vinham no final da multidão.  
O capitão da PM, Saraiva, e a soldado, Sianne, atenderam aos pedidos de foto por parte dos jovens manifestantes. Eles empunhavam seus cartazes ao lado dos PM e faziam o registro com suas câmeras. Uma forte demonstração de simpatia entre as partes. 
Ato final – O trajeto percorrido terminou na Praça ... onde se localiza a Prefeitura Municipal de Marabá, na Folha 30, seguindo as determinações do que o movimento votou em reunião de quarta-feira (19). Esse local foi palco das reivindicações centrais do movimento.  
Logo na chegada, a comissão desferiu argumentos com indignação ao presenciar a tropa de choque fazendo guarda no prédio. Porém, não houve nenhum confronto direto por parte dos manifestantes, que do começo ao fim sustentaram a dignidade do movimento popular.
O tempo transcorrido em frente a PMM demorou porque a direção do ato esperava que o prefeito João Salame estivesse aguardando em seu posto. Porém, as informações era de que o mesmo não se encontrava na cidade.
Por volta das 20h15, a palavra de ordem foi para o segundo ato, que será realizado já na próxima terça-feira (25), desta vez com a presença do atual gestor municipal, João Salame.
O local e horário da próxima aglomeração popular será publicado nas redes sociais. O que se sabe de antemão, é que a multidão protestante pretende triplicar o número de participantes no segundo ato democrático.
Guarda Municipal – Após os argumentos, o Tenente Coronel da Guarda Municipal, Fernando, se solidarizou com a manifestação e fez um aparte com o consentimento da comissão do movimento. Sob a posse do microfone, ele expôs que entende o caráter democrático e a legitimidade da ação movida pelo povo.
“Essas reivindicações não são apenas de vocês, mas são nossas também, como cidadãos. Nós sofremos na pele, com certeza. Porque somos pais de família, somos cidadãos brasileiros e estamos cansados dessa lengalenga e do vendaval de promessas. Então, eu queria dizer, também, nós estamos trabalhando. A guarda municipal, a polícia militar e o corpo de bombeiros... Sempre pra servir e proteger a comunidade de Marabá. Esse é o nosso objetivo. Muito obrigado pela compreensão de vocês e quero parabenizar pela coragem de vir pras ruas, juntamente com outros milhões de brasileiros”, encerra Fernando.   
(*O texto ainda está em confecção, portanto, o conteúdo acima ainda passará por fase de refacção, textualização e redimensionamento).


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Não falei, lá. Mas valeu a pena. Movimente-se Marabá!!! VAMOS PROTESTAR!!!


Parabenizo a todos que foram à UFPA na Nova Marabá fazer da noite de hoje, 19 de junho, um ATO DEMOCRÁTICO. Que ela seja o útero desse protesto que vem à luz amanhã, dia 20 de junho, a partir das 16h em frente ao Ginásio Poliesportivo da Folha 16. 
Acredito que esse encontro fez parte da gestação do mais forte movimento popular de Marabá e Região.
Eu não pude expor minhas ideias em virtude de estar reportando o acontecimento, para edição de amanhã no Jornal Opinião. TODAVIA, deixo aqui parte dos meus apontamentos sobre esse MOVIMENTO POPULAR.  Tenho duas colocações sobre as pautas desse legítimo protesto e farei o possível pra defendê-las. Mas, antes disso, vou me apresentar e fazer 4 considerações. 

Sou Anderson Damasceno, 27 anos, natural de Marabá, sou professor há 8 anos e leciono nesta cidade desde os 19.
Embora eu também atue na imprensa local, abracei ser professor até que a morte nos separe.
Sou cristão evangélico, minha família toda é Quadrangular. E estou me formando em Letras este ano, aqui pela UFPA. Sei e sinto o quanto custa manter uma casa, estudando e trabalhando.
Considerações iniciais: Primeiramente, há alguns anos, a professora Nilsa Brito trouxe à UFPA o João Vanderlei Geraldi, que durante suas palestras aqui, bem despojado e descolado – só de sandália, calção e camisa – disse algo que me assustou.
Ele expôs a visão dele sobre a universidade e sobre o vestibular. Em resumo, as palavras de Geraldi foram: Não devia existir seleção através de vestibular e que o certo é ter vaga pra todo mundo que quer fazer um curso superior. FALO ISSO TUDO porque sou a favor de 10% do PIB na educação pública. 
Segundamente, ontem vi o post de uma ex-aluna, Aieska, Papa Francisco: “Um cristão, se não for revolucionário nos tempos atuais, não é cristão”.
CITO ISSO porque a cristandade local não pode se isentar de uma postura contra a asfixia social que nós, cidadãos brasileiros passamos. 

A primeira parte do livro escrito por Eduardo Galeano – As veias abertas da América Latina – estuda A POBREZA DO HOMEM COMO RESULTADO DA RIQUEZA DA TERRA (p. 27). Ouro, açúcar, café, ferro... Eu tô farto de ser sugado! SOMOS RICOS E MISERÁVEIS AO MESMO TEMPO!
Entendo o lado de protesto conforme o livro A desobediência civil. Henry D. Thoureau diz: “Todos reconhecem o direito à revolução, ou seja, o direito de negar lealdade e de oferecer resistência ao governo sempre que se tornem grandes e insuportáveis a sua tirania e ineficiência” (p. 17). Thoureau foi preso por se negar a pagar imposto.
Terceiramente, sou contra o vandalismo, os saques às lojas, e depredação do patrimônio público e privado. Acredito no protesto pacífico. E Sou contra os revanchismos partidaristas... VINGATIVOS, e eivados de imoralidades inconstitucionais.
Thoureau também critica a “Polícia Militar”. Mas, não devemos esquecer que esse poder de exército é dirigido pelo estado. Ele diz: “Constitui-se o exército permanente em um mero braço do governo permanente” (p. 13). Cito o professor Thoureau de novo porque a violência da PM tem que ser revista.
Gandhi: “Olho por olho e acabaremos todos cegos!” 

Quartamente, levanto a bandeira de que o povo brasileiro é maior que qualquer partido político. Não sou filiado a nenhum partido e isso não me torna menos cidadão. Nem me toma o direito de reivindicar.
Colocações: I – Repito aqui o que comentei em um dos posts de convocação desta reunião.
Escrevi: “SALVEM OS PROFESSORES!”. Esta é “a minha” pauta nacional.
II – Novamente, como postei no Facebook, a pauta local (lembro que sem querer escrevi “puta local”, ao invés de pauta. Isso na hora que estava articulando o que trazer a esse debate) a pauta local é execução de políticas públicas pra adolescentes e jovens vulneráveis em Marabá.
E, um adendo nisso tudo, FAÇAMOS NOSSAS BIBLIOTECAS PÚBLICAS FUNCIONAREM.
Considerações finais: Parabenizo, sobretudo, o professor Evandro Medeiros e a senhora Alexandra Duarte pela tomada de postura.

E, por último, repito: SOU APARTIDARISTA, e não votei na Dilma. Agora, ver uma mulher associando o mal governo do PT ao fato da Dilma ser mulher é o cúmulo do machismo, internalizado em grande parte das mulheres de hoje. Boa noite!

terça-feira, 18 de junho de 2013

Poema em três estrofes - meus 20 centavos (18/06/2013)



I
Entrar nessa onda de protestos por pressão de massa. Aí é merda mesmo!
OUÇAM TODOS OS LADOS!
CHEQUEM O MÁXIMO DE VIDEOS E FOTOS E TEXTOS.
ENCONTRE UM EIXO PRA TUDO ISSO OU MIL EIXOS QUE SEJAM.
SÓ NÃO APOIE POR SER UM MERDA N'ÁGUA QUE VAI SÓ PRA ONDE A ONDA LEVA!
ASSUMAM UMA POSTURA NÃO DE MERDA!
II
NÃO SOU DE PARTIDO NENHUM, E ASSIM LEVAREI MINHA VIDA.
ISSO NÃO ME TOMA O DIREITO DE REIVINDICAR. NEM ME TORNA MENOS CIDADÃO.
VOU PROTESTAR!
MAS DESDE JÁ, TODOS OS PARTIDOS PRA MIM TEM SEUS CRÁPULAS TRAVESTIDOS DE VISIONÁRIOS EM FAVOR DO POVO.
III
PT, PSDB, PMDB, PPS, PV, PFL, PC do B, PSTU, PL, P-SOL... O CARÁI DE ASA!
TODOS TEM A BANDA BOA E A BANDA PODRE.
Partido não é o problema. Muito menos sua ideologia.
Meu foco são NAS PESSOAS, NOS POLÍTICOS.
Eles é que tomam atitudes pela maioria que votou neles.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Saudades de Marabá

Estudante de Direito, em Araguaína (TO), volta à Marabá e aproveita férias com família
Mãe e filha visitando Giovanna

Clima de férias já paira em Marabá e traz consigo os bons filhos desta cidade. Na última semana, Bruna Fernanda, uma jovem estudante do curso de Direito em Araguaína, estado do Tocantins, retornou à Marabá com propósito de passar as férias ao lado da família. Tempo que servirá para aliviar uma tripla saudade, isto é, a falta que faz os parentes, a cidade e os amigos locais. 
Nascida e criada aqui, Fernanda completou 19 anos no mês do centenário e aproveitou a companhia da mãe, Edna Maria de Oliveira, para passear pela cidade.
Durante a manhã de sábado último (15), ela fez a primeira visita ao Shopping Pátio Marabá, inaugurado mês passado, e que ainda é a euforia da cidade.
Outro loja de sapatos (Datelli) bastante requisitada no Shopping.
“Está muito bonita... viemos à procura de uma loja de calçados que minha mãe viu. A gente vai levar umas sandálias como essas aqui”, afirma a estudante, em visita à Giovanna, uma entre as diversas lojas ao longo do shopping. 
Embora esteja a quase um ano fora da cidade natal, Bruna percebe que muitas mudanças ocorreram. Principalmente, fazendo aquelas comparações de quem está habituado à própria cidade e, em face de outra, encontra diferenças pouco agradáveis. 
“Da cidade lá o que eu gosto mesmo é a universidade, da ITPAC. Porque, tudo que você precisa só encontra no centro da cidade. Supermercados, lojas, lotéricas... E mais, os ônibus que custam R$ 2,50 a passagem, se você é estudante só pode pagar meia passagem quando trafega conforme o turno em que estuda. Por exemplo, eu estudo de manhã, quando saio à tarde tenho que pagar a passagem inteira”, detalha Fernanda.
Contudo, a futura advogada entende que esses desafios não são invencíveis, e que vale a pena deixar os estudos de lado, por algumas semanas, para rever as pessoas amadas.  
FEIRÃO CAIXA - O feirão de imóveis promovido pela Caixa Econômica Federal também recheou o dia. Inúmeras imobiliárias participaram oferecendo propostas e serviços aos visitantes. 



sexta-feira, 14 de junho de 2013

TRÂNSITO SEGURO - DMTU realiza melhorias na sinalização viária

Ação pretende minorar número de incidentes inclusive em vias consideradas tranquilas

Durante o todo o início deste mês, o Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU) vem desenvolvendo a sinalização horizontal (faixas de pedestres e lombadas) e Vertical (placas) em vários locais entre os núcleos de Marabá. A ação veio com o intuito de promover maior segurança no trânsito marabaense.
A atual frota de veículos, que já ultrapassa os mais de 74 mil veículos – somando somente as placas registradas aqui –, demanda que essa atividade seja ostensiva e proporcional ao crescimento constante dela.
Trata-se de melhoria em inúmeros trechos, entre eles estão: Bairro Francisco Coelho, a Principal via da Folha 06, Folha 17 e em frente ao DMTU. Isso envolve a indicação de lombadas, a revitalização e elaboração de novas faixas de seguranças, e mais a disposição de placas com outras funções.

Conforme o Diretor do DMTU, Emmett Moulton, a atividade deverá ser desempenhada durante todo o mês de junho e ainda nos próximos.
Protecionismo – Melhorar as condições de trafegabilidade e acessibilidades são metas inclusas no Plano de Governo da atual administração municipal.
Além dos trabalhados voltados para reforma das vias, conhecidos largamente como “tapa buracos”, a organização da sinalização no trânsito tende a salvaguardar os condutores bem como os pedestres que necessitam de boas condições de tráfego, todo os dias.  






Ecos do 3º Sarau da Lua Cheia

Félix Urano de Souza, conhecido largamente na cidade de Marabá como Tibirica, participou pela primeira vez do Sarau da Lua Cheia – cuja terceira edição ocorreu no dia 25 do mês passado. O sarau ocorreu durante a esplendorosa noite de sábado, no prédio da Biblioteca do Professor, situada ao longo da Avenida Antônio Maia, na Marabá Pioneira. 
Nascido e criado aqui, ele atua entre outras coisas como arte-educador. E, nessa ocasião, Tibirica surpreendeu amigos e demais participantes com seus dotes de poeta.  
“Eu espero que, nessa caminhada nossa de cada dia, mesmo diante das mazelas que acontecem diante do governo, e tudo mais, a agente aproveite esse momento maravilhoso. E se divertir também. Extravasar... e ouvir as vozes do tempo e do vento”, afirmou Tibirica, em parte de sua apresentação na roda literária. 
Em uma viagem à capital do estado do Pará, Belém, Tibirica viu-se inspirado e compôs versos. O conjunto ele intitulou “Lua Pálida”. Vale a pena conferir um trechinho da bela composição poética.

Lua pálida

Por que estás tão pálida?
Será pela perplexidade do Hélio
Ou pela necessidade do Hélio?
Te vejo pálida, com o sorriso triste
E de cima me assistes, e vem
Com sua palidez transformar-me.

Lua pálida, que faz trajetória rotineira...

O Secretário de Cultura de Marabá, Claudio Feitosa, fez convite para que o 4º sarau aconteça na Toca do Manduquinha, localizado na Praça São Félix de Valois, também na Marabá Pioneira.  


Será no dia 21, sexta-feira próxima. Venha você também e participe de um encontro único com arte poética. Todos marabaenses e amigos citadinos são mais que bem vindos.  

domingo, 9 de junho de 2013

Oportunidades de cabresto


“Oxe! Eu num sou apadrinhado por políticos ou celebridades pra ganhar a vida fácil”. Esta declaração soa perigosa. Alguns diriam preconceituosa. Afinal, o Brasil não é uma nação de aproveitadores mesquinhos. Pois, as conquistas pessoais do cidadão brasileiro não negam o mérito. E nossas leis respeitam cada vez mais as minorias.  
Porém, quantos não são os jovens educados na cartilha da facilitação? Os pais conhecem alguém que por sua vez conhece alguém... E o que pensar dos adultos que cultivam isso?
Até que ponto vale a pena viver num país assim, em que as oportunidades são inconstitucionais? Isto é, elas discriminam por cor, credo, origem, sexo e idade. Claro que existem pessoas por trás disso. E como diz o artigo 3º da Constituição Federal, não é legal “quaisquer outras formas de discriminação”. Nem essa que, se a pessoa não tem amizade com personalidades famosas, as portas se fecham.   
Infelizmente, essa prática social abriu filiais em cada canto do Brasil. Cidades interioranas, capitais. Cada uma com seu proporcional absurdo. Eu ia colocar a culpa na TV, mas tudo indica que esse comportamento é anterior a ela.
Agora, alguém duvida dos absurdos? Me conte aí, como é que funciona a prefeitura de sua cidade no primeiro semestre após as eleições? Penso que nem precisa tanto tempo. Nas cidades mais sofisticadas, basta sair os resultados de vereadores e prefeitos eleitos.
Não vale nem citar que na arte também é assim. Os atores mirins, só pra apontar algo corriqueiro, eles participam de testes. Seleções com filas cheias deles. Estrear em novelas e comerciais. Os pais roem unhas às escondidas. Aí, pronto acabou. “Num é que o resultado foi pro filho de fulana, escritora de novelas!”
Mas, é bem fácil contrapor esse acontecimento com argumentos sólidos. “Filho de peixe, peixinho é. A mãe desse garoto ensinou desde cedo, poxa!”. Este é o tipo de exame de DNA que todos gostariam de levar ao Ratinho. Uma pena que não tem resultado.
E entre os jogadores de futebol? Os cantores, ou apresentadores de TV? Há absurdos? Fico feliz por não entender metade das falcatruas que venham a acontecer nesses meios. Mas, sinto-me um infeliz porque meu vizinho não tem as mesmas oportunidades.
É entristecedor falar que ainda existe tamanha separação numa nação tão diversa. Só que nossa lucidez nos cobra atitudes. E não se pode tratar como sem fundamento aquelas piadinhas, tipo, um político estrangeiro chegou e perguntou ao político brasileiro: “Como vai o Brasil?”, ele responde: “Vai bem, vai muito bem!”. “E o povo, como é que está?”, nosso representante diz: “Esse vai mal!”. 
Você sabe disso. Políticos, artistas e celebridades usam fama e influência pra favorecer parentes e amigos. É a famosa oportunidade de cabresto. Enquanto isso, a maioria dos brasileiros rala feio.
Sem falar que facilitam a vidas deles com empregos rentáveis, até status, ainda que os favorecidos sejam profissionais de quinta. Sem mentira nenhuma, eu aceitaria que colocassem um parente ou amigo gabaritado e comprometido com o povo. Pelo menos estariam indicando alguém que iria produzir pra si e para os civis igualitariamente.  
No país onde a onda do “politicamente correto” está domando a língua, e o pensamento do povo, pensar assim é preocupante. Só que há coisa pior gente. Escola e estudo público não são mais o suficiente pra mudar essa reprodução de injustiças e descaramentos.
Falo isso por causa da injustidade do fator QI. Não adianta na maioria dos casos os jovens terem passado décadas, indo da escola à universidade, trabalhando intelecto e suas múltiplas habilidades, pra ter um bom currículo profissional. Basta chegar uma personalidade pública prestigiada, ou um líder influente, que indica alguém e o empregador dá a melhor vaga. Isso faz parte do “jeitinho brasileiro” que pisa em qualquer escrúpulo.
Anos de estudos que os jovens brasileiros tem são facilmente encestados no lixo.
O tal do QI é injusto mesmo! Até porque todo lugar existe aquela gentinha mendigando um favor de um padrinho influente. Ajudou fulano ali, prestou favores aqui. Agora é hora de colher. Aliás, isso é lei do cotidiano, não é mesmo? Quem não chora, não mama! Profissionais de quinta, por favor, me errem.
Vamos emparedar o “jeitinho”. E essa postura tem de ser uma profissão de fé. Enquanto essa praga do jeitinho, esse ranço dos infernos, não for pra berlinda e se tornar alvo de nossas orações mais fervorosas, os brasileirinhos que rebentarão no ventre das mães hoje padecerão com o cabresto dos privilegiados.