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segunda-feira, 29 de julho de 2013

TE ODEIO AMOR (Anderson Damasceno)

Um dia eu vou te odiar, amor.
Farei tudo pra ti sensabor,
Darei no lugar de flores, dor,
Tua face esquecerei no corredor.

Minha vida terá de se refazer.
Sozinho, nunca é igual o amanhecer,
Os copos de casa só pra um beber,
Toalhas, lençóis, um só corpo aquecer.

Nossos tempos vividos lembrarei sorrindo,
A falta sentida guardarei mentindo,
O amor, se existiu, morrerá existindo.

Pele, sabor e gozo falarão desejos,
Amigos, família e o céu dirão não creio,
Meu eu, pra mim, repetirá te odeio, me odeio.

(Um poemetos de dias de crise. Pensem bem antes de deixá-las, pois poderão estar se perdendo de si próprios, para mais ninguém.)


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