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quarta-feira, 24 de julho de 2013

UNIFESSPA - Dúvidas de acadêmicos sobre nova universidade

Durante o mês de junho, nossa reportagem conversou com acadêmicos que ainda cursam no Campus I da UFPA (Universidade Federal do Pará) e profissionais que se formaram nela. Eles elencaram algumas questões que gostariam de fazer aos coordenadores dessa instituição, Hildelte Pereira e Fernando Michelotti, acerca da nova universidade.
Segue abaixo algumas preocupações e dúvidas.
Érica Faustino, aluna da turma de Letras 2008, pergunta quais cursos estão previstos para a Unifesspa. Mais uma questão, Faustino aponta para a localização da nova universidade: “Se nem tem linha de ônibus para lá, como os acadêmicos poderão ir às aulas?”.
Marciano César, formado em pedagogia pela UFPA em Marabá,  faz questões de cunho político.
“Antes a obra estava embargada, agora a construção já está definitivamente autorizada. Se a UFPA não tem estrutura, quem garante que a Unifesspa não ficará largada pelo governo”, infere.   
Cassio Melo questiona como será tratada a questão da acessibilidade ao campus, não somente na questão do transporte coletivo, mas, no favorecimento a cadeirantes e outros portadores de necessidades especiais que buscam a formação superior.
Aline Moraes, formanda neste ano de 2013, olha para a formação do corpo profissional que vai atuar diretamente na Unifesspa.
“Quantas vagas terá para cargos técnicos e professores e se está previsto concurso público?”, pontua Moraes.  
Professor Paulo Lima aponta a experiência de abertura de uma nova universidade semelhante ao ocorrido em Santarém. Lá houve a criação da UFOPA (Universidade Federal do Oeste do Pará) em 2009, como resultado de lutas por melhor formação estudantil – uma vez que o Campus da UFPA não atendia a contento – e do desejo de interiorização. 
“A expectativa é boa. Vir, essa universidade vem. Nem que seja nos próximos três anos. O problema é que pode ficar igual lá em Santarém. Acredito que, inicialmente, nós vamos sofrer igualmente está acontecendo em Santarém”, afirma.
E acrescenta ainda que o clima de insatisfação profissional faz com a greve permaneça iminente, todo o ano.
“Direto eles estão com indicativo de greve. Falta material. O governo separou as instituições, mas não mandou os recursos. Alguns cursos como o de medicina e outros que era pra ter, até agora... Aqui também vai começar assim?”, questiona.
Julio Cesar, atuante no Sintepp (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará), aponta as dúvidas em torno do modelo de universidade, que futuramente se instalará na região.
“Seria interessante saber desse movimento que está na transição, que é bastante forte, saber se vai ser debatido o modelo de universidade? Qual é compreensão que temos de uma universidade pública, de qualidade, laica, com forte participação e fiscalização da população local? Ou o Estado vai colocar salas cheias de alunos sem o aparato necessário? Ou, por exemplo, ela vai ser construída em cima dessa legislação que considera o avanço de programas do governo como o Reuni e Prouni? Porque pode acontecer como um curso aqui na UFPA, o de inglês, que parece estar com os dias contados”, ressalva.  

  

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