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segunda-feira, 29 de julho de 2013

V SARAU DA LUA CHEIA - Praia, lua cheia, amigos e muita, muita poesia


Curtindo um poema no intervalo das declamações

De início, o sarau começou às proximidades da tenda da prefeitura
Desde Aristóteles a poesia vem sendo estudada como manifestação exclusiva de certos gêneros artísticos, que passaram a ser conhecidos como as Belas Artes. A natureza também ganhou um lugar de destaque com esse pensador grego. Prova disso, é que a Praia do Tucunaré potencializou emoções durante o 5º Sarau da Lua Cheia, realizado na noite de sexta-feira (26).  
De acordo o professor, Raimundo Nonato, as expectativas dessa edição foram ultrapassadas. Em virtude de ser mês de férias, em que geralmente as pessoas viajam, bem como o fato do evento ocorrer à noite e sem o atrativo do sol, pensava-se que a freqüência de participantes diminuiria.
Morte e vida severina era um dos muitos livros
 que rechearam a roda. 
“Só que a mobilização através das redes sociais e do jornal propiciou o encontro de tantas pessoas aqui”, afirmou Nonato, que agradeceu à secretária de Turismo, Avani Paulino da Silva Souza, pela colaboração com o evento.
A abertura da 5ª edição ficou por conta do poema “Meditação ao Tocantins”, escrito por Abílio Pacheco – ex-professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), benquisto por levar a cidade de Marabá em seus poemas. Quem doou pulmões e voz para a declamação foi Airton Souza, membro da Academia de Letras do Sul e Sudeste do Pará (ALSSP).  
A Madeireira Marajó disponibilizou um barco, gratuitamente, para a travessia dos sarauistas.
Nova roda poética ao chão da praia, com a orla
 no pano de fundo, aperfeiçoou o event
Acadêmicos das áreas de Direito e Letras representaram grande parte do público. A advogada, Carol Leite, recitou o poema Autopsicografia, de Fernando Pessoa, considerado um clássico da poesia.
Uerbet Aurélio de Sousa e Miriam Leila, ambos formados em Letras, recitaram composições do livro Crisálida, obra de Eliane Pereira Machado Soares, que é professora de Linguística na UFPA e foi premiada pelo Instituto de Artes do Pará. Andros Rafael da Costa aproveitou a programação ao lado mãe, Miriam Leila, e ficou maravilhado com a beleza dessa experiência cultural.     
Outra presença marcante foi a dos novos participantes, convidados por sarauistas que visitaram os encontros anteriores nas noites de lua cheia, como Erica Fasutino.   
A professora Hildete Pereira dos Anjos, atual coordenadora da UFPA, veio com amigos e professores. Ela recitou um poema em prosa intitulado “Matuto no fitibó”, de Wilson Aragão, que retrata um homem do campo que descobriu o futebol pela primeira vez.
Advogada Carol Leite recitou Autopsicografia, de Fernando Pessoa
Travessia já inspirava clima amigável
O melhor sarau – Nada é tão bom que não possa ficar melhor. De início, o sarau começou às proximidades da tenda da prefeitura. Devido ao barulho causado pelo gerador de energia elétrica, as poesias declamadas só foram possíveis graças à caixa de som disponível no local.
Contudo, a roda de amigos foi deslocada para outro espaço a pedido de Xavier Santos, uma vez que o som da caixa não sobrepunha com qualidade o do gerador.
O novo ambiente caiu como uma luva, e melhorou amazonicamente a interação do grupo. Nova roda poética ao chão da praia, tendo a orla como pano de fundo, aperfeiçoou o evento.
Procurando poema e incitando a curiosidade
O adolescente e cantor, Marcos Gomes Cardoso, apresentou sua nova música “Palavras falsas”, deixando a admiração nos olhos e ouvidos.
Embora não seja oficial, há um imenso anseio de que o sarau comece a fazer parte do calendário cultural do município.
Próxima edição – No local, houve algumas sugestões acerca de onde seria a 6ª edição do sarau. Entre as muitas possibilidades, apontaram lugares entre os Bairros São Félix e Morada Nova.
Contudo, a realização no mês de agosto, possivelmente, acontecerá no Tapiri da Universidade Federal do Pará (UFPA), localizado no Campus I.

Conforme os universitários presentes na ocasião, o fato vai coroar o nascimento da Unifesspa – Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará –, haja vista que esta passa por um processo de transição que vai assumir os prédios e a direção do que hoje se conhece como extensão da UFPA em Marabá. 



Xavier é um poeta completo, cantor, contador de causos e histórias

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