NACIONAL ENERGY

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

PSIU! EI, GOSTOSA! - Enquete mostra o que as mulheres de Marabá pensam sobre cantadas e o limite delas


Até onde vai um simples psiu? Ser alvo de cantadas de amigos, de recém-conhecidos ou de estranhos é o tipo de experiência que as mulheres não esquecem facilmente. Porém, a cena não é sempre tranquila e passageira como se pensa. Todos os dias, em algum lugar da cidade, aparecem aqueles caras que ultrapassam os limites.  
Para muitos, por exemplo, quando chega o mês do carnaval é o mesmo que dizer “A temporada de pegação está aberta”. Considerado o maior festival a céu aberto do Brasil, senão do mundo, as reportagens e cenas vistas nessa semana de festividade demonstram que o nível de “liberalidade” parece subir, e se confundir com libertinagem. Isso quando não ocorrem crimes de fato. 
A enquete quis saber como a mulherada encara essa situação, haja vista que esse tratamento, tão controverso, não dura somente os dias do feriado carnavalesco. Afinal, o que elas pensam do homem que quer chamar atenção usando o “Psiu”?





Aline Gomes, 30 anos, professora de Língua Portuguesa formada em Letras pela Universidade Federal do Pará (UFPA):
“Na minha opinião, é uma forma de comunicação desrespeitosa entre um homem e uma mulher. Quando é para mim que fazem, não dou nenhuma confiança ou atenção. Porém, sei bem que existem mulheres que gostam de ser tratadas assim”.

Camila de Menezes, 18 anos, caloura em psicologia: 
“Eu vejo assim, as mulheres gostam sim de receber psiu, porque elas acabam se sentindo mais apreciadas, desejadas pelos homens. Elas gostam ouvir quando isso vem como elogio para a beleza delas. Para mim mesmo, não vejo mal nisso”.

Gabriela Silva, 26, atua na função de Técnico legislativo, formada pela UFPA:
“Existem mulheres que gostam de receber psiu dos homens, porque se sentem bem, mexe com a autoestima delas. Mas a questão, em relação a mim mesmo, eu não gosto. Porque, o psiu ele reforça um discurso que já vem a muito tempo, a mulher sendo vista apenas como objeto sexual. Quer dizer que só porque o cara viu uma mulher passando, usando certa roupa, ele se sente no direito de dar psiu e falar outras coisas maliciosas, que ofendem. Começa com o psiu, mas não é só isso. É a legitimação de um discurso machista”. 

Maria Lucia, 26, atendente de caixa:
“Eu odeio ouvir isso, acho vulgar. Mulheres deveriam ser respeitadas. Cantadas baratas assim nem merecem um pingo de atenção. Sem falar que não para nisso. Eles exageram tipo ‘Psiu! Ei, morena’, sendo que muitas mulheres, principalmente as que eles não conhecem, poderiam muito bem ser casadas ou ter algum compromisso. Não é?”

Nilva Cavalcante, 26, Assistente Técnica Administrativa na prefeitura de Itupiranga e professora de Inglês em cursos de idiomas:
“Bom, o psiu, pra mim, é um tanto intimador e intimidador. Ao ouvir um psiu, eu me sinto intimada, obrigada a olhar e, por isso, até intimidada. Na maioria das vezes eu não olho, não por querer parecer ‘difícil’, mas por vergonha da falta de criatividade dos homens, que ainda usam o psiu pra chamar a atenção. Acho que um ‘oi, bom dia’ pode ser melhor, mais sutil e até mais encantador”.


Sandy Conceição dos Santos, 17 anos, pre-vestibulanda:   
“Eu não gosto desse tratamento porque acho uma falta de respeito. Um cara aparece do nada e fica encarando a mulher. Isso é esquisito. Eu penso que se ele tem algum interesse nela deve utilizar outras formas pra isso. Formas mais educadas”. 

Shara Farias, 34 anos, formada pela Universidade Federal do Pará e professora há quase 15 anos: 
“É comum a gente ouvir o consenso entre as mulheres de que o psiu significa que você é bonita, ou está mais arrumada, ou com corpo em forma. Os homens mexem com a gente na rua. É tipo um termômetro para saber se está legal ou não. Eu, particularmente, odeio. Nunca gostei, nem quando eu era adolescente. Sempre me senti desrespeitada, pois, a impressão que tenho é não passo de um objeto, um pedaço de coisa, e que estou expondo. Parece que sou obrigada a ser exibida. Enfim, eu penso que outras formas de elogiar. Às vezes, um simples olhar demonstra o elogio”. 

Silviane Braga, 2 anos, formada pela Universidade Estadual do Pará (UEPA) e leciona Química:
“Não gosto de psiu. Pois, quando o cara está querendo conhecer uma mulher, ou quando acha ela bonita, existem formas simples de demonstrar isso. Por exemplo, ele chega perto e fala ‘Olha, te achei a maior gata’. Eu dou psiu é para o meu cachorro. Enfim, mulher a gente tem que tratar diferente.” 

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

MENINOS DO TREM DA VALE - Ministério Público do Pará e do Maranhão unem forças para solucionar fenômeno

Autoridades e representantes de organizações sociais
assistem depoimentos comoventes de adolescentes













Audiência foi presidida por Lilian Viana Freire,
promotora de Justiça da Infância e
Juventude de Marabá
Na tarde de ontem (25), o fenômeno “Meninos do Trem”, que trata do transporte clandestino de crianças e adolescentes nos vagões de minério da empresa Vale S.A., foi debatido durante Audiência Pública promovida pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) no prédio da Câmara Municipal de Marabá (CMM), situada na Agrópolis do INCRA, Bairro Amapá. As Promotorias de Justiça da Infância e Juventude de Marabá reuniram órgãos públicos, organizações sociais, famílias e representantes da empresa para analisar os episódios das viagens de risco e procurar soluções.
Crianças e adolescentes deram depoimentos revelando alguns dos traumas, originados nessas idas e vindas. Juvenis de municípios tanto do Pará quanto do Maranhão detalharam as facilidades de ter acesso ao trem.

A audiência foi presidida por Lilian Viana Freire, promotora de Justiça da Infância e Juventude de Marabá. Entre as autoridades convidadas para compor a mesa estiveram presentes Aldo de Oliveira Sá e Filho, ouvidor geral do MPPA, Verena Sampaio Borges, procuradora do Ministério Público do Trabalho, Ubirajara Sompré, exercendo a presidência da CMM, e Eduardo Antônio Martins Teixeira, que é juiz da Infância e Juventude de Marabá.
Na abertura, a presidente Lilian Viana Freire ressaltou os objetivos da audiência “Meninos do Trem”. A partir do material produzido na audiência, os órgãos públicos vão traçar metas e realizar deliberações para aplicar perante o estado e a empresa mineradora.
Na galeria de honra atenderam ao convite o Bispo diocesano de Marabá, Dom Vital Corbellini, o promotor de justiça Márcio Tadeu da Silva Marquês, que na ocasião representava o coordenador da Infância e Juventude do Ministério Público do Estado do Maranhão (MPMA). Além deles, compareceram o promotor de Justiça de Santa Luzia do Pará, Lúcio Leonardo Froes Gomes, o chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Jair Barata Guimarães, a gerente executiva do IBAMA, Gracicleide dos Santos Braga, e o presidente da comissão de Direitos Humanos em Marabá, o vereador Ronaldo Yara.
Logo na entrada do plenário, havia dispostas duas mesas para inscrições, uma destinada a órgãos públicos e outra de organizações sociais. Mais de 40 organizações sociais vieram ao evento. Dentre elas, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Justiça nos Trilhos – que no grupo de seus representantes estava o advogado, Danilo Chammas.

FENÔMENO MENINOS DO TREM 
Após abertura, os presentes assistiram a alguns depoimentos produzidos em vídeo, cujas gravações foram realizadas durante oitivas na última segunda-feira (23). Segundo Lilian Freire, a intenção era ouvir o que a população sabe acerca da fragilidade do sistema de segurança da ferrovia.
No primeiro caso, um garoto revelou que desde os 10 anos de idade, por várias vezes, partiu de Marabá para São Luís do Maranhão, acompanhado de outros adolescentes. Levando apenas um pouco de comida, o garoto narrou que esperava o trem parar na estação para então entrar no vagão de minério. Nas ruas da capital maranhense, ele passava vários dias dependendo de comida de estranhos. E quando os funcionários da Vale o pegavam, era levado ao Conselho Tutelar.
“Eu ia por aventura. É fácil embarcar”, afirma o adolescente, que tem o rosto não identificado no vídeo.
A mãe, também com rosto não revelado, recorda as mais de sete vezes que o filho partiu, enfatizando a maneira fácil dele ir para o trem.
“As viagens atrapalharam estudos. Mais de seis meses lá. Eu fico sofrendo sem dormir e comer. Fui duas vezes buscar meu filho. Passei a noite toda num bar sem conhecer ninguém na esperança de encontrar”, recorda.
No segundo caso, um jovem de São Luís, já com 16 anos, começou suas “aventuras inconsequentes” aos 10 anos.
Mas, sem sombra de dúvidas, o caso mais emblemático dos efeitos desse fenômeno foi visto quando a promotora de Justiça da Infância e Juventude entrevistou ao vivo um jovem de 19 anos, que entrou mascarado no plenário da CMM pedindo para se referirem a ele pelo nome fantasia Brad Pitt.
Além de confirmar com maiores detalhes as facilidades que os menores tem de entrar nos vagões, Brad Pitt que teme sofrer retaliações, relatou que em algumas das vezes que foi pego pelos agentes de segurança da Vale S.A. sofreu lapadas de facão, coronhadas e outras ofensas. Certa vez, ele foi empurrado de cima do vagão a ponto de sofrer grave ferimento na perna, do qual ainda existem sequelas.

MP DO PARÁ E DO MARANHÃO UNEM FORÇAS PRA SOLUCIONAR
Em São Luís datam desde 2005, e em Marabá desde 2003, as referências a essa prática nominada meninos do trem. Por conta disso, os MPs dos dois estados deram as mãos para coibir o fenômeno que tem afetados centenas de crianças e adolescentes. Inclusive a parceria tem buscado informações junto aos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, que também possuem estradas de ferro, e pode ser que tenham o mesmo problema.
No quadro de dados apresentados durante a audiência, em 2003, cerca de 109 menores fizeram as viagens de risco. Já em 2008 foram 195. Porém, segundo a Vale, desde 2009 esse número caiu para uma média de 17 ao ano.
De acordo com Lilian Freire, tem que se exigir da empresa medidas sérias e eficazes para coibir essas viagens, que resultam em exploração sexual, uso de drogas, haja vista que os menores vão para lugares sem amparo nenhum.
São mais de 900 quilômetros de extensão a composição da ferrovia, tendo os trens algo em torno de 3 Km de comprimento. Isso representa um espaço mais que o suficiente para que crianças e adolescentes se tornem vítimas fáceis de acidentes, lesões corporais, mortes e outras fatalidades.
O público riu de um fato que a promotora contou sobre um garoto que dizia gostar de vir de São Luís e ficar nas ruas de Marabá, porque a cidade é bonita. Porém, Freire ressaltou o grau de risco à vida da criança. 
Antônio Celso Brasiliano apresenta relatório que vai
contra posição do técnico canadense e da
avaliação do Ministério Públic
o
O discurso do promotor do MPMA, Marcio Tadeu da Silva Marquês, tratou dos direitos desse segmento de menores empregando o termo “invisíveis”. Isso porque ele entende que o poder público não tem se interessado como devia ao saber da condição de vida deles.
Marquês comentou que o trabalho do Maranhão, na capital, foi de provocar a Agência Nacional de Transporte em Terra (ANTT), porém, a entidade deu a entender que não identificou nenhuma falha na conduta de segurança da Vale.
O promotor ressaltou ainda que o espírito de aventura dos juvenis, bem como outras causas de ordem econômica e cultural, não minimiza a responsabilidade da Vale em garantir segurança dos menores. Ele criticou que a facilidade ao acesso das composições de carga do trem é de total responsabilidade da empresa. 
Para Brasiliano, o problema envolve Estado, Família e
a empresa Vale. E aponta a evasão escolar, a falta de
políticas públicas e a negligência familiar como algumas
das principais causas da condição de vulnerabilidade
que afeta crianças e adolescentes 
"Não é mais importante o resultado financeiro da Vale S.A. do que a vida de uma criança e o padecimento de uma mãe ou dos familiares. São as responsabilidades técnicas e operacionais com que a Vale pode dar cobro a isso. Então, é necessário uma postura institucional", afirma.
Marquês ainda questionou o fato da mineradora não garantir a segurança das crianças e adolescentes que são vitimados na ferrovia.
“Se a Vale tem tecnologia para saber, em tempo real, a temperatura de cada roda de uma composição do trem, não me parece impossível que se faça a vistoria com qualidade”, considera.


AVALIAÇÃO DE ENGENHEIRO CANADENSE DIZ QUE SISTEMA DE SEGURANÇA DA VALE É INSUFICIENTE 
Engenheiro canadense vê falhas do 
sistema de segurança da VALE

O parecer do engenheiro canadense, James Raymond Bertrand, foi um dos momentos mais esperados da Audiência. Depois de relatar que a Vale não contribuiu com nenhum elemento em todo o período que estudou a ferrovia, apresentou uma avaliação do documento judicial que a mineradora utiliza para orientar a parte de segurança do sistema ferroviário e transporte de minério.
Com mais de 40 anos na atuação na área de ferrovias, a avaliação apresentada por Bertrand foi aterradora.
“O relatório deveria mostrar onde as crianças subiam e onde elas sofreriam acidentes, mas nada havia. Deveria apresentar medidas para prevenir acidentes ou atropelamentos, e diz apenas que as locomotivas remotas são fechadas, só que nada fala de como evitar atropelamento. O relatório teria que dizer sobre a verificação das luzes de segurança, mas não fazia. Deveria instalar câmeras, mas a empresa se limitou”, fala o profissional através de uma tradutora.
Outro tópico apurado por Bertrand foi o relacionamento entre as crianças e agentes da Vale, ou seja, como deveria a equipe de segurança lidar com elas. No relatório não há menção alguma. Também deveria falar do relacionamento entre Vale e Conselho Tutelar, contudo, só dizia que não funciona. Deveria mostrar o relacionamento da Vale com instituições que trabalham com crianças e adolescentes, porém, há somente fotos bonitas do Conselho Tutelar e nada por escrito. 

“O canadense observou ainda que ao duplicar a ferrovia vai otimizar o tráfego de trens. E como as novas descobertas da Vale estão fazendo aumentar as cargas, vão aumentar muito mais esses problemas”, enfatiza.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

HEMOPA - Nesta terça-feira (24) ocorre “Campanha no CDR – Carajás", na Folha 25



Campanhas, parcerias com famílias, hospitais e clínicas de municípios vizinhos


Nesta terça-feira (24), ocorre a “Campanha do CDR” no prédio da
Clínica de Doenças Renais – Carajás, situada na Folha 25




































Rita de Cássia atua no setor de Assistência social do
Hemopa e detalha desafios de manter banco de sangue
O Hemocentro Regional de Marabá (Hemopa) tem promovido uma série de atividades para captar novos doadores de sangue, principalmente nos períodos do ano em que o número de doações diminui. Sendo a meta mensal de 600, se tornam necessárias as campanhas, parcerias com clínicas e hospitais, o contato por carta ou telefone, a fim de alcançar a população.
Geralmente, os interessados em doar vão até o prédio do órgão, situado na Rodovia Transamazônica, entre as Avenidas Hiléia e Amazônia, no Bairro Amapá. Porém, na manhã nesta terça-feira (24), uma equipe de coleta realiza a “Campanha do CDR”, na Clínica de Doenças Renais – Carajás, situada na Folha 25.
Segundo Rita de Cássia, que atua no setor de Assistência social do Hemopa, a captação de doares não é uma tarefa fácil, mesmo sendo amplamente divulgado que uma bolsa de sangue pode salvar quatro vidas adultas, ou oito, se o paciente for criança.
“Não é todo mês que a meta é alcançada. Há meses mais escassos, geralmente, nas férias de dezembro, janeiro e julho. São meses também preocupantes porque aumentam também o número de incidentes, haja vista que as pessoas viajam, pegam a estrada”, pontua.
Ainda segundo a assistente, o órgão prioriza o trabalho de forma preventiva para que o estoque esteja sempre equilibrado.
E, contrariando a expectativa de escassez, em 2015, o mês de janeiro foi de grande êxito para o Hemopa. Foram realizadas 727 doações, o que possibilitou 646 transfusões de sangue. Outro dado específico, que chama a atenção, é que do total de bolsas de sangue, 487 se originam de doadores do sexo masculino e 240 do sexo feminino.
“Há razões para isso. Em dezembro, nós intensificamos nossas convocações. Também enviamos ofícios para as instituições militares, que vieram em janeiro. O Apoio do Exército e do 4º BPM fez com que elevasse o número de doações”, pontua.

CAMPANHA DO CDR
Nesta terça-feira (24), ocorre a “Campanha do CDR” no prédio da Clínica de Doenças Renais – Carajás, situada na Folha 25, ao longo da Avenida Transmangueira, às proximidades do UNESC.
“Estaremos no CDR, de 8h às 12h, e temos a meta de 40 doações. Isso é uma parceria que fazemos com clínicas e hospitais. Assim, a gente busca manter o estoque de bolsas de sangue, já que essas instituições necessitam e sempre procuram sangue com a gente”, detalha.   
Na campanha promovida durante o carnaval, o número de doações superou a meta estabelecida de 200 doações. A ação fechou com 204, um pouquinho acima da meta.
Porém, o número de bolsas no estoque de fevereiro atingia, até o momento de fechamento da reportagem, o índice de 414 doações. O que ainda fica distante das 600 esperadas todo por mês, uma vez que o número de transfusões é maior.

PARCERIA COM HOSPITAIS DE MUNICÍPIOS DA REGIÃO
Verônica Caroline da Silva, moradora de Eldorado dos
Carajás conseguiu doadores para ajudar a mãe
O Hemopa em Marabá atende a demanda de instituições de saúde de 37 municípios, tanto da rede pública quanto particular. O Hospital Municipal de Marabá e Hospital Regional são os que mais solicitam as bolsas, valendo ressaltar que as duas instituições já estimulam os familiares de pacientes, que precisam de transfusão, a estarem doando.  
Por conta dessa realidade, a entidade também tem incentivado aos hospitais dos municípios vizinhos para que deem contrapartida.
“É importante que esses hospitais estejam encaminhando os familiares, pois, geralmente, o número de transfusões geralmente é maior que o de doações. Então, a gente quer mudar esse quadro. E uma forma de conseguir isso é a gente trabalhar com a família e hospitais de cidades vizinhas”, observa.
Um exemplo dessa cooperação é o caso da moradora de Eldorado dos Carajás, Verônica Caroline da Silva, que conseguiu reunir doadores para ajudar a mãe em estado de urgência operativa.

“A minha mãe tem que fazer uma cirurgia de retirada do útero. E, por isso, estive correndo atrás em Eldorado. Já consegui cinco doadores na sexta-feira passada e hoje mais quatro”, relata.   

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

ONDE TUDO COMEÇOU - 24º Sarau da Lua Cheia na ARMA. São 2 anos do maior movimento literário de Marabá



Desde 2013, os encontros são promovidos a cada mês,
pelo Coletivo de poetas e artistas do Sarau da Lua Cheia
O adolescente, Hesíodo Cirqueira, aproveitou a 
oportunidade de cantar com Reinaldo Braia. 








































Alixa Santos, professor da Universidade Federal do
Sul e  Sudeste do Pará, leu poema da obra
“Mulheres”, de Eduardo Galeano
Na última sexta-feira (13), o aniversário de 2 anos do maior movimento literário de Marabá, conhecido como Sarau da Lua Cheia, aconteceu exatamente no lugar onde tudo começou, o garboso prédio da Associação dos Artistas Visuais do Sul e Sudeste do Pará (ARMA), situado na Rua Aquilino Sanches, Bairro Novo Horizonte. A noite da 24ª edição foi de fortes emoções para o singelo grupo, que desde o início só possuía de grande a paixão pela arte poética.
Hoje, aquela pequena roda de bate-papo entre leitores, constituída por professores e poetas, se tornou um evento artístico-cultural genuinamente marabaense, além de ser agregador dos artistas e profissionais de várias esferas da sociedade.
Desde 2013, os encontros são promovidos a cada mês pelo Coletivo de poetas e artistas do Sarau da Lua Cheia, que se reúne, geralmente, em lugares públicos como praças, escolas, galerias de artes, biblioteca e universidades.
O ambiente democrático, a liberdade de expressão poética, o caráter itinerante do encontro, a promoção do livro bem como o destaque para os artistas e leitores tanto de Marabá quanto da região sudeste se tornaram princípios básicos dos sarauistas, que são mantidos pelos idealizadores do evento, Airton Souza e Eliane Soares. Embora a dupla de escritores nunca tenha parado para registrar qual seria o “DNA”, esses elementos já estão no código genético do movimento literário.
Contudo, Souza e Soares acreditam na tese do caos criativo, isto é, de que a natureza do sarau não foi necessariamente aleatória, nem podia ser outra. O conjunto de características representa, na verdade, uma postura face ao mundo ou filosofia de vida comum nos poetas. Faz parte do estado e anseio de criação que a poesia gera no íntimo de quem a experimenta.  

A FESTA
Durante a noite de parabéns e homenagens, não faltaram declamações de belos poemas e cantoria de violeiros locais. Na ocasião, o repórter Ederson de Oliveira foi o anfitrião do aniversário. Além de grande incentivador dos artistas da cidade, Ederson é bastante reconhecido pelos projetos que desenvolve através da ARMA. 
O adolescente, Hesíodo Cirqueira, aproveitou a oportunidade de cantar com Reinaldo Braia.
O cantor Xavier Santos, mais conhecido por que Javier da Mar-y-abá, é um dos fundadores do movimento sarauista. Atualmente, mesmo em fase de recuperação no que tange a saúde física, o artista que é reverenciado como mestre recebeu o carinho do público.  
Félix Urano, também conhecido como “Tibirica”, recitou poemas do cantor antes que ele fosse embora. Tibirica continuou o recital com textos artísticos de autores de Marabá.
Alixa Santos, professor da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, leu poema da obra “Mulheres”, de Eduardo Galeano.
Foi também com o professor que os participantes tiverem um dos melhores momentos do encontro natalício. Ele narrou partes de um texto epistolar de Rainer Maria Rilke, saudoso escritor da República Checa, que escrevia em língua alemã. Rilke é autor de “Cartas a um jovem poeta”, obra que clareia o sentimentos e pensamentos de quem se vê atraído pela arte literária.
Estimulada pela leitura de Alixa Santos, Katiucia Oliveira contou o importante papel que o Sarau, na figura de Airton Souza e Eliane, teve na vida dos escritores de Marabá.
Alguns dos visitantes que vieram pela primeira vez ao bate-papo leram poemas do livro “Oscilações poéticas”, escrito por Adão Almeida.
Eliane Soares e Creusa Salame contaram histórias de quando eram iniciantes na poesia e sobre como despertou o gosto, o interesse pela arte.
Na parte de crítica do encontro, a poetisa Eliane falou das políticas públicas que chegam ao sul e sudeste serem, praticamente, inexistentes. “Edital apenas para a zona metropolitana de Belém ganhar não é justo. Tem que ser regional”, acentua.
A noite terminou com a brincadeira do “Amigo Livro” e com a novidade traga pelo secretário de cultura, Genival Crescêncio. A cidade em breve vai sediar um congresso regional de poesia, que faz parte do Projeto do Congresso Amazônico de Literatura.






















quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

UEPA - 1ª turma de Medicina em Marabá começa e termina sem uma faculdade?




Desde 2013, acadêmicos esperam um dia entrar numa sala do curso.
Quadro da obra já em fevereiro de 2015 não é otimista





































Pelo andar da carruagem, a primeira turma do curso de Medicina em Marabá vai começar e terminar sem uma faculdade. De julho de 2013 até hoje, a construção do prédio nunca encerrou, contrariando todas as promessas feitas pelo atual governador do estado do Pará, Simão Jatene (PSDB), que na verdade já está no 3º mandato. 
E não custa muito lembrar esse episódio, haja vista que as mudanças tem ocorrido a passo de bicho-preguiça.
Foi com grande orgulho e euforia que as autoridades em várias esferas, política, empresarial, profissional, bateram palmas e discursaram sobre a chegada da formação superior em Medicina. Evento que, sem sombra de dúvidas, marcaria uma nova era da saúde na região sul e sudeste.
Porém, os universitários que principiaram o curso ofertado pela Universidade Estadual do Pará (UEPA), Campus VIII, situada na Avenida Hiléia, espaço conhecido como Agrópolis do INCRA, nem de longe imaginavam os perrengues que iam passar. A formação tem sido feita em espaços da Universidade Metropolitana de Marabá, alugados sabe-se lá a que custo mês pelo governo estadual.  
E por terem começado sem a infraestrutura oficial, os estudantes do curso nunca apagaram da mente a sensação do que é uma promessa não realizada.  
Enquanto “o sonho” não chega, mais turmas continuam ingressando na universidade em questão, também no curso de medicina.
Os 10 calouros da turma 2015 já devem estar se preparando para o start de uma dupla jornada de lutas. Exigir o cumprimento do direito a ter estudo de qualidade e contra a morosidade do Estado.
O blog OA deseja força redobrada e ânimo aos congratulados Antonio Favacho Mesquita, Lais Sousa Pismel, Waleska Cheim Rocha, Amelia Santos Leal, Andre Pimentel dos Santos, Felipe de Oliveira Froes, Fernando luiz Pompeu, Iago Braga Terceiro, Maria Alice Fernandes e Rayssa Avelar Corte Real.        
                    


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

13º PAPO LITERÁRIO - Carvalho Junior, escritor de Caxias (MA), lançou em Marabá livro “Dança dos Dísticos”


Secretário de Cultura, Genival Crescêncio, e a
poetisa Rose Pinheiro prestigiaram lançamento



Carvalho Junior, poeta de Caxias MA, foi o convidado de 13 Papo Literário






















Coordenador do curso de Direito na UNIFESSPA, Jorge
Luis Ribeiro, fez questão de levar um exemplar
“A poesia é a minha paixão”, convicto da própria arte o poeta natural de Caxias (Maranhão), Carvalho Junior, esteve em Marabá durante a noite de sexta-feira última (6), para a realização do 13º Papo Literário. O encontro é promovido pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult) e reuniu artistas locais e da região, militantes da arte e de movimentos sociais, universitários e profissionais de diversas áreas, que conversaram com poeta no salão da Biblioteca Municipal Orlando Lima Lobo, situada na Marabá Pioneira.
Francisco de Assis Carvalho da Silva Junior tem 29 anos e é membro da Academia Sertaneja de Letras, Educação e Artes do Maranhão - ASLEAMA. Grande estudioso de Mario Quintana, atualmente está em fase de lançamento da obra “Dança dos dísticos”, publicado pela editora Patuá, comportando 92 poemas que tratam de grande diversidade de temas como cotidiano, humor, meninice, política e erotismo.
Mais conhecido como Carvalho Junior, o poeta é casado e já publicou outras duas obras, "Mulheres de Carvalho" pela Editora Café & Lápis, de São Luís, em 2011 e "A Rua do Sol e da Lua", Editora Scortecci, de São Paulo, lançado no ano de 2013.
O poeta marabaense, Airton Souza, foi o mediador da conversa com o autor caxiense. Ele enfatizou o reconhecimento que o jovem escritor já alcançou.  
“Ser publicado pela editora Patuá é uma forma de reconhecimento. Conheço escritores paraenses que são muito bons, eles já tentaram, mas não conseguiram”, acentua.
Carvalho Junior aceitou o convite de vir a Marabá feito por Airton Souza e agradeceu por tê-lo tratado como hóspede, durante a estadia na cidade.  
Além do Secretário de Cultura de Marabá, Genival Crescêncio, o bate-papo foi prestigiado pelos membros da Academia de Letras do Sul e Sudeste do Pará (ALSSPA), Charles Trocate, que também é líder do Movimento Sem Terras no sul do Pará, Vânia Andrade, autora de obras infanto-juvenil, e Joelthon Ribeiro, escritor do livro “Entre sem bater”.


PAPO LITERÁRIO
Vânia Andrade acompanhou noite
de conversa poética e autógrafos
Na ocasião, Airton Souza quis saber sobre o processo de leitura do Carvalho Junior, por ser baseado principalmente em livros do gênero lírico (poema).  
“Eu leio prosa, acho essencial. Dificilmente alguém que leia prosa, ao terminar, não saia motivado a escrever. Porém, os poetas maranhenses no momento, como Nauro Machado, tem sido minha leitura. Eu penso que a gente tem que conhecer e ouvir nossos poetas. Criei até um trocadilho “escrouvir”, exatamente para conhecer o que já existe e poder escrever algo novo. Tentar algo novo, que leve um caráter nosso, algo diferente, que não seja imitação do que já está ai”, considera.    
A participação do público foi fundamental. O professor de história, Raimundo Nonato, reparou no conteúdo político dos poemas de Carvalho e fez questão de ler o Dístico Senso da conveniência, da moral, do respeito, do humor, em que os dois versos citam "O homem precisa desenvolver bem mais do que apenas um senso...” e “Alguns confundem senso crítico com o cítrico veneno do cinismo".
A observação do historiador chamou a atenção do poeta.
"A política faz de conta que não nos vê. Fazemos movimento artístico na cidade de Caxias e os políticos mesmo tendo televisão a sua disposição não se importam. No texto poético a gente pode falar contra essa canalhice”, ressalta. 
Dalvinus Costa, estudante de Letras na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), perguntou como a literatura fantástica é abordada no Maranhão, uma vez que é um espaço de historicidade rica em crenças, episódios de fatos sobrenaturais e mitos.
“Não é muito o tipo de literatura que tenho lido. Mas, tenho visto que em São Paulo e no Pará já tem muita gente empenhada nessa linha. Agora, na minha cidade (Caxias), que é conhecida como terra dos poetas, embora tenha bons romancistas, não vejo ninguém investindo muito no maravilhoso e no fantástico. É verdade que é uma região de muitas lendas, porém não há muita essa produção”, salienta.






Jornalistas Ederson Oliveira e Anderson Damasceno
 prestigiam noite de lançamento




Advogado Francisco Duarte deu voz a poema de Carvalho Junior


PAZ NAS RUAS - Operação reúne órgãos de segurança pública em Marabá

Trabalhando de forma integrada, equipes promoveram blitzen e apreensões para garantir sossego e moralidade 

 Algumas das autoridade na ação de sábado. Sargento Galúcio do Corpo de
Bombeiros, o comandante da operação Tenente-coronel Hélio,
o superintendente da Guarda Municipal Tenente-coronel Fernando,
Tenente-coronel Fialho e Emmett Moulton do Dmtu
.  

Jovem foi detido por dirigir alcoolizado e sem capacete







Na madrugada de sábado último (7), diversas equipes dos órgãos de segurança pública, em Marabá, realizaram mais uma atividade ligada à “Operação Paz nas Ruas”. As autoridades efetuaram blitzen e vistorias ao longo dos núcleos Marabá Pioneira e Cidade Nova. Boates e bares, condutores de veículos e o público passante nas praças foram alvo da ação. 
Por volta de meia noite, os servidores da Polícia Militar (PM), Polícia Civil, Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU), Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros e Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma) se encontravam na Praça do Bairro Liberdade.
Um rapaz foi detido por estar dirigindo com sinais de embriaguez, além de não portar o capacete como determina o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Segundo o comandante da operação, Tenente-coronel Hélio, a operação paz nas ruas é realizada por órgãos que trabalham de forma integrada.
“Serão operações constantes. Nos finais de semana, sexta-feira, sábado e vamos fazer aos domingos também. Principalmente agora, antecipando as festividades do carnaval”, destaca.
O coordenador do DMTU, Emmett Moulton, orientou a fiscalização no trânsito.
Várias motocicletas sem placas foram apreendidas. Noutros casos, os condutores não possuíam a documentação necessária para ter o direito a dirigir. Enquanto isso, grande multidão se formava no logradouro.






Público formado pela maioria jovem fica até altas horas na praça









Muitas motocicletas sem placas foram apreendidas na operação