NACIONAL ENERGY

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

ESCOLA DARCY RIBEIRO - Alunos publicam livro durante Sarau Cultural, que recebeu a comunidade

Estudantes que participaram da produção do livro "Antologia Literária Darcy
Ribeiro" realizam belo recital na nave da escola 













Diretora Eliete presenteia Airton Souza com quadro
produzido por arte-educador da escola
A direção da Escola Municipal Darcy Ribeiro, situada no Bairro Liberdade – núcleo Cidade Nova, realizou um Sarau Cultural, na noite desta sexta-feira (30), para homenagear o professor e poeta marabaense, Airton Souza. Os professores e alunos se reuniram no pátio, ornamentado com pinturas, murais e instalações, para recitar poemas e assistir diferentes apresentações artísticas.
O evento também foi marcado pela divulgação da obra “Antologia Literária Darcy Ribeiro”, que reúne um conjunto de poemas produzidos pelos estudantes do nível fundamental II.
Segundo Eliete Rodrigues Guimarães, diretora da escola, o evento dá ênfase ao desejo de que a poesia faça parte da vida estudantil e intelectual do alunado.
“Queremos que a poesia continue influenciando nossos alunos e, por isso, trouxemos o Airton aqui. Esperamos que este sarau seja uma motivação para todos. É apenas o primeiro de uma série que ainda teremos também no próximo ano” afirma, destacando ainda que o convite vai se estender a muitos amigos e escritores como Eliane Soares e Javier Di Mar-y-abá.  
O homenageado fez questão de declamar poemas dos alunos que participaram da Antologia Literária.
“Foi a primeira vez que uma escola faz um evento para me homenagear. Eu sempre quis que a escola onde estudei, que é a Dezuita Melo, mas nunca tive essa oportunidade. Não espera encontrar quadros e murais com meu nome escrito, nem o mais especial que é ver esses alunos com chapéu lendo meus poemas”, pontua.
A obra foi organizada por Airton Souza, como resultado do projeto “Mais Cultura na Escola”, de iniciativa do Governo Federal, em que ele ministrou a “Oficina de Foto-poema”, possibilitando a cerca de 50 estudantes vivenciarem todo o processo de produção com arte de gêneros diferentes.
Os parabéns da diretora Eliene se estendeu às professoras de Língua Portuguesa e para Renilde de Jesus Pereira, coordenadora da sala de leitura.
Um dos momentos mais emocionantes da noite poética foi a leitura do texto lírico produzido por Victor Lazarro Nunes Sousa, estudantes de 15 anos que faleceu no início deste ano, em virtude de acidente de moto. O poema dele, intitulado “A Vida”*, foi entoado por Airton e faz parte da Antologia. Os pais do jovem serão convidados pela direção da escola a receber um livro para guardar os belos versos que Victor deixou.


*A VIDA (Victor Lazarro Nunes Sousa)

A vida é uma coisa cheia de altos e baixos
Por que?
Nossos pais fazem
Nascer a criança
A criança cresce
Daí começa a aparecer os problemas
E começa a melhorar novamente
Começa o problema
A vida é assim
Cheia de degraus. 









segunda-feira, 26 de outubro de 2015

7º Festival de Música Popular Paraense - Clicks da etapa em Marabá, em 22 de outubro







































SARAU TOCAIÚNAS - AESSP e Escola Arte & Manhas encantam público no Shopping Pátio Marabá

Além dos populares, o Sarau no Shopping continua
reunindo diversos apreciadores e a plêiade regional





Professores da Escola Arte & Manhas criaram grandes cenas com
diversos gêneros de arte, colaborando com alunado infanto-juvenil




















Arsênio Moreira deu uma palhinha de novo livro
que será lançado no dia 7 de outubro
Na noite de sábado último (24), a Associação de Escritores do Sul e Sudeste do Pará (AESSP), em parceria com a Escola Arte & Manhas, realizaram belas apresentações para o público que visitava o Shopping Pátio Marabá, situado na Rodovia Transamazônica (BR-230). Na praça de eventos, crianças e adolescentes, jovens e adultos participaram de recitais poéticos, cantorias, encenações de teatro e música instrumental, bem como a narração de ficções. 
Os escritores do Projeto Tocaiúnas, Creusa Salame, Francisco Duarte, Francisca Cerqueira, Glecia Sousa e artistas como Claudimar Campos e Arsênio Moreira prestigiaram a beleza que brota nas mãos dos juvenis.   
Segundo o presidente da AESSP, poeta Airton Souza, aproximar a população com a arte produzida por escritores e artistas regionais faz parte da missão que entidade tem.  
Apresentação com música instrumental
ganhou aplausos efusivos do público
A equipe de professores da Escola Arte & Manhas coordenou número apresentado por adolescentes, que compuseram a banda da escola. Por sua vez, as crianças vieram caracterizadas com personas de “contos de fadas”, para número que ganhou o carinho dos visitantes. 
A escritora, Lusinete Silva, também impressionou a plateia com a exposição de um projeto realizado na Escola Municipal Paulo Freire. Alunos que participaram da confecção de um livro, coordenado por ela, leram seus textos que abordam as próprias experiências. Maria Beatriz fez leitura detrecho com características de literatura de viagens.  
Muitos estudantes procuraram uma forma de relaxar, tendo em vista que durante à tarde tinham encarado o primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). E, do dia seguinte, não seria diferente. Então, nada melhor que reservar umas horas para fruir a arte, que é alimento para alma, carente de alento.A universitária Gabriela Silva recitou poema de uma dos autores do Projeto Tocaiúnas. 
A surpresa da noite veio das mãos do poeta romântico, Arsênio Moreira, que deu uma palhinha para o público sobre seu novo livro, intitulado “À tua procura”, declamando versos de cunho emotivo e conotação amorosa. O lançamento está programado para o próximo dia 7 de novembro, no espaço da Biblioteca Municipal Orlando Lima Lobo, situada na Avenida 5 de Abril – Marabá Pioneira.  
No encerramento, o também membro da presidência da AESSP, Javier Di Mar-y-abá, deu ao evento um desfecho categórico, com cantoria regional.


UNIFESSPA - II Congresso Paraense de Educação Especial terá inscrições online gratuitas a partir de amanhã


Professora Lucélia Rabelo (centro) coordena o II Congresso
Paraense de Educação Especial. 
Nacélio Madeiro (segundo da
esquerda) participa da organização junto ao NAIA.



Auditório da Faculdade Metropolitana de Marabá vai ficar lotado nos
dias 12, 13 e 14 de novembro, para debates e palestras com
pesquisadores de renome nacional e internacional. 
























Lucélia Rabelo destacou urgência no debate 
acerca da Educação Especial

Entre os dias 12 e 14 de novembro, a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA) promove o II Congresso Paraense de Educação Especial, no auditório Leonardo Da Vinci, na Faculdade Metropolitana de Marabá. O evento é organizado pelo Núcleo de Acessibilidade e Inclusão Acadêmica (NAIA) e vai contar com palestras, oficinas e minicursos, apresentados por pesquisadores de renome nacional e internacional.
A inscrição é gratuita e pode ser feita pelo site cpee.unifesspa.edu.br, a partir do dia 27 de outubro. No ano passado, o encontro aconteceu em Castanhal e em menos de quatros horas todas as vagas foram preenchidas.
O Congresso é realizado em parceria com instituições como Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), o Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Físico Visual, 4ª URE e a Secretaria Municipal de Educação (SEMED). Em 2015, o tema do Congresso é a Educação como direito das pessoas com deficiência: debatendo e construindo trajetórias na Amazônia.
Segundo Lucélia Cardoso Cavalcante Rabelo, coordenadora geral do evento, esse tema faz parte de atual política de Educação Inclusiva, que defende a presença das pessoas com deficiência nas escolas de ensino regular.
“Todas as escolas do Brasil e de Marabá precisam se adequar a essa política. Elas devem ofertar um ensino direcionado às pessoas especiais, através de salas de aulas de recursos multifuncionais e centros especializados para surdos, deficientes audiovisuais e pessoas com altas habilidades de superdotação”, afirma.
Ainda segundo Lucélia Rabelo, desde 1988 a Constituição Federal já assegura os direitos desse segmento social, porém, o país continua atrasado e falta um investimento mais expressivo na área.
“Por isso, esse encontro vai debater a urgência do processo de formação de professores para a área de Educação Especial. Os professores estão em sala de aula sem saber lidar com esse público. Porque, hoje, a grande problemática é a falta de espaços de formação inicial e continuada para eles”, pontua.
A coordenadora colocou em relevo o trabalho monumental da promotora, Lilian Viana Freire, que preside em Marabá a 13ª Promotoria de Justiça de Direitos Humanos, Órfãos, Interditados, Incapazes, Pessoas com Deficiência e Idosos. “A atuação dela tem otimizado a urgência desse processo, no nosso município”, cita.
Durante os três dias, o público vai participar de comunicações de pesquisas e mesas redondas, destinadas a debates de temas específicos.
Entre os especialistas convidados estão os professores doutores Danúsia Lago (UFSB), José Bentes (UEPA), Kátia Caiado (UFSCAR), Leonardo Cabral (UFGD) – pesquisador de renome internacional, com estudos na Itália – e a professora mestra Kátia Lima – pesquisadora que estuda a presença das pessoas com deficiência no espaço amazônico.

Jennifer Viana, mesmo com dificuldades,
se preparou para encarar o ENEM
ESTUDANTES ESPECIAIS E PROFISSIONAIS DETALHAM DIFICULDADES ENFRENTADAS DIARIAMENTE 
Para o universitário, Nacélio Madeiro, 31 anos, a exclusão social ainda é um absurdo constante na sociedade. Ele é deficiente audiovisual e atua nos projetos do NAIA, porém, mesmo com formação em Química pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), não consegue uma vaga no mercado de trabalho.
Hoje em dia, Nacélio está concluindo o curso de Ciências Sociais pela UNIFESSPA, em fase de produção do Trabalho de Conclusão do Curso (TCC). “Estou abordando o tema do Mercado de Trabalho e as Pessoas com Deficiência Física. Um dos objetivos é verificar se os direitos dessas pessoas são assegurados dentro das empresas. E se o Ministério Público do Trabalho tem feito a fiscalização como deveria. O fato é que essa atuação é muita frouxa ainda e favorece a negligência dos empregadores”, critica.
Por sua vez, a jovem Jennifer Viana dos Santos (22) está encarando o desafio de ingressar na faculdade pela primeira vez, e com disposição. Ela é cadeirante e tem dificuldades motoras devido uma paralisia cerebral. No entanto, as funções mentais apresentam um nível semelhante ao dos estudantes das escolas comuns.
“Eu quero passar e acredito, com fé em Deus, que vou entrar na faculdade”, enfatiza Santos, que estuda no Curso Pré-vestibular Everest e pode ser contemplada pela política de cotas, uma vez que a UNIFESSPA reserva duas vagas em cada curso, somente para alunos especiais.
Novamente conforme Lucélia Rabelo, pela lei de acessibilidade, promulgada há mais de quinze anos, os prédios públicos e privados teriam o período de uma década para se adequarem. Contudo, a grande parcela de deficientes ainda padece nesses espaços. As condições de acessibilidade física – por exemplo, a disposição dos móveis e calçadas – e arquitetônica – como portas, corrimões, rampas e piso tátil – estão fora do padrão na maioria dos lugares.
“Porém, o maior desafio é o da acessibilidade atitudinal. As pessoas precisam praticar a gentileza e não podem atrapalhar ou criar obstáculos para as pessoas com alguma deficiência. Seja na fila do banco, no estacionamento ou num supermercado”, ressalta. 

NAIA TEM CONTRIBUÍDO NA MUDANÇA DO CENÁRIO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL EM TODA REGIÃO SUDESTE
Desde abril de 2014, o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão Acadêmica (NAIA), ligado à UNIFESSPA, promove cursos de formação de professores para a Educação Básica.
Atualmente, está em andamento o terceiro curso de aperfeiçoamento – capacitando cerca de 15 profissionais da educação –, sendo que na turma anterior, ministrada pela professora Francisca Cerqueira, foi trabalhada a aptidão de 53 professores, para que eles possam atuar na educação de surdos.
A organização do congresso, conforme a professora Lucélia Rabelo, é um braço da atuação do NAIA. A segunda edição do Congresso reúne mais de 50 pessoas, entre docentes da rede municipal e estadual, profissionais da APAE e membros de associações. Além destes, há o corpo de docentes e técnicos da UNIFESSPA.