segunda-feira, 26 de maio de 2025

OSSO DE COPO E CAIXA


Sou o homem que carrega,

No próprio Ser, o mais horário.

Sou quem procura a nova entrega

De tanto andar em estagiário.

 

Você, magrela, enfiada na parede,

Bela, como nunca vi...

Teu osso, enfiado na minha carne,

Superando os medos de te sentir.

 

Caminho que nasceu, que foi

Crescendo no olhar, ganhou

Os mais caminhos, sendo

Feito ao pouco amar.

 

Teus olhos tinham sangue

Como a vida quer viver...

As vidraças te cortavam

Mas continuavas a arder.

 

Eu fui o copo e fui a caixa,

Tudo que eu podia conter.

Pomos dentro as vidraças

E brindamos novo você.

Nenhum comentário:

Postar um comentário