CONGRESSO ESTADUAL DE JOVENS QUADRANGULAR

CONGRESSO ESTADUAL DE JOVENS QUADRANGULAR
O Congresso Estadual Setorizado de Jovens "Mais de Deus" está chegando para transformar corações nos dias 18 e 19 de julho de 2025. O evento, organizado pela Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), campos 158 e 337, será realizado na região e contará com uma programação especial.

sábado, 12 de abril de 2025

VALORES QUE DEIXAMOS DE TER

Entre as forças que parecem governar o universo e as pessoas está a perda do valor. Louvá-la ou enojar-se dela? Eis a questão.

Talvez seja mais uma das constantes universais que sedimentam o ajuste fino do nosso universo. Porém, a cada novo dia... algo se esvai para outro estado de coisas que outrora era e agora não. É o tempo. Vida e morte. Criança e velhice...

            Por algum motivo, hoje me sinto bem melhor com a sensação da perda de meu valor pessoal. Como ser, como gente, como quem fui para quem foi pra mim.

Não falo de perder os valores caros e irrevogáveis que me sustentam tais e quais a fé em Jesus, o amor por minha família, o casamento que por uma mulher salva o homem até de si mesmo...

Posso não entender bem sobre como o universo vai perdendo de seu valor. Ele, relativo ou criado, estaria indo de um estado mais organizado para outro menos organizado, destrutivo e deletério. Assim como está caminhando para um fim em que, Ele, brevemente será refeito. Tudo novo.

Contudo, volto a me regozijar com a oscilação do meu estado pessoal de coisas. Que sensação madura e gentil. Não me sentir mais preso ao valor que me davam e ao que usufruía mesmo, aparentemente, ou myselfmente, sem eu desejar tanto.

Quem sabe, neste momento, estarei eu amando a desimportância das coisas que me fazem ser o que sou. Um Manoel de Barros. É! Vá lá me rotular como quem regozija de ter alcançado a insignificância poética. Mas isso não é inovador. Muito antes. Muito bem antes... houve quem se esvaziou por mim.

Portanto, agora estou me sentindo numa nova aprendizagem, semelhante ao aprender andar de bicicleta. Já passei da fase do medo por andar descontrolado sem saber como parar e fugir da queda. Olha que coisa boa. Ainda me sinto que sou eu. E sou. Mas um Ser que nem Heidegger saberia sua medição.

A força que vai desfazendo o nada do universo também agora se liga por algum fronteiro do meu novo eu – ou do meu mais eu que antes? – agora desvalorizado. Salvo estou agora pela perdência que agora nutre a boa-venturança do meu ser.

Estou amado. Não mais por quem estive como eu queria. Poxa, Pessoa, estou melhor sendo tudo o que de mim perdi? Oh, benção! Só benção.

 

 

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