Vivam os afogados que se atreveram a dominar:
Mar, Rocha, vento e mais mar.
Homens que em Julho mergulharam
com o peito,
Num desconhecido, mas antigo amigo,
o escuro.
Suas vidas foram amor pela
profundidade,
Dominando sobre os peixes do mar.
A Julia esfera, a jovem noite em
luar, um mergulho
Nas águas do passado, desaguadas
no presente.
Músculos que se debatem além-mar,
Técnicas da marinhagem para que
possamos nos segurar,
O barco, substrato dos apaixonados,
Cuja astúcia não foi suficiente
sem diminuir sua coragem.
Na roupa do líquido dominador, os
corpos submersos,
Vestidos agora de uma forma bem
maior que a paixão que devotavam.
Homens embebidos, um tempo, de
amor avassalador,
Desbravadores do mar...
Agora, homens afogados, sem
reação que se atreva a dizer:
Não há força maior que a nossa.
Havia.
E há...
E vai havendo romances entre
todos os que se vestem de mar,
Entre todos que foram munidos
espiritualmente pelo dominar:
Pelo ser fecundo, pelo multiplicar,
pelo encher a terra.
Não há suor sagrado, mas há o suor
que deve plantar seu pão, pescar seu peixe.
E vivam os homens vestidos pelas águas
que não molham,
Pelo mar da paixão ainda que os
arrebentem pelo propósito:
O além mar, o dominar das Rochas,
os mergulhos de todos
Os Jovens. Com a força física,
com o fôlego da existência!
Agora, presos nos espelhos da
transparência, enquanto
Os raios de sol conseguem
iluminar seus corpos indo a fundo,
Os atrevidos se tornam a
comunicação, se tornam dizeres,
A mensagem que vagueia sendo repercutida
aos ouvidos de todos:
Eles amaram demais ou foram somente tolos?
O homem na lua ou na cirurgia do
fígado deve algo aos afogados de suas áreas?
A propagando atravessa os séculos
e os peitos mais ou menos loucos seguem,
Pulam. E saltam para mais
mergulhos pela jovem Rocha-mar.