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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

TRABALHO INFANTO-JUVENIL É CRIME!


“Enquanto, por efeito de leis e costumes, houver proscrição social, forçando a existência, em plena civilização, de verdadeiros infernos, e desvirtuando, por humana fatalidade, um destino por natureza divino; enquanto os três problemas do século – a degradação do homem pelo proletariado, a prostituição da mulher pela fome, e a atrofia da criança pela ignorância – não forem resolvidos; enquanto houver lugares onde seja possível a asfixia social; em outras palavras, e de um ponto de vista mais amplo ainda, enquanto sobre a terra houver ignorância e miséria, livros como este não serão inúteis”. (Os miseráveis, de Vitor Hugo – 1862)
População parece não se incomodar quando vê crianças em trabalho braçal  

Encontrar crianças e adolescentes efetuando trabalho pesado – que coloca em risco a integridade física – ou atividades leves que tomam várias horas do dia, do tempo escolar, ainda não revolta o povo de Marabá. Nem boa parte de seus líderes políticos. Isso porque continua sendo visto como “normal” os infantes passarem nas ruas vendendo algo ou cumprindo um serviço.
Na quinta feira (5), a primeira semana de 2012 não começou legal para mais um “trio ternura”. 
Em plena Avenida Boa Esperança, a altura do Bairro Laranjeiras – Núcleo Cidade Nova – um grupo de três meninos passava com toda “calmaria” em cima de uma carroça, fazendo um carregamento de madeira. 
Sem qualquer segurança, os dois garotos sentados no final das tábuas assistiam a lida e a passagem dos carros e caminhões, enquanto o terceiro fazia a condução do frete.
A cena não causou nenhum alvoroço em quem passava naquela via, logo às 4h da tarde. Sequer um nariz torto entre as pessoas que viam tudo na frente de suas casas. 
Do contrário. O resultado máximo foram os sorrisos que as “firulas”, feitas pelo pequeno condutor, causaram em certo grupo de adultos na outra esquina, que, embora estivessem cuidando de seu ofício, não deixaram de reparar no que havia de “hilário” naquela situação. 
Na infância tudo parece brinquedo. Contudo, nessas condições, flagradas pelo "OA", os gracejos demonstram que na verdade, o normal em toda criança é brincar, mesmo em casos de risco. Isso é um tipo de direito que a exploração do trabalho infanto-juvenil acaba usurpando. 
Geralmente, os responsáveis apontados por esse descuido são os pais.
Porém, não se sabe ao certo, até que ponto a família padece necessidades e injustiças que o governo não consegue sanar, ou pior, se as autoridades e órgãos públicos estão fugindo de cumprir seu papel para com essa parcela carente da sociedade. Ela, como se vê, depende em muito desse apoio.     

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