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sábado, 30 de julho de 2022

AFORISMO - ACEPÇÕES E DECEPÇÕES




















ACEPÇÕES E DECEPÇÕES 
Anderson Damasceno
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O filósofo vem e diz: "Só sei que nada sei". E o mundo 🌎 o aplaude de suas cátedras... e o oráculo diz que esse filósofo é o mais sábio porque tem consciência de quão tamanhudas são suas trevas. 

O psiquiatra voraz vem e diz que ninguém ilumina a si mesmo fantasiando sobre si figuras de luz... mas, sim, tornando-se consciente de quão vasta é a sua própria escuridão. E o mundo 🌎 vangloria a grandeza dessa psique - Afinal, dizem até que esse cara comprou "A Origem do Mundo" de Courbet. 

A escuridão é mesmo um papo sério, concordo.

Contudo, cá estou com meu Cristo, que disse que "A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; Se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!". E mesmo diante de gigante compreensão acerca da natureza humana, tem um montão de gente atabalhoada, incapaz de ver que só estão falando do que o dono do mundo 🌎 sempre falou. 

Voegelin sabia o que dizia quando enunciava a "descompactação do sagrado".

Por isso tudo, digo, inda que isso aqui não seja o Poltergeist 👻 de 1982, mas, "Caroline, venha para luz".

Ai, a infância! 




sexta-feira, 29 de julho de 2022

POEMA – TAUTOLOGIA NO ESPELHO

 POEMA – TAUTOLOGIA NO ESPELHO

Porque, agora, vemos como em espelho.

 

Venta ventania...

Que assola o meu dia.

 

Noite anoitece...

E a minha agonia escurece.

 

Vida animada...

É a esperança pela estrada.

 

Caminho a caminhada...

De retirante em sua jornada.

 

Tem pé para que pise...

Doendo os dedos no deslize.

 

A boca que se fala...

Tempo foi a que se cala.

 

Pensa o pensamento...

Quase impenetrável como cimento.

 

Água mole, pedra dura...

Tanto bate até que fura. 

Anderson Damasceno 






quinta-feira, 21 de julho de 2022

POEMA - INTERREGNO

INTERREGNO


O vento sopra onde quer...

 

Isso é só uma fase!

Quantas já não passaram?

E te atravessaram?

Atravessarás.

 

É perto da loucura,

De insondável fundura,

Nenhuma mão te segura?

Segurarás.

 

Quando o tempo está lento,

A velocidade do vento

– Por longo momento –,

Que te conduzirás.

 

Não são as bocas de fora,

São teus atos de agora,

A fome que te devora

E não saciarás.

 

Pessoas de pouco talento,

Que confiam no vento

– Mesmo com pouco sustento –,

Não lhes faltará.

 

Anderson Damasceno