NACIONAL ENERGY

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

VAMOS CASAR...

VAMOS CASAR...

Até que a morte nos rasgue!

Será se você está preparado para ser a pessoa mais importante na vida de outra?

Você se acha capaz de corresponder a isso?

Você ao menos se importa ou dar valor a isso?

Você entende o que significa se tornar a pessoa mais valiosa para o coração de alguém?

Você está disposto a ocupar esse lugar de tamanhudo valor? 

Ou vai encarar tudo isso como uma simples aventura?

Você tem ciência do quanto é prejudicial se aventurar nos sentimentos alheios?

As pessoas que brincam de casamento podem colocar em risco toda a história, toda a vida de alguém completamente inocente.

Como podemos classificar a maldade de um homem ou de uma mulher que, conscientemente, brincou com os sentimentos de alguém que resolveu acreditar no amor?

Sim. Realmente há muitas coisas a refletir. Eu mesmo tenho muitas coisas a perguntar. Inclusive a mim mesmo. Principalmente.

Fica decretado que agora vale o amor. Estou thiagomelliando. 

E que casar não seja apenas a novela que alguém assiste pela TV.

Que o amor não seja apenas enlatado de internet. 

E que a poesia possa humanizar os muitos corações.

E que casar seja ser um pro outro tudo aquilo que muitas vezes precisamos ser pra nós mesmos. 

E que amar não seja um crime consciente.

Só as bocas.

Só os corações. 

Só as mãos juntas.

Espalmadas. 

Aneladas.

Porque agora...

Agora vamos casar.

domingo, 21 de janeiro de 2024

CRÔNICA – TÚMULO DOS SONHOS

CRÔNICA – TÚMULO DOS SONHOS

 

Nós somos os homens ocos

Os homens empalhados

Uns nos outros amparados

O elmo cheio de nada. Ai de nós!

T. S. Eliot (1888-1965)

 

Eu acredito no poder do sonho. Penso que cada sonho que buscamos realizar representa um dos meios usados por Deus para alimentar nossas almas. Alimentar com esperanças dignas, coragem e crenças no que há de mais valioso na vida.

Afinal, se não fossem os sonhos, o que seria capaz de dar motivo e sentido aos olhos que se abrem, às narinas que suspiram e aos sorrisos gostosos a cada manhã?

            Porém, parece que vivemos um tempo fatalista. Pessimista. Tempo capaz de anular até mesmo a menor fagulha do imaginário humano. Pois, a poeira nos meus ouvidos vive me contando, já faz um tempo, a respeito de uma velhacaria que se tornou triste verdade: tem sido bastante incomum encontrar pessoas que ainda ousam falar de alguns de seus sonhos.

Claro que precisamos identificar a origem desse mal funéreo. As pessoas estão caminhando como covas ambulantes. Enterram dentro de si a riqueza do expectar. Ou seja, a frase mais assassina do momento é: “Não crio nenhuma expectativa, assim não tenho que passar por nenhum tipo de decepção”. Rapaz! Será mesmo? O quanto pode ser oca uma alma assim. Nem consigo pensar se dar para medir a oquidão de um peito assim.

         Dante!

Ele, sim, soube enxergar como poucos o material que constitui a natureza embrionária do sonho. Seu germe primevo. A imaginação!

Dante sacou que a alta fantasia é um lugar que chove dentro. E, se o sonho pessoal, quer dormindo ou acordado, não for o primeiro lugar em que as gotas caem, que importa onde mais cairão?

Contudo, diante desse velório exponencial, o que podemos fazer? Devemos reconhecer que existem muitas forças atuando para que tanta gente vá dormir com pesadelos e acorde sem sonhar.

Eu tenho uma lista sintético-identificadora dessas forças catatúmbicas.

            A fonte. Um dos problemas que marcam este tempo cadavérico é a fonte. O homem moderno escasseou todos os fingidos porquês que tentaram matar Deus. E substituí-lo. Julgaram-se a nascente. Mas, hoje, só são a morrente.

O medo. Eta miserável medo! É tão difícil alcançar e eu não sou ninguém pra isso.

A desconfiança. Dos ouvidos em que meus sonhos foram pousar. Falar dos sonhos significa dar poder a quem nos escutar. Pode se fazer o bem e o mal.

O egoísmo. O mais avassalador de todos. O sonho nasce, cresce, destrói tudo e morre.

As superstições. São as respostas para as coisas que nunca foram perguntadas. E nem havia de se perguntar.

A ganância. Tudo só pra mim. Eis o túmulo mais enfeitado. E o mais seco de todos. Nada tem na cabeça deste ser. O sonho do ganancioso é a pobreza da realidade.

É por isso a epígrafe.

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

ROTEIRO AB OVO

Abertas as paredes

No sossego do meu lar

Ninguém está à porta

Só eu posso mudar

 

Quando eu piso no chão

As camadas de imantar

Sacodem novos sons

De Goelas a falar

 

Ficaram revolvidas

Mais memórias e mais histórias

Bobinas que não rodavam

Magnetizam, mas vão embora

 

Os passos até as paredes

Pra fugir do lado de lá

Comida encontro, as cestas

Formigam, há um quarentilhar

 

Perto da nova esquina

O ano que se seguirá

Comboios nascem por cima

Pelas esteiras a caminhar

 

Vão eclodir as tartarugas

A natureza adentra o mar

Renascem novas figuras

E na minha casa vão morar

domingo, 14 de janeiro de 2024

POEMA - SUPER AÇÃO

SUPER AÇÃO

 

Homens dos quais o mundo não era digno

 

A todos que enfrentaram seus gigantes,

Que conseguiram se superar,

Que não pararam de seguir adiante,

Independentemente do que encontrar.

Vocês se tornaram exemplos ao mundo.

Espero que todos tenham olhos de olhar:

Tiveram forças que os outros precisam ter,

Lutaram acreditando que vale lutar.

 

Homens que decidiram batalhar por um sonho.

Ouviram palavras duras, fortes para desmotivar.

Encararam o medo, o engano, a solidão e a fome.

Engrossaram a pele de tanto bater e apanhar.

Existe muito motivo para se dizer sujeito homem,

Mesmo que ainda se multipliquem covardes a negar.

Engolir as próprias dores e reagir como um sem nome,

Sem saber quando, nem onde, cada dia iria terminar.

 

Mulheres que anelaram, por si, o melhor futuro,

Cultivando esperanças... quebrando vinganças...

Tristes em face da injustiça, impondo-se em muro,

Anoitecendo os passados, o presente as escuras.

Firmes, com a chama inextinta, fechados os punhos.

Leves, como a neve gelada, congelando as amarras,

Para em seguida quebrá-las, perpetuar-se no rumo.

Com vozes erguidas, seguem-se os passos e as idas.

 

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

ABELHAMENTO

Nós só buscamos entender aquilo que é problema nosso. Esta é uma tese geral. Ou seja, no papel de pessoas responsáveis que somos, de pessoas que cuidam das próprias vidas, temos muito interesse em compreender os porquês das coisas que nos afetam de perto.

Se algo é prejudicial a você, é natural que você queira saber o que é isso que tanto te afeta. Conhecer o problema e buscar saídas. Nó e desenlace. Na vida como na arte.

Mesmo que dê muito trabalho para se compreender as causas de tudo aquilo que nos provoca dano, devemos permanecer, firmes, no propósito de lutar contra a origem do mal. Afinal, como cita o dito popular: “Ninguém tem sangue barata!”. Se você sofre, cuide-se. Resolva!

Além disso, quando algo que nos prejudica diretamente acontece, as nossas reações tendem a ser mais rápidas. Rápidas e interessadas.

Eu sou do tipo que quer entender quem, como, quando e por que algo me afeta. Acredito que faz parte da vida de qualquer sujeito, que atua como condutor do próprio destino, o interesse em encontrar as melhores, mais justas e seguras soluções. Definitivas sempre que possível! Só não gosto de perder tempo, (re)trabalho, recursos e energias com coisas que não posso mudar, nem cabe a mim mudar.

Porém, às vezes ocorre uma demora para que haja esse entendimento: “É algo que posso ou não mudar? E, se posso, devo?”. Se posso e devo, logo, faço. Não vou ter ganho nenhum deixando os problemas, cobranças e desafios que estão ligados a mim sem encontrar seus devidos fins.

Apesar de tudo dito até aqui, pode acontecer da tese geral conter uma falha. Isto é, nem sempre as pessoas buscam entender apenas aquilo que é problema delas. Não dá pra negar que existe muita gente que gasta esforço – diria até que gastam uma grande quantidade de abelhamento – só para poder ficar se metendo nos problemas alheios.

Metem-se, não para resolver os problemas do próximo ou ajudar, mas, sim, para mexericar. Para novelizar os acontecimentos da vida real. Tornar em episódio tudo aquilo que acreditam ser dramático falar acerca das vidas alheias.

Os abelhudos gostam de saborear sadicamente, não com poucas ilações, as nuances que julgam ser as mais acertadas. Julgam como verdades absolutas todos os achismos que seriam mais dolorosos na pele vizinha.

 O abelhamento é uma praga local e nacional, pessoal e coletiva. Ela está no grupo das coisas do: “Se posso ou não posso? Se devo ou não devo?”.

Contudo, uma coisa é certa. Só não podemos dizer que o abelhamento seja a solução. Quem fica alienado à TV da vida do vizinho vai se assustar no dia que a programação acabar. E, geralmente, só acaba para o lado de quem abelha. Digo, de quem assiste.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

QUANDO O AMOR DESMORONA

        É difícil construir uma fortaleza. Seja dentro, seja fora de si. Edificar um lugar, um santuário, um castelo pessoal. Imagine. Ou recorde. Deve ser árduo levantar a própria masmorra. Colocar as mãos na massa e iniciar sua torre. Investir recursos: dinheiro, tempo, trabalho, saúde, lágrimas...

            E quando não é um projeto pessoal investe-se muito mais.

São conversas, são compartilhamentos de sonhos. Sorrisos e coincidências. Cedências e abdicações. Divide-se crenças. Une-se crenças. Esperanças despertadas, seguidas de beijos e abraços seladores.

Mas, para que tudo isso? Pra que tanta construção? O que justifica tantos investimentos? Quem sabe para se proteger ou se esconder. Talvez para viver melhor e desfrutar de algum tipo de paz. Quem sabe seja o natural. O devir das coisas.

O fato é que, sozinho ou acompanhado, é extremamente desafiador criar esse lugar.

Embora as pessoas não perguntem sobre os motivos, sobre as intenções de quem dedicou tempo e trabalho erigindo a própria fortaleza, o dono ou os donos sabem bem. Sabem cada um motivo. Sabem cada uma intenção.

Contudo, pode ser que tudo isso um dia desmorone. Pode ser que a fortaleza do amor pessoal sucumba, que o castelo do amor construído a dois imploda. E agora? Como lidar com a queda?

Nós que não sabemos amar procuraremos as causas do desmoronamento. Tentaremos responder aos porquês de agora sermos o que não éramos. Entender como foi que levaram tudo que era bom.

E nós que não sabemos do amor dispensaremos tempo, acreditando que tudo se curará. Acreditaremos do santo remédio das horas, dos dias, dos meses, dos anos, até o fim da vida.

Enfim, nós que do amor nada sabemos vamos viver umas das mais avassaladoras crises da natureza humana. Revoltar-nos contra o que não se resolve com revoltar. Brandar contra o que não se soluciona com berros. Hierarquizar novos valores. Ou resistir à hierarquização. Digerir sentimentos mal vindos. Vomitá-los. Confundir atitudes certas com erradas. E vice-versa.  

Já os que seguem dizendo que sabem amar não seguirão menos desmoronados. Olharão pra frente e caminharão também sem as respostas que gostariam de ter. Seguirão sem viver novamente o que era bom.

Os que seguem reputando-se entendidos do amor confiarão, do mesmo modo, no tempo. Acreditando que vão viver um outro novo tempo. Terão feridas que acreditam que vão ser curadas.

A verdade é que, mesmo que digam não ter importância, quem edificou entende que nunca foi para desmoronar.

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

ENSAIO – ALMAS VAZIAS, SERES NÃO PREENCHIDOS

     As formas que temos para lidar com os vazios da alma são muitas. Há maneiras mais nobres, duradouras, assim como há maneiras egoístas e deletérias.

Merecem todo o respeito as formas mais nobres como iniciar e manter um compromisso com causas solidárias e humanitárias, seja através de igrejas e associações de bairro, seja através ONGs (Organizações Não Governamentais) ou de coletivos sociais mistos: iniciativa privada em parceria com o governo e agentes políticos.

Elas dão muito trabalho. Exige-se esforço organizativo. Contudo, apesar dos desafios de relacionamento entre seus membros e da integração de propósito entre todos, as boas ações têm um efeito inquestionável na mente humana, no ser humano. Isso faz muita gente lutar heroicamente para continuar realizando projetos de ação social que alcançam, efetivamente, quem precisa de socorro.

Já as formas passageiras e egoístas são aquelas que alteram a química do cérebro temporariamente. E olha que não faltam maneiras imediatistas, que tentam a baixo custo ocupar o vazio da alma humana. Os vícios são as mais comuns. As dependências químicas estão no pódio da miserabilidade humana.

No fim das contas, esses dois caminhos têm algo em comum: seriam soluções químicas para a dor da alma. Em resumo, ambos atuam diretamente na neuroquímica do cérebro humano, provocando sensações de bem-estar, de autossatisfação, o amor e a recompensa.

Porém, esse campo ainda é bastante desconhecido pelos vários segmentos que compõem as civilizações em qualquer época, as culturas do passado e até as sociedades humanas de hoje. Não importam quais sejam os países da atualidade, são pequenos os saberes compartilhados com a grande massa populacional, referente ao funcionamento da neuroquímica do cérebro e os efeitos promovidos pelas escolhas humanas, e sua interferência na alma.

Continuam sendo ínfimas as iniciativas de se repartir um conhecimento tão vital. Afinal, existem um interesse pecuniário, empresas e bancos, e espiritual, satanás e a esquerda, em cima de novas tendências escravizantes e da manutenção de que a alma humana siga sofrendo.

Existe um grande perigo quando as pessoas não percebem que as fórmulas viciantes – apresentadas como soluções possíveis contra a penosa sensação do vazio humano – estão, na prática, sendo ainda mais degradantes para alma, para o próprio ser.

Nesse sentido, diante de todo o cenário exposto até aqui, o que podemos fazer? Sofrer juntos? 

Querendo ou não, todos continuarão sofrendo juntos, em algum grau de intensidade. 

A questão principal, o fato elementar é: hoje, mais do que nunca, a porta estreita continua sendo o melhor caminho. Só que ainda existe uma trupe de canalhas que teorizam o oposto. Vilania.

domingo, 7 de janeiro de 2024

DIA 8 DE JANEIRO - EXTREMA IMPRENSA E JUDICIÁRIO PROPAGAM NARRATIVAS DE ESQUERDA

DIA 8 DE JANEIRO 

Muitos jornalistas de Marabá seguem a mesma narrativa esquerdista nacional.

Essa galera de jornalistas militantes não classifica o Hamas como terroristas. Os caras do Hamas estupram mulheres como método de guerra, assam crianças judias no forno e pregam abertamente a aniquilação de Israel. 

Mas a Imprensa-Esquerdista rapidamente classifica qualquer manifestante de Direita como terrorista. Senhores e senhoras terroristas com Bíblia, bandeira e garganta pra protestar?

Até parece que menos de duas mil pessoas derrubariam a democracia de qualquer país, sem armas, sem nenhuma grande entidade nacional encabeçando nada, sem apoio do exército, sem nenhum Poder da República e sem ninguém que seja o Ulysses Guimarães de hoje para poder capitanear.

É pra rir! Como Demócrito!

O dia 8 de janeiro é a prova de que a Extrema-Imprensa e grande parte do Poder Judiciário COMETEM JUNTOS as maiores injustiças da Democracia Brasileira. Vocês serão julgados um dia!

MAIS UM PM MORTO PELOS “SAIDEIROS” DA SAIDINHA

Roger that?!

Brasil, hoje.

06 de janeiro de 2024.

Mais um PM morto.

3º Sargento Roger.

Morto pelas mãos de um bandido de 25 anos.

Bandido que usufruía da “saidinha” de 2023,

E nunca retornou.

Mas, sabemos bem quem nunca mais vai retornar pra casa.

O policial que foi morto:

Correu atrás do meliante em dívida com a lei.

Dera voz de prisão,

Tinha a arma na mão,

Mas não atirou.

Apenas correu atrás do cara e gritou:

“Deita! Deita no chão!”.

O contraventor corria,

Tendo arma escondida no lombo do jumento.

O policial não tinha medo do bandido.

Ele tinha medo da (in)justiça.

Receio do massacre da extrema-imprensa.

Atormentado pela insegurança jurídica em sua profissão.

Quase 10 anos de carreira.

Deixa família.

Deixa herança.

Deixa filhos.

Até quando?

E a proposta para o fim das saidinhas...

Segue parada no Congresso Nacional.

           

 

PRATOS DESPERDIÇADOS

Hoje à mesa não tem ninguém,

Sem mãos dadas,

Sem orar.

 

O ar enxuto por alguéns,

Não é triste,

Nem de se alegrar.

 

Ouve-se os sons de ninguéns,

Do lado daqui,

Do lado de lá.

 

Olhos vidrados nos aléns,

Que se seguiram

E o que se seguirá.

 

A fome dividida por um,

Só pra diminuir,

Sem multiplicar.

 

Mas nem sempre foi assim.

Habitou-se aqui,

Habitaram lá.

 

Houve tempos para se sorrir,

Sem motivos,

Sem desmotivar.

 

Todos iam se fartar,

Dava o horário,

Até acabar.

 

Todos tinham que esperar.

Comiam, juntos:

O tempo pra falar.

sábado, 6 de janeiro de 2024

POEMA - SELVA DE PEDRA E PAPEL

Um movimento,

Lá,

Distante,

E aqui seu epicentro.

 

Uma voz,

Lá,

Gritante,

E por cá o seu silêncio.

 

Um olhar,

Longe,

No horizonte,

E aqui a vertical cegueira.

 

Um passo,

Só,

Cambaleante,

E por cá a caminhada de pedra.

 

Uma mão,

Suada,

Aberta,

E aqui de mãos dadas a seca.

 

A história

Aponta,

O ponto,

A folha rota.

POEMA - CRISE DE CONFESSIONÁRIO

Catolicamente,

Estou cercado de pessoas que não pecam mais...

Sem confissões a fazer,

Cuja conduta é inescusável.

 

É o que me parece...

 

Porém, quando olho para mim,

Para dentro de mim,

E penso na máxima de que a conduta define o homem:

Sinto que boa parte dos meus atos depõem contra.

 

Eles querem ser contra aquilo que Sou,

E creio.

 

E todos os atos mais que teimam em tentar depor contra mim,

Vivo,

Militantemente,

A tentar impedi-los,

Desde sua fase de potência,

A impedir sua soma.

Ou que escalem no meu Ser,

Ou que em avalanche me aterrem.

 

É uma luta constante.

Por isso,

Necessito estar perto do confessionário.

Mas, como estaria?

Quem me cerca sequer precisa do sentido dele...

Por que essa capa?

 

Vai ser ao abrir a boca

E verter todos os meus pecados,

Um a um,

Para dentro do ouvido do meu outro que me ouve,

Que verei,

Mais uma vez,

Que a não confissão é o forte fato,

Capaz de manter o fardo pesado.

 

Infernalizadas,

Na crise das confissões,

Só seguem as almas

De outra saga.

 

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

TIÃO, 2024 É MAIS UM ANO SEM PISO SALARIAL? VÊ SE APRENDE!

Prefeito de Capanema Chico Neto fez pronunciamento
nesta quinta-feira, 4 de janeiro de 2023

          







          

A diferença entre os prefeitos paraenses é a bola da vez.

Se o prefeito de Marabá fosse o prefeito de Capanema, os professores e demais profissionais da educação marabaense – gente que atua e faz funcionar a rede pública de ensino – estariam recebendo abono salarial, neste mês de janeiro de 2024. Mais de R$ 6 mil para professores lotados com 100 h/a e o dobro disso para educadores com 200 h/a.

Isso mesmo. O cara publicou lá na fanpage oficial da cidade.[1]

Imagina o quanto esses profissionais capanemenses não estão se sentindo reconhecidos e recompensados? Eles receberam seus salários de dezembro, usufruírem do 13º salário e entraram janeiro recebendo um abono salarial significativo – UM ABONO QUE É AMPARADO POR LEI e deveria ser praticado por todos os prefeitos que lidam corretamente com os recursos públicos. Certamente é uma categoria de trabalhadores que se sentem dignos.

Até onde se sabe, a nova “Lei do Fundeb” (nº 14.113/2020) determina que 30% dos recursos sejam destinados para manutenção e desenvolvimento da Educação. Já os 70% restantes dos recursos devem ser destinados exclusivamente ao pagamento dos profissionais em Educação[2].

Rapaz! O fato é que tudo fica muito diferente quando as prefeituras realmente valorizam o trabalho dos servidores da educação.

Eu não fui pesquisar se o prefeito de Capanema paga o piso salarial da educação. Só sei de certeza que o Tião tem praticamente oito anos que não paga. Nem fui pesquisar se o gestor capanemense paga hora-atividade, mas sei que o gestor marabaense também não paga. Oito aaanos.

Também não fui ver se lá os adicionais de qualificação têm percentagem maior do que cá. Ou se lá são pagos já no estágio probatório ou logo que se conclui, enquanto por cá é uma epopeia até que os servidores venham usufruir.

Sei lá! Vai que descubro mais diferenças (des)gostosas entre esses dois caras. Pois, pelo visto, o cara de Capanema paga esse abono todo ano.

Infelizmente, há muitos representantes políticos que dizem valorizar a educação, porém, muita vez isso não passa de um discurso bonito e vazio.

            Em resumo, são tantas diferenças que eu nem sei contar. Uma, duas, três, diferenças que não têm fim...



[1] https://www.instagram.com/p/C1sNDBypTF3/

[2] https://sintero.org.br/noticias/geral/novo-fundeb-inclui-tecnicos-educacionais-na-subvinculacao-de-70-dos-recursos-destinados-a-valorizacao/2910#:~:text=O%20que%20diz%20a%20legisla%C3%A7%C3%A3o,pagamento%20dos%20profissionais%20em%20Educa%C3%A7%C3%A3o.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

QUAL LIXO PRECISAMOS COMER HOJE?

          O foco do papo sério do dia deveria ser a investigação em torno do gabinete do ódio esquerdista, Mynd e cia, financiados com recursos públicos do governo Lula 3 e de uma pancada de empresas que precisam repensar seus investimentos. Ou receber justo boicote.

O papo sério deveria ser investigar gente que brincou em cima da depressão de uma garota, que covardemente foi jogada do anonimato à cova. Mas, não. Olha só qual foi o monturo de lixo desta quinta-feira, 04 de janeiro de 2024...

            ...Cortar a cabeça do Xandão em praça pública? Tá de sacanagem!

É de uma canalhice tamanhuda isso!

E, agora, fico me perguntando: “Qual é próxima lixeira em que iremos enfiar nossas mãos para saborear, gostosamente, mais um montante de lixo?”

            O povo brasileiro tem sido obrigado a se alimentar de lixos tantos, como esse da declaração do ministro Alexandre de Moraes. O cara, por tabela, não cansa de estimular o massacre simbólico contra os valores da direita brasileira. E finge que ninguém percebe isso.

Passado praticamente um ano do acontecimento, das manifestações do dia 8 de janeiro de 2023, o cara quer mesmo emplacar a narrativa de golpe (sem armas, sem entidades de expressão nacional apoiando, sem nenhum dos três poderes atuando). Golpe sem líder? Pior, SEM IMAGENS DAS CÂMERAS.

Ele quer, no final das contas, endossar o que o Lula disse sobre criar as “narrativas corretas”. Xandão age, parece-me que conscientemente, para colocar na memória coletiva do povo brasileiro uma percepção abobada da realidade.

            E isso nem é a parte mais triste. Infelizmente, a realidade demonstra que grande parte da imprensa brasileira e da indústria do entretenimento perderam completamente o compromisso com a verdade e com a manutenção de uma democracia equilibrada.

            E amanhã? Qual vai ser o próximo meme? Quem vai ser o próximo cancelado conservador? A próxima juíza a ser obrigada a buscar exílio nos EUA? Qual será a próxima forçação de piada racista a viralizar? Quem será a próxima (sub)celebridade nascida homem biológico que irá tomar o suado 1º lugar de alguma mulher no esporte?

            São esses os monturos de lixo que permanecem fluindo, nas valas das grandes mídias, e “esgotam” na mente dos brasileiros.

            É impossível não perceber o quanto os poderes da democracia brasileira foram aparelhados por gente cuja ideologia é tirânica. Metem a mão no bolso do pobre para poderem manter seus salários acima do que é permitido na lei do teto salarial nacional.     

            Insanos e medíocres são na atualidade os maiores produtores de lixo consumível em larga escala, levado pela imprensa conivente com a tirania e com o totalitarismo daqueles que pagam verbas publicitárias.

            Acabou a saúde. A imunidade dos cidadãos brasileiros padece. Ligar a TV ou acessar a internet é como ser obrigado a trabalhar no caminhão do lixo pra manter a cidade limpa. Só que, neste caso, a cidade nunca limpa fica e não há nobreza alguma nas mãos desses “profissionais” que manipulam os meios de comunicação.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

LIBRAS – IGREJA QUADRANGULAR PROMOVE CURSO PARA INICIANTES

Entenda o gesto na foto: o número quatro (4) com mão elevada até o ombro
representa o nome da Igreja do Evangelho Quadrangular 

 

 







Participei não apenas como autor do Blog Olhar do Alto, mas,
sendo professor de Linguagens há 20 anos, aproveitei a grande
oportunidade que 2024 me trouxe para poder aprender LIBRAS











Anderson Damasceno

Fernanda (à esq.) e Adriana encaram desafios
da atividade prática, acompanhada pela
professora Ana, e acertam apresentação

Ontem, dia 02 de janeiro, a professora e intérprete, Ana Pimentel, deu start ao Curso de Introdução ao Ensino de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), realizado na nave da Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ) do Bairro da Paz, igreja lidera pelo casal de pastores Rubens Vasconcelos e Sara Quércia. 

O encontro de estudo recebeu dezenas de pessoas – em sua maioria líderes, membros e pastores das IEQs da cidade –, e iniciou com exercícios físicos para o relaxamento dos dedos, mãos e ombros.

A pastora Sara Quércia compartilhou sua alegria em tornar o espaço da igreja como foco multiplicador desse conhecimento, e mencionou o relevante trabalho da intérprete, Ana Pimentel, que atua comunicando a mensagem do Evangelho, durante os cultos promovidos ao longo da semana.

Segundo Ana, a mensagem do Evangelho do Senhor Jesus Cristo também tem o compromisso de chegar até os povos não alcançados. “Estou de olho aqui em muitas pessoas que aprendem rápido e podem levar esse conhecimento para o ministério”, observa Pimentel.

O curso segue na próxima quinta-feira, dia 04 de janeiro, momento em membros da comunidade surda de Marabá farão apresentações aos novos aprendizes.

 

SABERES DO CURSO

Felipe, estudante da Escola Tereza de Castro,
participou do encontro ao lado da mãe. O momento
em que ambos se apresentam ganhou muitos elogios.

Entre os conteúdos do curso de LIBRAS estão: a importância da inclusão, alfabeto manual, noções de sotaque e regionalismos, números cardinais, entre outros saberes da gramática. 

Já atividades práticas envolveram a apresentação de duplas, com o desafio de informar ao público sobre o nome do colega, idade e, em casos específicos, a apresenta de seus códigos.

Na ocasião, foram compartilhados com os estudantes material impresso, da Universidade Estadual do Pará (UEPA) e do Núcleo de Acessibilidade, Educação e Saúde (NAES).


LIBRAS E A LEI

Vale ressaltar que a Língua Brasileira de Sinais é uma língua reconhecida por lei (Lei nº. 10.436/2002) e utilizada em todo o território brasileiro. Ela foi criada junto com o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). 

Veja alguns registros da primeira aula do Curso de LIBRAS. 












TODO MUNDO QUERERIA

Quem gostaria de ter força, o suficiente, coragem, o suficiente, para olhar na face do mal e dizer um sonoro e irremovível não? “Não de quê?”... Sei lá! De não tenho medo de você... ou, de não vou perder... não há mal que vá me parar. Etc.

“E que face do mal?”... Sei lá também! Quem sabe a tua. A dos teus próprios erros e vícios.

Quem não gostaria de ter o necessário de confiança, de ter o mesmo de segurança, para encarar a pressão angustiante de uma multidão de problemas e ainda ter a paz de colocar a cabeça no travesseiro, usufruindo de um sono ressuscitador?

Acredito que não seria absurdo dizer que todo mundo quereria.

Quem sabe tudo isso seria tão gostoso quanto falar um gigante DANE-SE, bem na lata de qualquer pessoa que acha que você não vai dar conta de colocar as coisas no seu devido lugar. Ter a boca seca e molhada, o naturalmente, e falar isso na cara de quem insiste que você desista de você. Que acha que pode decidir desistir no teu lugar.

Um gigante...

Todo mundo quereria.

Às vezes, é preciso dizer até mais. A quem duvida de você.

Para muita gente, as adversidades enfrentadas pelos outros não passam de um belo espetáculo para saciar o sadismo. O sadismo que, momentaneamente, gera o sabor da fuga em seu hóspede. Hóspede que se fugariza do monturo da própria alma, enquanto assiste e experimenta instantes de prazer, proporcionados ao saber dos detalhes da desgraça alheia.

Dizer até mais...

Todo mundo quereria.

Haja força de espírito. Afinal, você não precisa ter cometido maldade nenhuma para que exista quem tem interesse em prejudicar você. Ser maldado por pessoas a quem você jamais maldou. Odiado por quem você jamais odiou. Ser danado por quem você jamais causou dano algum. Haja força...

Todo mundo quereria um espírito autossuficiente assim.

Porém, o quanto de trabalho é exigido para se construir uma estima elevada assim? Quem estaria disposto a conhecer com qual tipo de dor será preciso lidar para poder alcançar uma disposição dessas? Qual tempo me custaria da vida? Anos? Como é que se forjam peito e mente capazes de devorar o mal e estraçalhar as adversidades dos problemas?

E, talvez, a pior das questões: “Como saber que a busca pela autossuficiente, pela autonomia, não se tornou a megalomania do próprio ego, nem se reduziu ao narcisismo prepotente?”.

 Pois é! Se você sabe as respostas, e não se demove delas, é porque seguiu o caminho. Trabalho, dor e tempo... Custou caro. Mas conseguiu chegar.