quarta-feira, 27 de setembro de 2023
DIA 12 DE OUTUBRO - Acontece em Marabá a Marcha da Família em Defesa da Vida
CONSELHO TUTELAR - CONHEÇA A BIOGRAFIA DO PASTOR LOURIVAL
sábado, 23 de setembro de 2023
OLHAR DE UMA FILHA – VERSÃO INCLUSIVA DO CORDEL "ASSENTAMENTO 26 DE MARÇO" PROGRAMADA PARA 1º TRIMESTRE DE 2024
Professora Ione faz declamação de trecho do cordel, durante evento do Dia da Família, realizado em maio de 2023 |
Anderson Damasceno
Umas das novidades que vai integrar a versão especial de 25 anos do cordel da Escola Carlos Marighella, intitulada “CORDEL: ASSENTAMENTO 26 DE MARÇO – 25 ANOS DE LUTAS E CONQUISTAS”, é a participação de Ionete Leite. Sua voz e sua memória passam a integrar o texto original, e vão incrementar as muitas histórias registradas na obra literária.
Atualmente, a professora Ione, forma em que é mais conhecida pela comunidade escolar, atua com turmas do nível fundamental I.
Leite já havia participado da versão original, elaborada em 2014 – produzida pelos alunos do 9º ano à época –, através de um projeto inicial que foi idealizado pela professora Eliene Neres.
Naquela ocasião, na função de secretária administrativa, Ione contribuiu na digitação do projeto.
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PROJETO DE LIVRO INCLUSIVO VAI REUNIR VOZES DA COMUNIDADE ESCOLAR
O lançamento da versão inclusiva (audiolivro) está programa para o 1º trimestre de 2024. Daqui até lá, um dos desafios dos organizadores é reunir as pessoas que vão ceder suas vozes e talentos para narrar, dramatizar, imprimindo nas histórias do cordel o sentimento mais pertinente ao sentido dos versos.
Quanto ao formato audiobook, serve de recurso didático inclusivo por se tratar de um material utilizado tanto por estudantes com deficiência visual, quanto por aqueles com algum nível de deficiência intelectual.
O audiolivro também pode alcançar pessoas adultas que estejam no analfabetismo. Além disso, o cordel poderá ser compartilhado na rádio e em outras plataformas midiáticas.
OFICINA DE CORDEL
Durante Oficina de Produção de Cordel, realizada em março de 2023, houve o aprimoramento do atual estágio do texto.
O Núcleo de Base 5 (Estrela do Amanhecer), sob orientação do professor Anderson D. B. Miranda, foi o responsável pela criação de episódios com material resultante da entrevista-pesquisa com a secretária escolar e assentada Francisca Ionete Leite Araújo. Sua participação ajudou na confecção do episódio “Olhar de uma filha”.
Participaram da oficina os integrantes da NB 5: Talis de Mileto Sousa dos Santos (9º ano) e Leiliane Duque Paixão (7º), João Victor da Silva Barbosa (8º), Larissa Lima Pinto Sousa (9º), Rayssa Vitória dos Santos Pereira (7º), Igor Lima Pinto Sousa (6º), Lucas Guilherme dos Santos Moreira (8º) e Riquelme Lacerda (7º).
Leia abaixo parte do texto do cordel.
OLHAR DE UMA FILHA
Filhos e filhas de assentados
Guardam muita recordação:
De pai e de mãe, acampados,
De tudo o que historiaram,
De todo o choro embargado,
Primeiras semanas de ocupação.
Durante as reuniões
A mãe de Ione veio ao parecer:
No qual planejavam somente
Na ocupação terra obter.
“Porque tanta terra assim
Não pode ser de um único ser!”
No dia da ocupação,
Teve que ser de madrugada,
Para não alarmar os gigantes
Que se diziam os donos da casa.
E no raiar do dia distante,
Atravessada a noite gelada,
Lá estavam todas as famílias
Cujo sonho é uma casa,
Cujo sonho é sem permissão,
Cujas mãos não seguem caladas,
Cujos filhos reverberam seus ditos,
Cujas filhas conhecem suas armas.
Depois de tanto lutar por um chão,
Recorda a filha Francisca Ionete,
Enfrentaram a tropa de choque,
Atravessaram o medo e a sorte,
Ninguém para o povo do norte
Que faz a vida valer mais que a morte.
segunda-feira, 18 de setembro de 2023
TOMADO DE BEM-TE-VIS
domingo, 17 de setembro de 2023
PECADOR TENTANDO SER CRENTE
PECADOR TENTANDO SER CRENTE (POEMA)
Alguns confiam em
carros e outros em cavalos...
Salmo 20. 7
Eu tô tentando morrer
E isso não tá sendo fácil.
Meu suicídio assistido,
O maior dos meus embaraços.
Sou um pecador...
Que tá querendo ser crente,
Daqueles que muito mente,
Pra que ninguém veja a verdade:
Eu muito quero Deus,
Mas que ninguém saiba.
Tô tentando ser crente
Sem que isso vá pra praça.
Sou daqueles que chora,
Que sente a própria vergonha,
Sente a dor ao virar as costas pra Deus,
A dor que já afogou muitos ateus.
A mensagem da carne
É bastante odienta.
Deus permitiu... tocou em mim,
Tocou no(s) meu(s) filho(s).
Tento esconder minhas tentativas.
Não saibam que creio numa fé viva.
Não precisam ver que preciso de uma mão.
Finjo bem que não preciso de perdão.
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domingo, 10 de setembro de 2023
SÍNDROME PERSECUTÓRIA
Há uma multidão de pessoas interessadas na tua falha.
Ninguém quer te ver ganhando um prêmio Nobel.
A alma brasileira, talvez, seria a maior assassina de heróis?
Já temos um ótimo título: “Assassinato de reputações”, de
Romeu Tuma Junior.
As pessoas que dizem querer te ver bem
Escondem que não se sentem bem
Quando veem você estando melhor do que elas.
Especialmente se pensarem que você é mais incapaz.
Há quem se beneficia toda vez que você se frustra.
Existem aqueles que têm muito lucro – ou algum lucro que
seja –
Toda vez que nada daquilo tudo que você queria que desse
certo não dá certo.
Afinal, os urubus profissionais vivem se saciando dos bolsões
de pobreza.
As tendências globais de deslocações forçadas também são
prova disso.
É transnacional, ou melhor, são transnacionais todas as
intenções de que você se ferre.
Em muitos idiomas dizem, e em mais de uma forma, que você
não é bom.
Dizem também que não sabem o porquê que você está tendo
alguma coisa boa.
Em resumo, com esses versos, quero dizer que há um tipo de
crack
Que até faz funcionar a síndrome persecutória, criadora de
muitas interfaces.
O único problema é que o portador do efeito não é o mais
afetado.
E você, e você, e só você, você por você mesmo, por si e por
mais ninguém.
Existe um altar, que é montado para um deus estranho mesmo,
É como o expurgo, numa noite de crimes, querendo execrar a
culpa sobre tudo e todos.
Por todo o canto, o olhar acusatório, culpatório, desejando
matar todos,
A qualquer pessoa que porventura lhes pareça bem claro ter
todo o dolo pelas agruras que sofrem.
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sexta-feira, 8 de setembro de 2023
AÇÃO CIDADANIA EM MARABÁ - DIA 11/09, DEPUTADO MARTINHO CARMONA REALIZA PARCERIA COM PARÁPAZ
Vereador pastor Ronisteu, Deputado Carmona (cen.) e pastor Marcos Chenne realizaram várias ações sociais em Marabá e região |
No horário de 8h às 14h, vários serviços gratuitos vão ficar ao alcance da população em geral como: emissão de carteira identidade, 2ª via de CPF, carteira profissional, cartão do SUS, orientação jurídica e outros.
Essa importante Ação é viabilizada através de Emenda Parlamentar que o Deputado Estadual, pastor Martinho Carmona, destinou para Marabá, em parceria com o Governo do Estado (Fundação ParáPaz).
O Dep. Carmona trabalha na promoção e fortalecimento da cidadania em nosso Estado, sempre prestando serviços à nossa população.
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA A EMISSÃO DO RG
As senhas serão distribuídas bem cedo, logo no início da programação,
pela equipe de servidores da Fundação ParáPaz. Portanto, para ter acesso aos
serviços, é necessário levar duas (02) fotos 3x4 (recentes), certidão de
nascimento ou de casamento (original e cópia) e comprovante de residência.
Podem ser levados outros documentos para que seus dados sejam acrescidos ao RG.
No caso de menores (até 16 anos), é obrigatória a presença de pai, mãe ou responsáveis.
terça-feira, 5 de setembro de 2023
...QUE NEM GENTE GRANDE
...QUE NEM GENTE GRANDE
[...]
Soneto infame,
sátira elegante;
Cartinhas de trocado
para a freira,
Comer boi, ser
Quixote com as damas,
Pouco estudo: isto é ser estudante.
Gregório de Matos
Anoiteceu...
Já deitei minhas pérolas aos porcos.
Dei uma aula muito ruim.
Senti os zumbidos
E as serpentes
Falando de longe,
Do outro lado,
Do abismo que nos separa.
Senti a grade da prisão...
O soco no peito duro,
De dentro pra fora,
Forçando o meu externo.
Constante pressão na caixa torácica,
A voz rouca no fim no dia,
A incerteza como agonia.
Num segundo,
A maioria dos rostos não tinham faces.
Era uma classe
E a burocracia,
Somada à apertada
E à nova forçada de planejamento,
Fizeram minha fala e meu ofício
Passar minutos no limbo.
Que lugar era aquele?
Cresceu dentro de mim,
Como paredes que há muito tempo
Iam se construindo,
Sem, contudo,
Eu (me) perceber.
Foi uma nova sensação:
De um lado, o desafio
De construir com o novo.
Do outro,
O meu eu parecendo não saber
O que faz,
Nem como começar de novo.
Foi o grogue da idade?
Foi o muito sol na moleira,
De um dia abrasado no campo?
Foi a dor de cabeça,
Talvez da insolação?
Foi a parada do remédio de dor de cabeça,
Tomado um pouco antes do horário da lição?
Mas, eu havia planejado...
Coisa de anos até.
Sei que sou experimentado,
E carrego um pouco de saber.
Conheço o que posso falar,
E de seu poder de acontecer.
Compartilho o que há pra compartilhar,
Sendo pago –
E muito bem pago –
Pelo meu ofício de dizer,
De dirigir caminho a boas consciências,
De fazê-las conhecer,
Entregar a elas a boa parte,
Pela arte do bem querer.
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