As formas que temos para lidar com os vazios da alma são muitas. Há maneiras mais nobres, duradouras, assim como há maneiras egoístas e deletérias.
Merecem
todo o respeito as formas mais nobres como iniciar e manter um compromisso com
causas solidárias e humanitárias, seja através de igrejas e associações de
bairro, seja através ONGs (Organizações Não Governamentais) ou de coletivos
sociais mistos: iniciativa privada em parceria com o governo e agentes
políticos.
Elas
dão muito trabalho. Exige-se esforço organizativo. Contudo, apesar dos desafios
de relacionamento entre seus membros e da integração de propósito entre todos, as
boas ações têm um efeito inquestionável na mente humana, no ser humano. Isso
faz muita gente lutar heroicamente para continuar realizando projetos de ação
social que alcançam, efetivamente, quem precisa de socorro.
Já
as formas passageiras e egoístas são aquelas que alteram a química do cérebro
temporariamente. E olha que não faltam maneiras imediatistas, que tentam a baixo
custo ocupar o vazio da alma humana. Os vícios são as mais comuns. As
dependências químicas estão no pódio da miserabilidade humana.
No
fim das contas, esses dois caminhos têm algo em comum: seriam soluções químicas
para a dor da alma. Em resumo, ambos atuam diretamente na neuroquímica do
cérebro humano, provocando sensações de bem-estar, de autossatisfação, o amor e
a recompensa.
Porém,
esse campo ainda é bastante desconhecido pelos vários segmentos que compõem as
civilizações em qualquer época, as culturas do passado e até as sociedades humanas de
hoje. Não importam quais sejam os países da atualidade, são pequenos os saberes compartilhados
com a grande massa populacional, referente ao funcionamento da neuroquímica do
cérebro e os efeitos promovidos pelas escolhas humanas, e sua interferência na
alma.
Continuam
sendo ínfimas as iniciativas de se repartir um conhecimento tão vital. Afinal,
existem um interesse pecuniário, empresas e bancos, e espiritual, satanás e a esquerda, em cima de novas tendências escravizantes e da manutenção de que a alma humana siga sofrendo.
Existe
um grande perigo quando as pessoas não percebem que as fórmulas viciantes – apresentadas
como soluções possíveis contra a penosa sensação do vazio humano – estão, na
prática, sendo ainda mais degradantes para alma, para o próprio ser.
Nesse sentido, diante de todo o cenário exposto até aqui, o que podemos fazer? Sofrer juntos?
Querendo ou não, todos continuarão sofrendo juntos, em algum grau de intensidade.
A questão principal, o fato elementar é: hoje, mais do que nunca,
a porta estreita continua sendo o melhor caminho. Só que ainda existe uma trupe
de canalhas que teorizam o oposto. Vilania.
Nenhum comentário:
Postar um comentário