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sábado, 6 de janeiro de 2024

POEMA - CRISE DE CONFESSIONÁRIO

Catolicamente,

Estou cercado de pessoas que não pecam mais...

Sem confissões a fazer,

Cuja conduta é inescusável.

 

É o que me parece...

 

Porém, quando olho para mim,

Para dentro de mim,

E penso na máxima de que a conduta define o homem:

Sinto que boa parte dos meus atos depõem contra.

 

Eles querem ser contra aquilo que Sou,

E creio.

 

E todos os atos mais que teimam em tentar depor contra mim,

Vivo,

Militantemente,

A tentar impedi-los,

Desde sua fase de potência,

A impedir sua soma.

Ou que escalem no meu Ser,

Ou que em avalanche me aterrem.

 

É uma luta constante.

Por isso,

Necessito estar perto do confessionário.

Mas, como estaria?

Quem me cerca sequer precisa do sentido dele...

Por que essa capa?

 

Vai ser ao abrir a boca

E verter todos os meus pecados,

Um a um,

Para dentro do ouvido do meu outro que me ouve,

Que verei,

Mais uma vez,

Que a não confissão é o forte fato,

Capaz de manter o fardo pesado.

 

Infernalizadas,

Na crise das confissões,

Só seguem as almas

De outra saga.

 

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