Hoje à mesa não tem ninguém,
Sem mãos dadas,
Sem orar.
O ar enxuto por alguéns,
Não é triste,
Nem de se alegrar.
Ouve-se os sons de
ninguéns,
Do lado daqui,
Do lado de lá.
Olhos vidrados nos aléns,
Que se seguiram
E o que se seguirá.
A fome dividida por um,
Só pra diminuir,
Sem multiplicar.
Mas nem sempre foi assim.
Habitou-se aqui,
Habitaram lá.
Houve tempos para se
sorrir,
Sem motivos,
Sem desmotivar.
Todos iam se fartar,
Dava o horário,
Até acabar.
Todos tinham que esperar.
Comiam, juntos:
O tempo pra falar.
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