NACIONAL ENERGY

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

TODO MUNDO QUERERIA

Quem gostaria de ter força, o suficiente, coragem, o suficiente, para olhar na face do mal e dizer um sonoro e irremovível não? “Não de quê?”... Sei lá! De não tenho medo de você... ou, de não vou perder... não há mal que vá me parar. Etc.

“E que face do mal?”... Sei lá também! Quem sabe a tua. A dos teus próprios erros e vícios.

Quem não gostaria de ter o necessário de confiança, de ter o mesmo de segurança, para encarar a pressão angustiante de uma multidão de problemas e ainda ter a paz de colocar a cabeça no travesseiro, usufruindo de um sono ressuscitador?

Acredito que não seria absurdo dizer que todo mundo quereria.

Quem sabe tudo isso seria tão gostoso quanto falar um gigante DANE-SE, bem na lata de qualquer pessoa que acha que você não vai dar conta de colocar as coisas no seu devido lugar. Ter a boca seca e molhada, o naturalmente, e falar isso na cara de quem insiste que você desista de você. Que acha que pode decidir desistir no teu lugar.

Um gigante...

Todo mundo quereria.

Às vezes, é preciso dizer até mais. A quem duvida de você.

Para muita gente, as adversidades enfrentadas pelos outros não passam de um belo espetáculo para saciar o sadismo. O sadismo que, momentaneamente, gera o sabor da fuga em seu hóspede. Hóspede que se fugariza do monturo da própria alma, enquanto assiste e experimenta instantes de prazer, proporcionados ao saber dos detalhes da desgraça alheia.

Dizer até mais...

Todo mundo quereria.

Haja força de espírito. Afinal, você não precisa ter cometido maldade nenhuma para que exista quem tem interesse em prejudicar você. Ser maldado por pessoas a quem você jamais maldou. Odiado por quem você jamais odiou. Ser danado por quem você jamais causou dano algum. Haja força...

Todo mundo quereria um espírito autossuficiente assim.

Porém, o quanto de trabalho é exigido para se construir uma estima elevada assim? Quem estaria disposto a conhecer com qual tipo de dor será preciso lidar para poder alcançar uma disposição dessas? Qual tempo me custaria da vida? Anos? Como é que se forjam peito e mente capazes de devorar o mal e estraçalhar as adversidades dos problemas?

E, talvez, a pior das questões: “Como saber que a busca pela autossuficiente, pela autonomia, não se tornou a megalomania do próprio ego, nem se reduziu ao narcisismo prepotente?”.

 Pois é! Se você sabe as respostas, e não se demove delas, é porque seguiu o caminho. Trabalho, dor e tempo... Custou caro. Mas conseguiu chegar.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário