Quem
gostaria de ter força, o suficiente, coragem, o suficiente, para olhar na face
do mal e dizer um sonoro e irremovível não? “Não de quê?”... Sei lá! De
não tenho medo de você... ou, de não vou perder... não há mal que vá me parar.
Etc.
“E
que face do mal?”... Sei lá também! Quem sabe a tua. A dos teus próprios erros
e vícios.
Quem
não gostaria de ter o necessário de confiança, de ter o mesmo de segurança,
para encarar a pressão angustiante de uma multidão de problemas e ainda ter a
paz de colocar a cabeça no travesseiro, usufruindo de um sono ressuscitador?
Acredito
que não seria absurdo dizer que todo mundo quereria.
Quem
sabe tudo isso seria tão gostoso quanto falar um gigante DANE-SE, bem na lata
de qualquer pessoa que acha que você não vai dar conta de colocar as coisas no
seu devido lugar. Ter a boca seca e molhada, o naturalmente, e falar isso na
cara de quem insiste que você desista de você. Que acha que pode decidir
desistir no teu lugar.
Um
gigante...
Todo
mundo quereria.
Às
vezes, é preciso dizer até mais. A quem duvida de você.
Para
muita gente, as adversidades enfrentadas pelos outros não passam de um belo
espetáculo para saciar o sadismo. O sadismo que, momentaneamente, gera o sabor
da fuga em seu hóspede. Hóspede que se fugariza do monturo da própria alma,
enquanto assiste e experimenta instantes de prazer, proporcionados ao saber dos
detalhes da desgraça alheia.
Dizer
até mais...
Todo
mundo quereria.
Haja
força de espírito. Afinal, você não precisa ter cometido maldade nenhuma para que
exista quem tem interesse em prejudicar você. Ser maldado por pessoas a quem
você jamais maldou. Odiado por quem você jamais odiou. Ser danado por quem você
jamais causou dano algum. Haja força...
Todo
mundo quereria um espírito autossuficiente assim.
Porém,
o quanto de trabalho é exigido para se construir uma estima elevada assim? Quem
estaria disposto a conhecer com qual tipo de dor será preciso lidar para poder
alcançar uma disposição dessas? Qual tempo me custaria da vida? Anos? Como é
que se forjam peito e mente capazes de devorar o mal e estraçalhar as
adversidades dos problemas?
E,
talvez, a pior das questões: “Como saber que a busca pela autossuficiente, pela
autonomia, não se tornou a megalomania do próprio ego, nem se reduziu ao narcisismo
prepotente?”.
Pois é! Se você sabe as respostas, e não se
demove delas, é porque seguiu o caminho. Trabalho, dor e tempo... Custou caro.
Mas conseguiu chegar.
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