“Em verdade vos digo
que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”
I
E ali ia indo Deus,
Resolvi alcançá-lo,
Dizer-lhe que se precisasse de minha ajuda estou aí.
Sei que ainda pecas e precisas de mim.
Também queria falar que mudei,
Que houve um tempo que parei de me importar,
Esfriamento do coração que a gente fala, né?
E claro, foi por se multiplicar o pecado.
É ruim admitir isso,
Mas não podia deixar Deus seguir assim,
Tão perdido,
E sem mim.
II
Olhei-lhe nos olhos,
Senti sua dor,
E era como dantes.
De quando eu era ele...
De quando eu era Deus.
Também caminhando perdido,
Até que alguéns vieram a mim.
Se receber o amor incondíssone, permita-me mais esta liberdade,
De um já é de tamanha maravilha,
Imagine quando tudo aquilo veio, de todo mundo,
de gente com amor ardente,
de gente com amor ardente,
Falando falas partidas do céu,
Falando falas que rasgaram o véu,
Sendo acolhidas, pouco a pouco,
neste meu mísero coração de Deus.
*Anderson Damasceno Brito Miranda
é natural de Marabá, Pará, nascido a 8 de julho de 1985. Mas, residiu por
longos anos em outros municípios do estado como Altamira e Goianésia do Pará.
Retornou para a cidade natal em 2004, onde passou a morar, novamente, com a
família. Aos 19 anos, fez confissão de fé em Cristo. Em 2005, ingressou para o
curso de Letras na Universidade Federal do Pará (UFPA), Campus Marabá, onde
hoje é o Campus I da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).
O poeta leciona inglês,
português, redação, artes e literatura. Também é repórter, fotógrafo e
blogueiro.
Participou do Concurso de Poesia
Professor(a) Poeta(isa) na sua última edição, realizada em 2011, em que
alcançou o segundo lugar. E participa, ativamente, do concurso anual realizado
pela Academia de Letras do Sul e Sudeste do Pará (ALSSP), intitulado Prêmio
Inglês de Sousa, em que logrou a primeira colocação no gênero poesia, durante a
edição do ano 2014.
Atualmente, trabalha no Instituto
de Ensino A+, Preparatório de Medicina Everest. Além disso, é assessor
parlamentar e assina o blog Olhar do Alto (OA).
Até outubro de 2016, o literato
fez parte do coletivo de poetas e artistas do Sarau da Lua Cheia, sendo um dos
co-fundadores do movimento, ao lado de Airton Souza, Eliane Soares e Xavier
Santos. O Sarau da Lua Cheia é um evento artístico e cultural que iniciou em
março de 2013, de caráter itinerante, que acontece em Marabá, uma vez por mês,
promovendo a leitura, o livro e a divulgação das obras de autores paraenses.
Também foi membro-fundador da
Associação de Escritores do Sul e Sudeste do Pará (AESSP), mas dissidiu por
discordar da mentalidade esquerdista que passou a dominar a direção da
instituição, após a queda do governo Dilma Rousseff, que manteve o PT no poder
por quase 14 anos, isto é, 14 anos que foram, sem sombra de dúvidas, um dos
piores projetos de poder e o maior escândalo de corrupção que o mundo já
conheceu.
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