Anderson Damasceno
Aquela galera que hibernou (i)legal
por décadas, dormindo em berço esplêndido, e agora surge vociferando que o
Governo Bolsonaro está acabando com suas vidas de conto de fadas socialistas, é
uma coisa medonha. É estronha, mano! Esses ursalinos que tanto pedem memória,
interpretação de texto e consciência classe, de repente, mais que de repente,
aparecem ladrando com dedo em riste, apontando cada passo dos ministros e do
presidente com a mão tremulante... Agem como se vesperassem um ataque cardíaco fulminante.
E por falar em urso, essa gente
realmente dormia, hibernaram durante as eras FHCiana, Lulopetista e Dilmaluca.
São incapazes de citar os nomes dos ex-ministros da educação, da justiça ou da
economia nesses três governos sem titubear, ou quem sabe citar um único grande
acerto ou erro deles. Porém, já começaram a demonizar até uma ida ao cinema do
presidente-marido. Isso mesmo. Marido. O cara quer viver com a esposa dele.
Acho que isso é um direito de ambos.
Cara, que sono é esse que
anestesia até a menor carga de consciência ou de humanidade? Parem de cobrar
empatia. Isso já passou de hipocrisia faz tempo.
O interessante é que a memória
desses revoltadinhos não possui sequer bites suficientes para dobrar uma
esquina da nossa história recente. Eles não possuem uma linha crítica, uma
análise desapaixonada, acerca dessas três eras de muita felicidade, quando
todos os brasileiros eram ricos e estavam na universidade, além de ter quatro
ou cinco refeições ao dia, fora as viagens internacionais bem como o programa
carro para todos.
Como os ursos hibernam? Bem, a
ciência diz que eles passam um período comendo loucamente e depois dormem por
até 7 meses, período em que o metabolismo opera bem mais devagar. Pelo menos é
assim que está na lide da matéria que a Sheyla Miranda escreveu ano passado
para a Superinteressante. Contudo, sabemos como hibernam outros atrapalhados
revoltadinhos, atrapalhados como Prestes.
Tal como os ursos, eles passaram
um tempão comendo loucamente, apetitosamente, as narrativas progressistas e os
discursos panfletários oferecidos pela esquerda – como se ciência História
fossem –, por mais de 55 anos. Isso mesmo. É bem antes da Ditabranda de 1964. O
apetite voraz dessas gerações foi beatificado como gula insaciável pelos
ideólogos, sobretudo os que foram tomando as redações e universidades mesmo
antes da redemocratização do país, de onde podiam aplicar um longo processo de
subversão, como diria Yuri Bezmenov.
A diferença em relação aos ursos
não é a de que dormiram sete meses. Os ideólogos dos ursinhos sabem que leva de
15 a 20 anos para se gerar um shape
mental de uma geração, e que ajude a manipular essa geração. Assim funcionou os
anos pós redemocratização do Brasil. Eu nasci em julho de 1985 e fui alvo dessa
maliciosa alimentação sonífera. Também não fui o único a poder perceber em
tempo oportuno quão vil era esse processo, e o quanto ele promovia o idiotismo
útil.
A grande questão aqui é, hodie,
essa galera que não despertou do metabolismo nutrido através da matrix-ursalina,
começou a se metamorfosear noutro animal, o papagaio repetidor de falácias.
Exatamente. Alguém produziu uma meia dúzia de jargões – jargões que poderiam
ser estudados como os casos mais sérios da paralaxe cognitiva – a fim de que a
trupe de papagaios reproduza, inconsciente, opiniões como se fossem
autopercepções inatacáveis. Eles são os
bichão mesmo. Falam e filmam e ainda colocam nas redes sociais.
De modo geral, os papagaios se
tornam incapazes de pensar por si, pois agora precisam amplificar o coro de que
tá tudo errado e nada presta no Governo atual, ainda mais com um presidente que
cometeu o absurdo de chegar ao mês de abril celebrando Sexta-Feira da Paixão e
Páscoa.
Enfim, tudo indica que a nova revolução
dos bichos, a revolucion dos bichos brasileiros, começou. Só que dessa vez não são os porcos que piorarão a vida de todos.
Os responsáveis são os trans, os
que se mutam em muitos bichos, sendo tão
mutantes quanto adestrados para bestializarem qualquer debate minimamente
democrático, educado. Afinal, eles existem exatamente para funcionar em tempos
como este. Seus donos treinaram bem e querem que amanhã seja outro dia só pra
si. Eu disse “querem”, ops! É “sonham”. Pois há uma barreira bem maior que as
marchas da família pedindo ações dos militares para impedirem que os bichanos
realizem tais sonhos dantescos. Há o Brasil inteiro, um país que deu um grande
sinal a todos em 2013, e que por muito tempo tentaram impedir que pudesse ser
visto na face de cada cidadão conservador.
Ursalino, I choose you! |
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