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terça-feira, 19 de maio de 2020

COVID-19 – Vereadores de Marabá destinam mais de R$ 5 milhões para combate ao novo Coronavírus

Vereadores Márcio do São Félix (à dir.), pastor Ronisteu, Ilker Moraes
durante Audiência Pública realizada no dia 4 de março, deste ano


















Anderson Damasceno

Hoje (19), após atraso em virtude de falhas técnicas, a Câmara Municipal de Marabá (CMM) realizou Sessão Remota às 11h, para tratar de temas pertinentes à Administração Pública, principalmente, os desafios e atividades efetuadas pelo Poder Executivo no combate ao novo coronavírus. Entre as ações do Poder Legislativo, este mês, os vereadores encaminharam mais de R$ 5 milhões em emendas impositivas para o combate urgente ao Covid-19. 

Em seu pronunciamento, o vereador pastor Ronisteu Araújo alertou que o Poder Executivo precisa apresentar, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, uma estratégia melhor a respeito do combate ao Covid-19.

“Todos nós, vereadores, destinamos mais de 5 milhões em emendas impositivas para a compra de insumos, medicamentos, cestas básicas. E, quando a gente anuncia que colocou uma emenda, as pessoas sempre questionam, e é verdade, que o problema não é o recurso, mas o medicamento que não chega”, declarou.

Segundo o presidente da CMM, vereador Pedro Corrêa, somando as emendas dos 21 vereadores, que foram realocadas para o combate ao males provocados pela pandemia, o valor total das emendas é de R$ 5.071.710,72, que foi endereçado a duas secretarias, que atuam diretamente nos problemas acarretados pelo contexto de pandemia. Para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) foi destinada recurso da ordem de R$ 3.145.880,00 e para a Secretaria de Assistência Social da Prefeitura (SEASP), o montante de R$ 1. 925.830,42.

Os parlamentares, dentre eles Ilker Moraes, também questionaram o atraso do prefeito Sebastião Miranda em chamar os concursados, que aprovados no último concurso público, sobretudo os da saúde, exatamente para atuarem nesse contexto. “Tem que acabar com esse cabide de emprego na prefeitura”, criticou.

Na ocasião, o pastor Ronisteu também se solidarizou com a vereadora Irismar Melo, que foi tratada com aspereza e desrespeito por um servidor da prefeitura, ao buscar informações sobre o quadro da saúde pública.


“Quero em primeiro lugar prestar minha solidariedade à vereadora Irismar. Eu lamentei muito ver aquelas mensagens que o diretor clínico dirigiu a você. Achei infelizes as colocações dele, porque o mínimo que se pode dar são as informações. É o que as pessoas sempre nos procuram para querer saber”, ressaltou Ronisteu.


Ainda em seu pronunciamento, o vereador pastor Ronisteu mencionou as iniciativas de alguns municípios, até mesmo fora do Pará, onde se criaram protocolos para que, após a pessoa manifestar os primeiros sintomas, o medicamento seja entregue. “Estou muito preocupado porque, até agora, temos visto o crescimento de forma exponencial da quantidade de infectados. Sabemos que há pessoas que não querem nem aparecer no hospital, com medo. Às vezes, a pessoa recebe uma receita para comprar o medicamento, mas não tem onde comprar. As farmácias não têm. Eu diria que é uma disputa faraônica por Azitromicina e os demais remédios que tem sido dado”, destacou. 

O pastor Ronisteu ainda colocou em relevo que nesta quarta-feira (20), durante a reunião com o prefeito Tião e seu secretário Luciano Dias Lopes (SMS), que será transmitida online pelo Facebook da Câmara, é necessário exigir as informações sobre a situação do município.

“Precisamos, sim, amanhã na reunião com o prefeito cobrar quais são as estratégias. Licitação demora demais e as pessoas estão precisando. Acredito que o índice de pessoas que estão morrendo é justamente por falta dessa medicação para ser dada quando os sintomas iniciais aparecerem. Além disso, sabemos que em Marabá existe surto de dengue, algumas viroses, gripe, e fica muito difícil identificar qual é. Não podemos focar só no Covid-19, mas nessas doenças que são perigosas e matam também”, enfatizou Ronisteu Araújo.

O parlamentar continuou sua manifestação defendendo que: “A palavra para o que estamos vivendo nesse momento é agilidade. Precisamos cobrar mais e a coisa acontecer, porque não está chegando o apoio, o atendimento que a população precisa. Penso que nessa reunião com o prefeito podemos tirar vários encaminhamentos, e trabalhar com agilidade. Pois, a coisa está fora de controle e a população é a mais afetada e prejudicada nesse momento”.

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