Anderson Damasceno Brito Miranda**
A poesia não se vende, nem se compra.
A bela arte não rende tecnologia de ponta.
Vimos do caos ao creme, na mão do homem o leme.
Ele quer fazer a volta, num mundo agora sem rota.
À sombra da poesia, é a nova dinastia.
De todo trabalho industrial, resultou-nos o doce caos.
A queda d’um anjo, um p-Ícaro do céu,
Não é mais em limpas águas, mas num rio-bordel.
Magna natureza, perdeu sua grandeza,
Perdeu inocente, por amar toda gente.
Por dar sua vida, sua fonte corrente,
Tínhamos árvores floridas, chão producente.
Agora de tudo se morre, por tudo se roga.
Os céus escurecem, secos, sem chuvas,
O sol enlouquece, o calor nos perturba.
As florestas fenecem do verde ao rubro.
O mundo é outro! Agora é o creme!
O Homem do leme caçou o futuro que teme.
Minha sepultura é este batel, ainda
Carrego, no peito, o clamor do tropel.
Clamor de toda gente, tranquila e formosa,
Que acreditava na vida, extinto mundo verde e rosa.
Quem fica calado, hoje é culpado,
Um dia esse fado agoura e vem...
Ambientalistas, ONGs, artistas, na
Ambientalistas, ONGs, artistas, na
Maioria turistas da nova onda salvacionista.
Homens de verdade, que fazem, que agem,
Cortem do mundo o sono profundo.
Defendam a beleza, a saudável grandeza
Do meio ambiente. Tão perto, tão nosso, tão gente.
*O POEMA “HOMEM DO BATEL” FOI PREMIADO COM O 2º LUGAR NO III
CONCURSO DE POESIA PROFESSOR(A) POETA(ISA), REALIZADO EM 2011, PELA PREFEITURA
MUNICIPAL DE MARABÁ.
**Anderson Damasceno Brito Miranda é natural de Marabá, Pará,
nascido a 8 de julho de 1985. Mas, residiu por longos anos em outros municípios
do estado como Altamira e Goianésia do Pará. Retornou para a cidade natal em
2004, onde passou a morar, novamente, com a família, mãe e irmã. Aos 19 anos,
fez confissão de fé em Cristo. Em 2005, ingressou para o curso de Letras na
Universidade Federal do Pará (UFPA), Campus Marabá, onde hoje é o Campus I da
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). Atualmente, está em
fase de conclusão do mestrado em Letras pela Unifesspa, turma Poslet 2018.
O poeta é pastor e professor-auxiliador do Instituto Teológico Quadrangular, leciona inglês, português, redação, artes e
literatura. Também é repórter, fotógrafo e blogueiro.
Participou do Concurso de Poesia Professor(a) Poeta(isa) na
sua última edição, realizada em 2011, em que alcançou o segundo lugar. Participa
de edições do concurso anual realizado pela Academia de Letras do Sul e Sudeste
do Pará (ALSSP), intitulado Prêmio Inglês de Sousa, em que logrou a primeira
colocação no gênero poesia, durante a edição do ano 2014.
Atualmente, trabalha no Preparatório de Medicina Everest e
no Einstein Pré-Universitário.
Integrou os movimentos Endireita Marabá e Direita Marabá, bem como coordenou a organização do 1º Fórum Conservador de Marabá, em 2018. Embora seja apartidário por filosofia, é assessor administrativo
parlamentar do vereador pastor Ronisteu Araújo, presidente do PTB, em Marabá, e assina o blog Olhar do Alto (OA).
Até outubro de 2016, o literato fez parte do coletivo de
poetas e artistas do Sarau da Lua Cheia, sendo um dos co-fundadores do
movimento, ao lado de Airton Souza, Eliane Soares e Xavier Santos. O Sarau da
Lua Cheia é um evento artístico e cultural que iniciou em março de 2013, de
caráter itinerante, que acontece em Marabá, uma vez por mês, promovendo a
leitura, o livro e a divulgação das obras de autores paraenses.
Também foi membro-fundador da Associação de Escritores do
Sul e Sudeste do Pará (AESSP), mas rompeu com o movimento de artistas por
discordar da mentalidade esquerdista que passou a dominar a direção da AESSP,
após a queda do governo Dilma Rousseff, que manteve o PT no poder por quase 14
anos, isto é, 14 anos que foram, sem sombra de dúvidas, um dos piores projetos
de poder e o maior escândalo de corrupção que o mundo já conheceu.
Esse poema é maravilhoso. Parabéns pelo trabalho, professor. Sem dúvidas, vc é o melhor! 💚
ResponderExcluirSou grato pelo apreço e carinho. Que a poesia seja mais um elo com tudo aquilo que nos torna mais humanos.
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