APOIO BLOG OLHAR DO ALTO |
LITERATURA
Prof. Me. Anderson
Damasceno
UEMA 2022
Canaã – Graça
Aranha
Canaã é a melhor obra de Graça
Aranha. Tem como palco Porto do Cachoeiro, no Espírito Santo, onde o autor fora
juiz.
BIOGRAFIA
Graça Aranha (José Pereira da
Graça Aranha) nasceu em 21 de junho de 1868, em São Luís, no estado do
Maranhão. Mais tarde, em 1882, ingressou na Faculdade de Direito do Recife.
Assim, o jovem abolicionista e republicano se formou em 1886 e foi trabalhar
como advogado na cidade de Campos, no estado do Rio de Janeiro.
Em seguida, mudou-se para Porto
do Cachoeiro, cidade capixaba, a qual, mais tarde, foi cenário de seu romance
Canaã. Ainda, em 1897, antes de publicar seu primeiro livro, ajudou a fundar a
Academia Brasileira de Letras e tomou posse da cadeira número 38, cujo patrono
é o poeta Tobias Barreto (1839-1889).
Nas duas próximas décadas,
exerceu a carreira diplomática na Europa. Ao voltar definitivamente para o
Brasil, passou a dialogar com jovens artistas de São Paulo, que buscavam uma
nova forma de expressão estética. Desse modo, ajudou a organizar a Semana de
Arte Moderna de 1922 e foi responsável pelo discurso de abertura do evento.
Em 1922, o escritor ficou preso
quase um mês devido à suspeita de que estava envolvido em uma conspiração
contra o presidente eleito Artur Bernardes (1875-1955). Dois anos depois, Graça
Aranha rompeu com a Academia Brasileira de Letras, pois a considerava muito
conservadora. Faleceu em 26 de janeiro de 1931, no Rio de Janeiro."
SÍNTESE DA OBRA
Canaã conta a história de Milkau
e Lentz, dois jovens imigrantes alemães que se estabelecem em Porto do
Cachoeiro, ES. Amigos e antagônicos ao mesmo tempo, Milkau é a integração e a
paz, admirando o Novo Mundo, Lentz é a conquista e a guerra, pensando no dia
que a Alemanha invadirá e conquistará aquela terra.
Ainda assim, ambos se unem e
trabalham juntos na terra e prosperam. Mais tarde aparece Maria, filha de
imigrantes pobres, que é abandonada ao léu quando morre seu protetor e lhe
abandona o amante, que pensava ser seu futuro marido.
Vagando, tomada como louca e
prostituta, é rejeitada até na igreja antes de ser salva por Milkau, quem
conheceu uma vez em uma festa e vai morar numa fazenda. Lá continua a ser
maltratada até que um dia seu filho é morto por porcos e ela é acusada de infanticídio.
Na cadeia Milkau passa a visitá-la enquanto ela é repudiada pela cidade
inteira. Por fim a salva com uma fuga no meio da noite.
A história em si é apenas pano de
fundo para as discussões ideológicas entre Milkau e Lentz, somando-se a isto
retratos da imigração alemã e da corrupta administração brasileira da época
(notavelmente no capítulo VI).
O livro, quanto ao conteúdo, tem
uma significativa abrangência, pois trata de etnia, relacionamento humano,
culturas, colonização e progresso. Desenvolve alguns aspectos sociológicos e
fisiológicos. Publicado em 1902, é, ao lado de Os sertões, um dos marcos
do início do Pré-Modernismo.
ATIVIDADES 2
(VUNESP) INSTRUÇÃO: As questões de números 01 a 03 se
baseiam no seguinte trecho do romance Canaã, do escritor maranhense Graça
Aranha (José Pereira da Graça Aranha, 1868- 1931).
O agrimensor olhou a árvore. –
Faz pena – disse compassivo – botar tudo isso abaixo. – Eu, por mim – acudiu
Milkau, levado pelo mesmo sentimento –, preferiria um lote onde não fosse
preciso esse sacrifício. – Não há nenhum – respondeu Felicíssimo. – O homem –
notou Lentz a sorrir com ar de triunfo – há de sempre destruir a vida para
criar a vida. E depois, que alma tem esta árvore? E que tivesse… Nós a
eliminaríamos para nos expandirmos. E Milkau disse com a calma da resignação: –
Compreendo bem que é ainda a nossa contingência essa necessidade de ferir a
Terra, de arrancar do seu seio pela força e pela violência a nossa alimentação;
mas virá o dia em que o homem, adaptando-se ao meio cósmico por uma
extraordinária longevidade da espécie, receberá a força orgânica da sua própria
e pacífica harmonia com o ambiente, como sucede com os vegetais; e então
dispensará para subsistir o sacrifício dos animais e das plantas. Por ora nos
conformaremos com este momento de transição… Sinto dolorosamente que, atacando
a Terra, ofendo a fonte da nossa própria vida, e firo menos o que há de
material nela do que o seu prestígio religioso e imortal na alma humana…
Enquanto os outros assim discursavam, Felicíssimo, no seu amor ingênuo à
Natureza, mirava as velhas árvores, e com a mão meiga festejava-lhes os
troncos, como os últimos afagos dados às vítimas do momento do sacrifício.
Dentro da mata penetrava o vento da manhã e nas folhas passava brandamente,
levantando um murmúrio baixo, humilde, que se escapava de todas as árvores,
como as queixas surdas dos moribundos.
in: ARANHA, Graça. Obra completa. Rio de Janeiro:
MEC-Instituto Nacional do Livro, 1969. p.106-107.
1. Centrados nas diferenças de caráter e de comportamento
das personagens (Esaú e Jacó, Pedro e Paulo), no romance Canaã,
publicado em 1902, defrontamo-nos com duas personagens de temperamentos
bastante fortes, Lentz e Milkau, imigrantes alemães cujas concepções do homem e
do mundo são opostas. Verifique com atenção a participação dessas duas
personagens no trecho de Graça Aranha e, em seguida
a) sintetize, com suas próprias palavras, os dois tipos de
“homem”, ou seja, de comportamento do homem no mundo, defendidos,
respectivamente, por Lentz e por Milkau.
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
b) mostre, com base no texto, que os fundamentos da
consciência ecológica, hoje em dia bastante disseminados no mundo, já se
encontram presentes nesse trecho de Canaã.
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
2. A metagoge, recurso expressivo bastante usado pelos
escritores de todos os tempos, consiste em atribuir atitudes, qualidades e
sentimentos humanos a outros seres. No trecho de Canaã reencontramos tal
procedimento, que reforça a dramaticidade dos fatos narrados. De posse destas
informações:
a) indique uma passagem do último parágrafo do texto em que
ocorre esse recurso expressivo.
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
b) demonstre que as personagens Milkau e Felicíssimo, que se
identificam pelo amor à natureza, expressam esse sentimento de maneiras
diferentes.
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
3. Embora Graça Aranha não haja necessariamente tomado por
referência o episódio bíblico de Esaú e Jacó, pode-se perceber, nas opiniões
expressas por Lentz e Milkau, que suas personalidades apresentam certa
correspondência com as dos gêmeos da Bíblia. Partindo desta hipótese,
a) agrupe as quatro personagens (Esaú, Jacó, Lentz, Milkau)
em dois pares, de acordo com as afinidades de caráter e atitudes.
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
b) explique, com base nos dois textos, os critérios de que
você se serviu para estabelecer tais pares.
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
Instrução: A questão de número 04 toma por base uma passagem
do romance Canaã, de Graça Aranha (1868-1931).
Canaã
— Hoje — disse Milkau quando chegaram a um trecho
desembaraçado da praia —, devemos escolher o local para a nossa casa.
— Oh! não haverá dificuldade,
neste deserto, de talhar o nosso pequeno lote… — desdenhou Lentz.
— Quanto a mim,
replicou Milkau, uma ligeira inquietação de vago terror se mistura ao prazer
extraordinário de recomeçar a vida pela fundação do domicílio, e pelas minhas
próprias mãos… O que é lamentável nesta solenidade primitiva é a intervenção
inútil do Estado…
— O Estado, que no
nosso caso é o agrimensor Felicíssimo… — Não seria muito mais perfeito que a
terra e as suas coisas fossem propriedade de todos, sem venda, sem posse?
— O que eu vejo é o
contrário disto. É antes a venalidade de tudo, a ambição, que chama a ambição e
espraia o instinto da posse. O que está hoje fora do domínio amanhã será a
presa do homem. Não acreditas que o próprio ar que escapa à nossa posse será vendido,
mais tarde, nas cidades suspensas, como é hoje a terra? Não será uma nova forma
da expansão da conquista e da propriedade?
— Ou melhor, não vês a propriedade tornar-se cada dia mais
coletiva, numa grande ânsia de aquisição popular, que se vai alastrando e que
um dia, depois de se apossar dos jardins, dos palácios, dos museus, das
estradas, se estenderá a tudo?… O sentimento da posse morrerá com a
desnecessidade, com a supressão da ideia da defesa pessoal, que nele tinha o
seu repouso…
— Pois eu — ponderou
Lentz —, se me fixar na ideia de converter-me em colono, desejarei ir alargando
o meu terreno, chamar a mim outros trabalhadores e fundar um novo núcleo, que
signifique fortuna e domínio… Porque só pela riqueza ou pela força nos
emanciparemos da servidão.
— O meu quinhão de
terra — explicou Milkau — será o mesmo que hoje receber; não o ampliarei, não
me abandonarei à ambição, ficarei sempre alegremente reduzido à situação de um
homem humilde entre gente simples. Desde que chegamos, sinto um perfeito
encantamento: não é só a natureza que me seduz aqui, que me festeja, é também a
suave contemplação do homem. Todos mostram a sua doçura íntima estampada na
calma das linhas do rosto; há como um longínquo afastamento da cólera e do
ódio. Há em todos uma resignação amorosa… Os naturais da terra são expansivos e
alvissareiros da felicidade de que nos parecem os portadores… Os que vieram de
longe esqueceram as suas amarguras, estão tranquilos e amáveis; não há grandes
separações, o próprio chefe troca no lar o seu prestígio pela espontaneidade
niveladora, que é o feliz gênio da sua raça. Vendo-os, eu adivinho o que é todo
este País — um recanto de bondade, de olvido e de paz. Há de haver uma grande
união entre todos, não haverá conflitos de orgulho e ambição, a justiça será
perfeita; não se imolarão vítimas aos rancores abandonados na estrada do
exílio. Todos se purificarão e nós também nos devemos esquecer de nós mesmos e
dos nossos preconceitos, para só pensarmos nos outros e não perturbarmos a
serenidade desta vida…
Graça Aranha. Canaã, 1996.
4. Em sua última fala no fragmento do romance Canaã,
coerentemente com o que manifestou nas falas anteriores, a personagem Milkau,
ao informar o que pretende fazer com seu quinhão de terra, acaba expressando
sua própria concepção de mundo. Releia essa fala e faça uma síntese dessa
concepção da personagem.
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
5.
– Mora aqui há muito tempo? – perguntou Milkau.
– Fui nascido e criado nessas bandas, sinhô moço… Ali perto
do Mangaraí. – E tateando o espaço, estendia a mão para o outro lado do rio: –
Não vê um casarão lá no fundo? Foi ali que me fiz homem, na fazenda do capitão
Matos, defunto meu sinhô, que Deus haja!
E a conversa foi
continuando por uma série de perguntas de Milkau sobre a vida passada daquela
região, às quais o velho respondia gostoso, por ter ocasião de relembrar os
tempos de outrora, sentindo-se incapaz, como todos os humildes e primitivos, de
tomar a iniciativa dos assuntos. Ele contou por frases gaguejadas a sua triste
vida, toda ela um pobre drama sem movimento, sem lances, sem variedade, mas de
quão intensa e profunda agonia! Contou a velha casa cheia de escravos, as
festas simples, os trabalhos e os castigos… E na tosca linguagem balbuciava com
a figura em êxtase a sua turva recordação.
– Ah, tudo isso,
meu sinhô moço, acabou… Cadê fazenda? Defunto meu sinhô morreu, filho dele foi
vivendo até que governo tirou os escravos. Tudo debandou. Patrão se mudou com a
família para Vitória, onde tem seu emprego; meus parceiros furaram esse mato
grande e cada um levantou casa aqui e acolá, onde bem quiseram. Eu com minha
gente vim para cá, para essas terras de seu coronel. Tempo hoje anda triste.
Governo acabou com as fazendas, e nos pôs todos no olho do mundo, a caçar de
comer, a comprar de vestir, a trabalhar como boi para viver. Ah! tempo bom de
fazenda! A gente trabalhava junto, quem apanhava café apanhava, quem debulhava
milho debulhava, tudo de parceria, bandão de gente, mulatas, cafuzas… Que
importava feitor?… Nunca ninguém morreu de pancada. Comida sempre havia, e
quando era sábado, véspera de domingo, ah! meu sinhô, tambor velho roncava até
de madrugada…
E assim o antigo escravo ia misturando no tempero travoso da
saudade a lembrança dos prazeres de ontem, da sua vida congregada, amparada na
domesticidade da fazenda, com o desespero do isolamento de agora, com a
melancolia de um mundo desmoronado.
Graça Aranha, Canaã. 1ª edição: 1902.
O preconceito, como grande obstáculo à interação humana, tem
sido amplamente questionado nos últimos tempos. No texto desta parte, por
exemplo, é possível perceber alguns tipos de preconceito. Tomando por base esse
pensamento,
5. (VUNESP)
Demonstre, em Canaã, como o enunciador avalia, preconceituosamente, a
capacidade de linguagem do velho.
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
6. (VUNESP) Pão e
circo simbolizam, nas mais diferentes épocas da civilização, os bens oferecidos
pelo governo às classes sociais, principalmente as menos favorecidas, de
maneira a satisfazer suas principais necessidades e prevenir eventuais revoltas
provocadas por condições desumanas de vida. Considerando o texto de Graça
Aranha,
a) encontre uma passagem, extraída da fala do velho escravo,
em que aparecem os elementos correspondentes à satisfação dessas necessidades,
na antiga fazenda.
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
b) aponte uma qualidade do trabalho escravo, na antiga
fazenda, que parece ter muita importância para o velho.
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
7. A fase pré-modernista passa a ser tomada como marginal ou
subsidiária à estética ou ao próprio Modernismo. Consequentemente, as obras que
lhe remetiam pertencimento cronológico, dentre elas Canaã, eram tomadas pelo
sincretismo das escolas Realismo, Naturalismo, Simbolismo, mas também pela
aproximação temática ao Modernismo.
Adaptado de: ARAÚJO, Bárbara Del Rio. O registro de estilo em Canaã: uma
reflexão sobre a historiografia e o rótulo Pré-Modernismo.
O contraditório de classificação de Canaã, de Graça
Aranha, é reiterado em:
a) grande parte das análises feita da obra prefere
caracterizá-la pela relevância temática, pelo debruçar sobre os problemas
sociais e morais do país, o qual é apresentado sob uma perspectiva de
antecipação ao movimento modernista na medida em que se observa o interesse
pela realidade.
b) na historiografia literária brasileira, o nome de Graça
Aranha costuma abrir com todo o direito o capítulo do movimento de 1922, pela
adesão entusiasta, determinante que essa grande personalidade, antes mesmo de
grandes escritores, iria dar aos jovens de São Paulo na revolta contra as
instituições.
c) Canaã reflete sobre situações novas como a imigração
alemã no Espírito Santo, desembocando em discussões raciais, sociais e morais,
prelúdio inequívoco ao Modernismo.
d) aproveitando criaturas e fatos reais, pondo em cena
colonos e caboclos, não fez, contudo, um livro realista e ainda menos
regionalista. Não interessava ao autor o pitoresco nem se sentia inclinado a
submeter-se passivamente a observação, um e outro entram na obra, mas no seu
lugar como elementos de construção e nunca como fim.
e) embora estejam presentes na obra ideias pessimistas
quanto ao Brasil e tons idílicos da colônia alemã, não há nenhuma tendência a
provar a superioridade do colono branco sobre o mestiço.
FONTES:
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/graca-aranha.htm
https://faciletrando.wordpress.com/2019/05/01/canaa/
GABARITO
1. a) Enquanto Milkau é humanista, sensível e defende a
ideia do homem integrado à natureza, Lentz, ao contrário, tem espírito
agressivo, destruidor, e não mede esforços para atingir seus ideais, sobretudo
os de conquista.
b) Todo o parágrafo iniciado por “– Compreendo bem que é
ainda a nossa contingência essa necessidade de ferir a Terra…” até “e firo
menos o que há de material nela do que o seu prestígio religioso e imortal na
alma humana.”
2. a) Fica evidente a metagoge (ou personificação) no último
período do último parágrafo: “… levantando um murmúrio baixo e humilde, que se
escapava de todas as árvores, como as queixas surdas dos moribundos”. Outra
possibilidade, no período anterior: “… mirava as velhas árvores, e com a mão
meiga festejavalhes os troncos, como os últimos afagos dados às vítimas do
momento do sacrifício”.
b) Embora ambos os personagens se identifiquem pelo amor à
natureza, Milkau tem um discurso mais idealista, intelectual, sonhador e
utópico. Felicíssimo é mais simples, sentimental, e humaniza a natureza para
fazê-la mais próxima dele.
3. a) Esaú – Lentz
Jacó – Milkau
b) No primeiro par, Esaú é caçador, Lentz é conquistador
(luta). Enquanto, no segundo par, Jacó é um homem pacífico, assim como Milkau,
que pensa na harmonia entre o homem e a natureza (paz).
4. A personagem Milkau apresenta uma concepção de mundo
necessariamente romântica, que segue o modelo primeiro proposto por
Jean-Jacques Rousseau, que gira em torno da seguinte ideia: a civilização
corrompe o homem, tornando-o ambicioso e individualista. Em oposição a essa
ideia, a personagem propõe uma vida humilde, “entre gente simples”, na qual os
homens se afastariam dos sentimentos negativos, como a cólera e o ódio, e
viveriam irmanados em sentimentos de “resignação amorosa”, “tranquilos e
amáveis”, plenos de bondade e de paz para apreciarem a serenidade da vida.
5. Em Canaã, o velho escravo é desqualificado por utilizar
“frases gaguejadas” e “tosca linguagem”.
6. a) “Comida sempre havia, e quando era sábado, véspera de
domingo, ah! meu sinhô, tambor velho roncava até de madrugada…” Na passagem
destacada, o velho refere-se, à sua maneira, ao famoso “pão e circo para o
povo”.
b) A parceria. “Ah! tempo bom de fazenda! A gente trabalhava
junto, quem apanhava café apanhava, quem debulhava milho debulhava, tudo de
parceria…”.
7. D
Nenhum comentário:
Postar um comentário