DIA DA MULHER - Diretora Lígia Amaral é homenageada com comenda "Beta Moreira", pelo vereador pastor Ronisteu

Vereadora Irismar representou o vereador pastor Ronisteu, durante
homenagem à diretora Lígia Amaral, da Escola Irmã Theodora

  

Na noite da última quarta-feira, 4 de março, a Câmara Municipal de Marabá (CMM) realizou Sessão Solene para comemorar o Dia Internacional da Mulher (8 de Março). Na ocasião, 19 mulheres e 4 entidades civis e religiosas foram condecoradas. O vereador, pastor Ronisteu Araújo (PTB), homenageou a diretora da Escola Municipal Irmã Theodora, Lígia da Silva Nascimento Amaral, com a comenda Beta Moreira. 

Cerca de 400 pessoas participaram do evento, realizado no Plenário do Poder Legislativo. A condução da solenidade foi repassada pelo presidente da CMM, Pedro Corrêa, para a vereadora Priscila Veloso, parlamentar à frente da Comissão permanente da Mulher. A mesa também contou com a presença das vereadoras Irismar Melo, Cristina Mutran e da ex-vereadora Júlia Rosa.

PRONUNCIAMENTOS

Para a vereadora Irismar, o tema do evento tem tudo a ver com o momento das mulheres marabaenses. “Os vereadores apoiam as pautas das vereadoras, que ajudam na busca por uma sociedade melhor, e não existe nenhum movimento contrário às pautas das mulheres nesta Casa”, reconheceu, dizendo que ainda existe muito a melhorar. 

Julia Rosa, que está à frente da Coordenadoria Especial de Políticas para as Mulheres, disse que é uma grande alegria voltar à Câmara para falar sobre um tema tão especial, que leva a refletir sobre o espaço que as mulheres ocupam na comunidade. 

Por sua vez, Cristina Mutran usou a tribuna e expressou a satisfação de homenagear várias mulheres, especiais e valorosas que possuem muitos serviços prestados à sociedade marabaense, por meio das comendas “Miriam Chaves” e “Beta Moreira”.

HOMENAGENS

Entre as homenageadas com as comendas, Miriam Chaves e Beta Moreira, estão: Ana Maria da Cunha, Jacy da Silva Leão, Clores Lima Costa, Marilza de Oliveira Leite, Joelma Fernandes Sarmento, Leila Craveiro Gomes, Deuzimar Cardoso Lima da Silva Pereira, Maria da Fátima Silva, Inácia Meires Silva Rolim, Ivone Julião Silva, Hilomi Seguchi Chaves Viana, Aline Pereira dos Santos Amaro Correia, Ana Paula Guedes Cabral, Euza Aparecida Alves Faria, Solange Freira da Silva Santos, Elcivânia Assunção Farias, Thais Sueli de Vasconcelos Caetano, Rosineide Barbosa dos Santos, Aline Morais Santos Souza e Lígia da Silva Nascimento Amaral. 

Além disso, o Instituto Fazmudar, a Associação Comercial de Marabá (ACIM-Mulher), Movimento de Mães que Oram pelos Filhos e Círculo de Oração Louvor e Adoração também foram condecorados pelos vereadores, através de uma solicitação da Comissão de Defesa do Direito da Mulher, visto o relevante trabalho que exercem no município de Marabá.  

MARCHA DAS MULHERES 

Ao final, todas foram convidaram para participação na Marcha das Mulheres, que ocorrerá no dia 7 de março, em prol dos direitos das mulheres, saindo da Praça da Prefeitura, com concentração a partir de 7 horas.

BIOGRAFIA

Lígia da Silva Nascimento Amaral, nasceu em 16 de Setembro de 1976, na cidade de Imperatriz (MA), filha de Manoel Cordeiro Bandeira do Nascimento e Maria Edileuza da Silva Nascimento. Casada há 22 anos com Marlon Almeida Amaral, tem como formação a graduação em Pedagogia e é pós-graduada em Psicopedagogia. Concursada no município de Marabá, desde 2007, onde vem atuando na área da educação com empenho e dedicação. Desde 2018, exerce a função de diretora na Escola Municipal de Ensino Fundamental Irmã Theodora. 

(Informações do site da Câmara Municipal de Marabá)

 

DIA INTERNACIONAL DA MULHER – Vereadora Irismar levanta a voz por mais mulheres na política, durante Sessão Solene

Vereadora Irismar: "Por que que nossa representação ainda é tão
pequena? É preciso pensar nisso", pergunta ecoou na solenidade 

Anderson Damasceno

“É preciso chamar a atenção das mulheres no sentido de que elas são valorosas e podem contribuir. É preciso considerar que no Brasil, onde na maioria da população somos mulheres, a maioria dos eleitores somos mulheres, por que que nossa representação ainda é tão pequena? É preciso pensar nisso”, declarou a vereadora Irismar Melo, na noite de ontem (4), durante a realização da Sessão Solene em alusão ao Dia Internacional da Mulher (8 de Março), na Câmara Municipal de Marabá (CMM). Na ocasião, personalidades públicas e autoridades entre o segmento feminino foram condecoradas com títulos de “Honra ao Mérito”. 

A vereadora Irismar homenageou a advogada e professora universitária, Aline Amaro Correia, que opcionou atuar na educação como profissão de fé.

“Ela é uma docente que vive isso. Mesmo sendo advogada, escolheu a docência para também ajudar outras pessoas, mulheres, homens, jovens e crianças em seus projetos. E numa sessão como esta, com o tema ‘Mulheres que elevam outras mulheres’, eu não podia deixar de hoje estar lhe homenageando”, enfatiza.

Na tribuna, a vereadora Irismar Melo saudou, especialmente, o público feminino. “Em nome da mulher mais importante da minha vida, que é a minha mãe [Elizete Araújo], presente hoje aqui, quero abraçar todas vocês, mulheres, que fazem a diferença e estão abrilhantando esta sessão. Sempre vi nos meus pais esse comprometimento de buscar uma sociedade mais respeitosa, inclusiva e de oportunidades para todos”, destacou, encerrando com saudação ao público masculino em nome do pai.

Durante seu discurso, Irismar Melo colocou em relevo que as mulheres já são a maioria nas universidades, buscando instrução para atuar melhor nos espaços de poder da Democracia. “A gente precisa apoiar as mulheres que têm a coragem de se levantar e dizer que quer ser a sua representante nos espaços de poder e de decisão. Por isso, precisamos apoiar a participação dessas mulheres, pois elas têm se preparado. Hoje em dia, a maioria dos cursos nas universidades é constituída de mulheres, estudando e se profissionalizando para melhorar suas condições de disputa e também alcançar os espaços de poder”, defende.

A vereadora Irismar também reservou, em seu pronunciamento, uma mensagem elogiosa aos vereadores homens, congratulando-os pelo apoio na busca por uma sociedade melhor.

“Os senhores têm tido um grande respeito por nós e têm também apoiado de forma firme as pautas que as mulheres levantam nessa Casa. Nós não sentimos, em nenhum momento, um movimento contrário às nossas ações”, pontua a vereadora.

DISCURSO POLÍTICO - Reflexões sobre o governo da palavra e da imagem

REFLEXÕES SOBRE POLÍTICA PARA ENCONTROS E INICIAÇÃO

Anderson Damasceno

I

Vamos pensar um pouco na epígrafe que inicia o livro de Patrick Charaudeau (Discurso político), cuja segunda edição foi publicada no Brasil, em 2013, pela editora Contexto. Ela está reproduzida abaixo[1]:

O que é o discurso político?

“Todo governo atual [...] é em parte um governo da palavra e da imagem.” – Marc Augé, Por uma antropologia dos mundos contemporâneos, Bertrand Brasil, 1997.

Essa referência sintetiza pelo menos duas compreensões acerca da natureza do poder, sobretudo aspectos do poder político. Em primeiro lugar, Marc Augé nos permite entender que existe uma preocupação com a manutenção da imagem da autoridade eleita, da figura pública, do agente político, imagem que precisa ser perpetuada no ideário popular. De maneira positiva, espera-se. Em segundo, decorrente da primeira, para se manter “na boca do povo” o sujeito político precisa, necessariamente, garantir a extensão de sua corporeidade – dos elementos que referendam sua existência –, de sua presença material em algum sentido. Isto é, entre os meios mais conhecidos de se fazer isso, temos: palavra e imagem.

Na prática, essas compreensões respondem parte da pergunta do “porquê” ou do “pra quê” que é importante estar, regularmente, nas entrevistas televisivas e capas de jornais, nas inaugurações de obras e nas mídias que cobrem eventos com a expressiva participação popular. Ou, muita vez, pagar pra estar nessa mídia que chega a um público numeroso.

Claro, em todos esses ambientes e momentos, é preferível que a figura pública esteja debatendo ou sendo associada a conteúdos positivos, nobres, respeitados. Conteúdos que agregam valores os quais todo cidadão preza. E bem longe de polêmicas, se possível, para evitar o desgaste da imagem! É aquela coisa, há palavras com as quais ninguém gosta de se ver associado em público, como racismo e imperialismo. Há outras, por outro lado, pelas quais todos anseiam por demonstrar entusiasmo, como mãe e meio ambiente. Democracia é uma delas[2]. Ganhar o conceito das pessoas como democrata é um dos desejos mais ansiados pela grande maioria das autoridades políticas.

Contudo, isso não significa que se deva acovardar perante conteúdos delicados, que geram divergências de opiniões e precisam ser tratados ante a face do povo, com transparência.

Retomando o assunto, na verdade, essas duas análises iniciais são vistas comumente na abordagem de cientistas políticos. Aliás, eles também sugerem interpretações ainda mais amplas do que essas duas observações feitas aqui.

Por fim, é óbvio que tudo isso pode custar grande soma de grana.

No entanto, as redes sociais estão aí – e mais do que nunca – para otimizar e baratear esses custos. Uma boa assessoria de mídia, que faça um trabalho cotidiano e a longo prazo, pode promover um impacto muito mais relevante que as custosas cifras pagas, regular ou esporadicamente, aos grandes veículos de imprensa. A não ser que o sujeito seja parceiro da Extrema-imprensa.

Em resumo, o governo da palavra e da imagem foi facilitado com a ruptura tecnológica e, consequentemente, comportamental das pessoas. Agora somos mais que homo sapiens, somos virtual hominem. Não é à toa que Bolsonaro, Moro, Damares e tantos outros políticos da atualidade – bem como seus adversários mais robustos – frequentemente alimentam suas redes para que seu público direto tenha o feedback acerca do que eles estão fazendo.

Além disso, as plataformas das redes sociais se tornaram potente arma contra Fake News e contra a Info War, a guerra de informações, que constantemente assume os palcos e os holofotes dessa específica grande massa populacional, OS INTERNAUTAS, com seus smartphones na palma da mão. Por isso, quem tem credibilidade e a confiança de seus seguidores tem mais que ouro nas mãos. Mas, fica o alerta. Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades. Não vacile!  

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[1] CHARAUDEAU, Patrick. Discurso político. 2ª ed., São Paulo: Contexto, 2013, p. 13.

[2] HOBSBAWN, Eric. Globalização, democracia e terrorismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 97.