“No cenário educacional, Marabá brilha como
protagonista de um ensino que promove o avanço nas discussões sobre a natureza,
seu clima e suas mudanças”, declara o professor Jaél Sanches. O educador atuou
na equipe de formadores da Secretaria Municipal de Educação de Marabá (Semed)
e, a partir deste mês, vai reforçar o time de profissionais da educação
ambiental que atuam no Parque Municipal João Anselmo, localizado na Vila
Murumuru.
Segundo o Secretário de Educação, Cristiano Lopes, a Fundação Casa da Cultura (FCCM), a Secretaria Municipal de Meio
Ambiente (Semma) e a Semed têm a competência para desenvolver projetos
educativos e socioambientais no Parque João Anselmo.
Aberto de terça-feira a domingo, das 08h às 15h,
as visitas ao parque podem ser agendadas pelo WhatsApp (94) 991862679 e pelo Instagram
oficial da instituição @parquemunicipaljoaoanselmo.
Uma forma de abordar a relevância da Educação
Ambiental é através do que os estudantes aprendem nas aulas do componente
curricular “Agricultura Familiar e Práticas Agroecológicas”, área que foi
capitaneado por Jaél Sanches nos últimos anos. Formado em Ciências Agrárias, o
professor Jaél afirma que a Educação Ambiental joga os holofotes sobre a
necessidade de diálogo entre os profissionais de cada componente curricular.
“Trata-se de um campo muito amplo quando
falamos, por exemplo, de uma educação que reflete sobre as mudanças climáticas.
Por isso, é fundamental a interação e contribuição de todos os educadores.
Juntos, podemos criar práticas interdisciplinares, ancoradas na Agroecologia, que
sejam acessíveis aos estudantes e deem sentido ao que eles estudam nas escolas”,
explica Sanches.
Ainda segundo o professor Jael, a visão
educacional desenvolvida pela SEMED-Marabá não é isolada, pois se aproxima da
proposta de jornada pedagógica promovida pela rede de ensino estadual, isto é:
“Práticas Pedagógicas para Sustentabilidade dos Sujeitos da Amazônia Paraense”,
afinal, a capital paraense, Belém, vai ser palco mundial da COP 30, agendada
para novembro de 2025.
“A gente protagoniza esse componente de ensino, uma vez que Marabá é uma das cidades que prioriza o ensino integrado com a Agricultura Familiar, e une os saberes específicos que a Agroecologia permite aos estudantes conhecer”, avalia Sanches.
EDUCAÇÃO
DO CAMPO E DO URBANO
Em Marabá, há 89 escolas públicas
no espaço do campo. As aulas com professores da matéria “Agricultura Familiar e
Práticas Agroecológicas” acontecem na Escola Família Agrícola de Marabá (EFA)
Professor “Jean Hébette”, localizada a 23 km da zona urbana, às margens da
Rodovia Transamazônica (sentido Itupiranga), e na Escola Municipal Carlos
Marighella, situada no Assentamento 26 de Março, às proximidades da Vila
Sororó.
Nesse contexto, o professor Jaél ressalta
que através da formação contínua dos professores, que atuam nos espaços tanto do
urbano quanto do campo, o conhecimento sobre Agroecologia pode alcançar todos
os públicos em fase escolar.
“É um componente curricular criado em 2015,
que só existe em Marabá, só na Educação do Campo e só nos anos finais. Por
conta disso, todas as áreas do conhecimento podem dialogar com a Agroecologia e
repercutir esses saberes muito além das escolas do campo”, considera.
De acordo com Jaél Sanches, o Parque João
Anselmo é um instrumento público que vai contribuir com a promoção de práticas
pedagógicas capazes de melhorar a formação dos alunos.
“O desafio é contribuir na construção de um perfil
de estudante mais consciente e mais antenado com os acontecimentos em escala
global, mas, sem deixar de lado o potencial pessoal de melhoramento do meio
ambiente, seja em casa, seja no bairro e na própria cidade”, defende.
COP30
O estado do Pará se prepara para receber a 30ª
Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), a ser realizada em Belém
(PA), em novembro de 2025. A COP30 é um encontro global anual onde líderes
mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da
sociedade civil discutem ações para combater as mudanças do clima.
De acordo com estimativas da Fundação Getúlio
Vargas (FGV), é esperado um fluxo de mais de 40 mil visitantes durante os
principais dias da Conferência. Deste total, aproximadamente 7 mil compõem a
chamada "família COP", formada pelas equipes da ONU e delegações de
países membros.
(Com
informações do site gov.br.)