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Além das lojas no Shopping Pátio Marabá, abriram falência no ano passado em Marabá: Rede Valor, Top Dez, Correntão, Supermercado Laranjeiras e outras empresas, conforme cita Ismael Veloso. |
Tudo indica que o fantasma da falência continua apavorando
os empresários em Marabá. Pior! O início de ano vai ser nada fácil para os
funcionários da Loja Marisa, que fica no Shopping Pátio Marabá, situado ao
longo da Rodovia Transamazônica (BR-230), em frente à Faculdade Metropolitana. Na
manhã desta quinta-feira (31), véspera de ano novo, os trabalhadores estavam fechando as portas do
estabelecimento.
Possivelmente, toda a rede Marisa que está fechando vai
vender a marca dentro das outras lojas.
Vale lembrar que outras franquias já tiveram o mesmo
desfecho no Shopping. Segundo o secretário geral do Sindicato dos Empregados no
Comércio de Marabá e Sul do Pará (Sindecomar), Ismael Veloso de Castro, pelos menos
quatro lojas encerram as atividades ainda em 2015.
Entre elas estariam as lojas Mel Calçados
e Manga Rosa.
Nesse clima de assustar os bolsos, há boatos que ecoam além
dos fatos. E entre eles estão que as lojas do piso L3, “as de ricos”, foram as
primeiras a abrir falência, e que um dos motivos para o “grana que não entra” seria que Marabá está ficando cada vez mais pobre,
porque não tem nada que gera dinheiro.
Há quem se desespera e já fala aos quatros cantos da cidade
que “o shopping todo” vai fechar. Acalme-se!
Agora, embora Marisa tenha o reconhecimento do público pelas
roupas com preço acessível e de qualidades, esse episódio traz à tona algumas
circunstâncias que dificultam a atuação do pequeno e médio empreendedor. E que
pode ou não ser o caso da Marisa.
Por exemplo, as lojas do shopping fecham porque o aluguel é
muito caro. Mesmo em pontos pequenos a mensalidade chegar a custar perto de 13
mil merréis. É osso mesmo!
Outro dado é que as grandes lojas do Pátio, que são chamadas
de âncoras, não pagariam aluguel, uma vez que elas trazem prestígio e clientes.
Será? Sendo este o caso, com menos lojas pequenas e médias abertas, a
administração vai estar com abacaxi enorme pra descascar. Vão cobrar de quem,
ham?
Um último probleminha, não raro de acontecer nessas
empresas. A Marisa também estaria pagando por várias multas ocasionadas por
trabalho escravo, não só de brasileiros como o de migrantes. Se for verdade, a
vergonha de fechar é pouca. E cadeia o correto!