NACIONAL ENERGY

quarta-feira, 8 de março de 2017

UM ALFAIA - O dia depois daquela manhã

Foi como bomba ontem (7), a notícia, aos ouvidos e ao coração. 
Te vejo como homem. Homem suficiente para assumir as responsabilidades e o peso de seus atos. E isso é o mais importante de tudo o que direi aqui.
Te vejo como amigo. Amigo apesar dos pesares. De uma amizade que está longe daquela que nos liga pelas semelhanças ou conveniências. Mas, por aquela amizade amarrada pelo respeito às diferenças, embirada por uma viva essência. 
Te vejo como professor. Professor que mesmo em face a um temporal, ainda tem cativo o afeto de muitos alunos. E não são poucos. Professor que parava pra reler o assunto da aula e tinha o hábito de usar um pincel, marcador de texto, para poder destacar aquelas reflexões cruciais no conteúdo. 
Te vejo como debatedor. Debatedor do universo à jabuticaba. E não foram poucas as vezes que debatemos política e comportamento. E pouco concordávamos. E discutimos sobre educação e humanidade. Porém, em quase nada casava nossos discernimentos.
Te vejo, sim, como pecador. Pecador que só a graça, maravilhosa graça, pode cuidar. 
E o outro lado, Damasceno? 
Sim, sei que existe o padecimento de uma família, ou mais famílias que por razões de um lado e outro acabam se associando. E se eu conhecesse de perto a dor dessa gente - como me conheço bem - também ia doer amargamente em mim.
A essa família também dedico meu respeito, e desejo toda justiça e seu direito.
Enfim, acho que também posso dizer o pior tudo aqui. E o pior de tudo são as muitas pessoas que nos últimos dias vomitaram nas redes sociais, nas conversinhas de pé de ouvido ou mesmo em rodas de escarnecedores, vomitaram o que há de mais horrendo na natureza humana quando o assunto é condenar o erro de um semelhante.
Sei que vão querer deixar de sua memória uma criminosa miséria. Já eu prefiro guardar uma simples reflexão, que você disse sobre quão desnecessária é a guerra:
"Não sei como vai ser a 3ª guerra mundial, mas a 4ª eu sei. E será com pau e pedra!" -  T. Alfaia. 


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