NO DIA DA VOTAÇÃO (Anderson Damasceno)
Política e religião...
Misturam-se ou não?
As vozes, “ferozes”, que dizem não,
Babam gritando: “Tribunal da Santa Inquisição!”
Ok! Foram uns 400 anos,
Uns 30 mil foram para execução.
Mas essas mesmas vozes, logo esquecem:
A sanguinolenta guilhotinagem, da Francesa Revolução,
Que em um único ano fez o mesmo tantão,
E teve uns 13 anos de continuação.
Não é justificar um erro com outro,
Mas é fazer jus ao senso de proporção.
Se com fé, cometeram crimes,
Sem a fé, centuplicaram mais.
Não será a panfletagem iluminista
Que apagará o que aqui jaz.
Mas deixa estar...
E no mundo de hoje,
Misturam-se ou não?
O voto de um crente,
Em Jesus,
Vale menos que de um cidadão?
Mais precisamente,
Quando vota um fiel cristão,
Ele é ou não é tão cidadão?
O pastor ou o irmão,
Que está no púlpito,
Num pode ir à urna não?
Afinal, o que tem o chão da igreja
Que o impeça de ir ao local da votação?
Acaso o tamanho das teclas da urna eletrônica
Servem para qualquer um, mas não...
Não só se for para os cristãos?
Ok! Que haja lei!
E num peçam votos nos templos não.
Só que, até para as casas, têm juízes,
E ideólogos,
Pregando a restrição.
Se fizerem uma oração, já querem a cassação.
Fazem vista grossa pros pedidos nos sindicatos,
No galpão,
Nas repartições públicas,
Dominadas pelo partidão,
Autorizam até as universidades,
Com professores na militação.
Pior!
Que malandragem é essa...
De que pastor e pastora não podem receber voto não?
Quer dizer que os votos dos crentes
Só servem se for para dar ao ímpio pidão?
“Às vezes” o nosso Judiciário, que age tão perdulário,
Pode dar direito aos fichas sujas, mas aos eclesiásticos não?
O cara pode se chamar “Vitinho da Erva”,
Votar nele não tem perigo não,
Agora, se for a “pastora do Bolsonaro”,
Instalado está o fim do mundo então.
É sério?!
Querem mesmo que nossos votos sejam dados
A quem não tem nenhuma obrigação?
Nenhum dever, nenhum devir,
Nenhuma divina vocação?
Obrigação de ter um compromisso conosco
E representar os princípios escritos no nosso coração?
É! Pelo visto tem muita coisa aí
Que não respeita a nossa Constituição.
Inventam tantas culturas, tantas mentalidades obscuras,
Tudo isso pra inibir a livre organização,
Inibir a liberdade de pensamento,
Inibir a liberdade de expressão,
Inibir a nossa opinião,
Tudo aquilo que também é um direito de todos os irmãos.
Não importa a comunidade,
Crer em Jesus não torna nenhum povo indigno de participar da
eleição.
De dar corpo à eleição,
De dar voz à eleição,
De dar direção,
Seja no município, no estado ou na nação.
Vocês podem até achar que a gente é lerdo,
Podem achar,
Vão lerdando,
A gente espera vocês no dia da contagem da votação.
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