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sexta-feira, 13 de novembro de 2020

POEMA – No dia da votação









NO DIA DA VOTAÇÃO (Anderson Damasceno)

 

Política e religião...

Misturam-se ou não?

As vozes, “ferozes”, que dizem não,

Babam gritando: “Tribunal da Santa Inquisição!”

Ok! Foram uns 400 anos,

Uns 30 mil foram para execução.

Mas essas mesmas vozes, logo esquecem:

A sanguinolenta guilhotinagem, da Francesa Revolução,

Que em um único ano fez o mesmo tantão,

E teve uns 13 anos de continuação.

Não é justificar um erro com outro,

Mas é fazer jus ao senso de proporção.

Se com fé, cometeram crimes,

Sem a fé, centuplicaram mais.

Não será a panfletagem iluminista

Que apagará o que aqui jaz.

Mas deixa estar...

E no mundo de hoje,

Misturam-se ou não?

O voto de um crente,

Em Jesus,

Vale menos que de um cidadão?

Mais precisamente,

Quando vota um fiel cristão,

Ele é ou não é tão cidadão?

O pastor ou o irmão,

Que está no púlpito,

Num pode ir à urna não?

Afinal, o que tem o chão da igreja

Que o impeça de ir ao local da votação?

Acaso o tamanho das teclas da urna eletrônica

Servem para qualquer um, mas não...

Não só se for para os cristãos?

Ok! Que haja lei!

E num peçam votos nos templos não.

Só que, até para as casas, têm juízes,

E ideólogos,

Pregando a restrição.

Se fizerem uma oração, já querem a cassação.

Fazem vista grossa pros pedidos nos sindicatos,

No galpão,

Nas repartições públicas,

Dominadas pelo partidão,

Autorizam até as universidades,

Com professores na militação.

Pior!

Que malandragem é essa...

De que pastor e pastora não podem receber voto não?

Quer dizer que os votos dos crentes

Só servem se for para dar ao ímpio pidão?

“Às vezes” o nosso Judiciário, que age tão perdulário,

Pode dar direito aos fichas sujas, mas aos eclesiásticos não?

O cara pode se chamar “Vitinho da Erva”,

Votar nele não tem perigo não,

Agora, se for a “pastora do Bolsonaro”,

Instalado está o fim do mundo então.

É sério?!

Querem mesmo que nossos votos sejam dados

A quem não tem nenhuma obrigação?

Nenhum dever, nenhum devir,

Nenhuma divina vocação?

Obrigação de ter um compromisso conosco

E representar os princípios escritos no nosso coração?

É! Pelo visto tem muita coisa aí

Que não respeita a nossa Constituição.

Inventam tantas culturas, tantas mentalidades obscuras,

Tudo isso pra inibir a livre organização,

Inibir a liberdade de pensamento,

Inibir a liberdade de expressão,

Inibir a nossa opinião,

Tudo aquilo que também é um direito de todos os irmãos.

Não importa a comunidade,

Crer em Jesus não torna nenhum povo indigno de participar da eleição.

De dar corpo à eleição,

De dar voz à eleição,

De dar direção,

Seja no município, no estado ou na nação.

Vocês podem até achar que a gente é lerdo,

Podem achar,

Vão lerdando,

A gente espera vocês no dia da contagem da votação.

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