Anderson Damasceno
Na manhã de hoje (14), o prefeito de Marabá, Sebastião Miranda, foi convidado a tomar café junto com os professores da cidade – que cobram direitos assegurados por lei – na frente da própria casa, localizada na Rua Cuiabá, Bairro Belo Horizonte. Porém, a ausência do gestor Tião nesse desjejum, mais uma vez, confirma sua falta de interesse ao diálogo honesto com os profissionais da educação.
Os educadores cobram, entre outras coisas, o abono do Fundeb, os reajustes de 33,24% do piso nacional [autorizado pelo presidente Jair Bolsonaro no mês de janeiro] e o do nível médio, hora atividade e a jornada de 6 horas para os Agentes de Serviços Gerais (ASGs).
Com indicativo de greve para a próxima segunda-feira, dia 21 de fevereiro, a manifestação realizada na frente da casa de Tião Miranda foi organizada pelo SINTEPP (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará).
Segundo a coordenadora do SINTEPP, Joyce Rebelo, o prefeito Tião apontou um indicativo de reunião para a próxima sexta-feira, dia 18 de fevereiro, mas, se o prefeito quisesse que o ato de hoje não ocorresse, teria reunido na quarta-feira passada, dia 9, data em que os educadores realizaram protesto e lotaram a SEVOP (Secretaria de Viação e Obras Públicas).
“É dentro desse contexto que temos uma série de pautas para
discutir com o governo [Tião Miranda]. Vamos abrir nossa assembleia pública,
numa rua pública, em frente da casa do prefeito caloteiro, enrolado, que não
senta com a categoria dos professores e não estabelece uma negociação”, critica.
CAFÉ DA MANHÃ SEM O CONVIDADO DE HONRA
Ainda segundo Joyce Rebelo, o prefeito Tião tem dificuldade de valorizar os profissionais da educação que exercem o maior trabalho direto com a população, pois são mais de 50 mil estudantes nas escolas do espaço urbano e do campo.
“Professores, ASGs, assistentes administrativos, merendeiras, todos nós que organizamos o trabalho da Educação Básica, no município de Marabá, com mais de 200 escolas, é importante que toda a vizinhança saiba que, só em 2021, foram mais de 50 mil alunos que atendemos na rede pública de ensino. Isso não é algo fácil”, afirma.
De acordo com Joyce, os professores de Marabá estão sendo vítimas de uma estratégia bem conhecida: “O Assassinato de Reputação, porque muitas famílias de alunos acreditam na mentira de que os professores pararam de trabalhar, no decorrer da pandemia provocada pelo novo coronavírus, a Covid-19, desde 2020.
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