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quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

POEMA – AONDE VOCÊ VAI?

POEMA – AONDE VOCÊ VAI?


O verdadeiro amor lança fora todo o medo.


Entrei no meu quarto,

Fechei a porta e sentei na quina da cama.

Foi só esse tempo que tomei.

Acabei de tocar no pior dos pensamentos

E me faltou a respiração.

Na verdade, veio um fôlego mais profundo,

A necessidade de um fôlego mais profundo,

De um respirar mais lento

E profundo,

Do tipo que se tem que puxar mais ar aos pulmões.

 

Já senti isso antes,

Duas vezes de memórias lembro,

Mas já teria vivido outras sem perceber

Mesmo que de menor porte.

E agora, é um tanto mais fácil identificar quando ela vem...

A ansiedade me puxando...

 

Antes de tocar no pior dos pensamentos

Estava há bom tempo num brainstorm gerador de reclamações.

Era a murmuração,

Musiquinha infeliz fomentadora de qualquer inferno pessoal.

Na intenção de compartilhar e botar pra fora o seu peso,

Desabafava...

Abria-me por todos os lados possíveis em que sinto as pressões:

Amizades, trabalho, fé, família, projetos...

Intenções e cálculos aparentemente frustrados.

Aparentemente porque não encontrei modalizador para o mas-que-ainda-não-estão-no-seu-fim.

Isto é, ainda cabem recursos.

Abria-me com quem amo e confio,

E leva comigo o peso da vida,

Sendo eu boa parte do peso da vida levado.

 

De um lado, era tudo isso.

Do outro, era o amanhã.

Além do sentimento de desgosto,

O desabafar conseguiu desvelar a faceta da revolta

Por causa do dia de amanhã,

E toda a rotina que se passara

E novamente virá.

Quem sabe mais robusta

Porque sinto que baixei a guarda,

Erro crasso e gatilhador para a instalação dela.

 

E que caminho agora há que se trilhar?

Investir no botar um shape?

Tá na moda!

Investir ainda mais em velhos hábitos?

Um bom livro, correr e nadar...

Quem sabe reencontrar-se pelo silêncio meditativo e de fé?

Foi o que me ajudou até aqui.

Radicalizar contra uma parte das pressões que me assomam?

Uma mente cansada raramente toma boas decisões.

 

Ei?!

Aonde você vai?

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