Unifesspa repercute nota preocupante do ANDIFES que culpa
o Congresso Nacional, mas nem trisca na unha do Lula
Agora
que a reitoria da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)
emitiu uma nota alertando sobre os riscos de funcionamento e a possível paralisação
do ensino superior devido aos cortes orçamentários promovidos pelo governo
federal de Lula 3, surge a necessidade de questionar se haverá reivindicações
enérgicas por soluções para esse problema.
Tive
a oportunidade de cursar o mestrado em Letras (Poslet 2018) na Unifesspa e
conheço bem o cenário de favorecimento à esquerda presente nessa universidade.
Na verdade, desde a época da minha graduação (LA 2005), quando ainda era o
Campus 1 da UFPA em Marabá, esse direcionamento ideológico já se mostrava evidente.
Era um ambiente sufocante por dois motivos: primeiro, porque os debates em sala
de aula seguiam a lógica predominante do pensamento progressista, limitando
discussões e, em alguns casos, afetando a liberdade de expressão. Segundo,
porque havia uma resistência sistemática contra o pensamento conservador,
impedindo que seus teóricos fossem objeto de pesquisa e estudo.
Agora
é momento de crítica e cobrança. Os universitários conservadores e de direita
devem exigir a mesma mobilização que ocorreu quando Jair Bolsonaro fez o
contingenciamento dos recursos destinados às universidades — o que é bem
diferente de um corte orçamentário. Naquela ocasião, mesmo diante de uma
reorganização temporária dos recursos financeiros, a esquerda mobilizou
amplamente sua força cultural para criar alarde e prejudicar a imagem da
direita em relação à educação pública.
E
agora? Os militantes de esquerda vão protestar? Haverá manifestações nas ruas
de Marabá e nas demais cidades onde há campus da Unifesspa? O governo Lula 3
será responsabilizado? Exigirão a saída do Ministro da Educação? Questionarão a
gestão dos reitores Ribeiro e Cavalcante?
A
imprensa local agirá como uma "Extrema-Imprensa" e manterá silêncio
sobre os cortes promovidos por Lula, comprometendo o funcionamento da Unifesspa
e impactando a vida de milhares de estudantes?
Os
coletivos artísticos repercutirão o absurdo que representa o governo Lula
realizar cortes críticos que afetam a educação superior?
E
os vereadores de esquerda? Permanecerão calados diante desse cenário que vocês
costumam chamar de sucateamento da educação pública, gratuita e de qualidade?
Caberá, portanto, aos vereadores de direita e todas as forças da guerra cultural anti-gramscista contestarem com a mesma veemência as ações do governo Lula, garantindo que a qualidade do ensino e a manutenção da Unifesspa não sejam prejudicadas.
A voz
desses representantes é essencial para promover equilíbrio democrático e justiça
no cenário político paraense. Que façam valer os votos dos conservadores, que
não desejam que as universidades brasileiras sigam o mesmo caminho de
instituições como a Universidade de Brasília, onde Wilker Leão, sozinho, conseguiu
denunciar os abusos e absurdos aos quais aqueles que pensam diferente são
submetidos dentro das próprias universidades.
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