NACIONAL ENERGY

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

FEIRA CULTURAL - Pesquisas e projetos de estudantes atraem comunidade

Noite de exposição envolveu temas variados e deu grande experiência ao alunado
Anne Gabriela (à dir.) explicou acerca da higiene pessoal 

Capelão Jurandir Gouvea entrevista aluna Sandy dos Santos
Estudantes do nível fundamental e médio apresentaram projetos durante a Feira Cultural 2013, evento realizado na noite de quinta-feira última (26), nas dependências do Colégio Adventista de Marabá. Eles fizeram exposições abordando temas variados. Teoria e prática foram assistidas, tanto pela comunidade do bairro Novo Horizonte, quanto por amigos e parentes dos alunos que moram noutros núcleos de Marabá.
As coordenadoras, Almerinda Gomes e Daiane Marcela, arquitetaram a feira, de modo que cada professor orientasse o alunado durante os meses de pesquisa.
Na noite de culminância, a professora que também atua na Escola Municipal João Anastácio, Liliane Ribeiro, assistiu à exposição das turmas. Ela coordenava o alunado do 7º ano B, que tratou a temática “Reciclar, Reutilizar e Reduzir”.  
O evento representou uma experiência única para a garotada. A estudante do 7º ano C, Anne Gabriela de Lima, explicou acerca da higiene pessoal, apontando os hábitos básicos de assepsia bucal.
A educadora, Sara Rocha, levou seus pupilos do 9º ano A à prática de experiências químicas. Os estudantes, Ilber Patrick Valentim, Esther Horsth e Fernanda Costa, demonstraram a troca de energia através de reações químicas, assistidas pelo público.
Professora Liliane Ribeiro assistiu à exposição do 6º ano A
Nos estandes, Poluição, Cidade não planejada, Vícios posturais, Lixo eletrônico e outros assuntos estavam na pauta dos estudantes do primeiro grau. Já os secundaristas abordaram experiências mais complexas, voltadas para os cursos universitários. Profissões da linha médica como Oncologia, Pediatria e Cardiologia ficaram ao encargo dos concluintes no terceiro ano médio.  
A formação em Engenharia Mecatrônica recebeu um tratamento especial por parte de Amanda Santiago, Felipe Almeida, Marcelino Igreja e Erika Mendes. Os estudantes do primeiro ano criaram um modelo de guindaste hidráulico, detalhando seu funcionamento ante os olhos dos espectadores.    

Coordenadora Daine ouve explanção sobre doenças do coração






Equipe do 2º ano médio passou o dia organizando estande sobre Obstetricia



sexta-feira, 27 de setembro de 2013

A verdade sobre a prisão de duas ativistas gays durante culto evangélico...

JORNALISMO DA GLOBO PRATICA ÓDIO AOS CRISTÃOS

O JORNALISMO DA REDE GLOBO PRATICA O ÓDIO AOS CRISTÃOS DA PIOR FORMA. A INDIFERENÇA.
Ontem (26) assisti o Evaristo Costa e a Sandra Annenberg falar do ataque terrorista dos muçulmanos. Fato cruel que ocorreu em shopping do Quénia – um país da ÁfricaOriental – há poucos dias. Esses muçulmanos atiraram nos “infiéis”, ou seja, quem não é crente em Maomé.
Que infiel o que merda?! Seus jornalistas hipócritas!
SÃO CRISTÃOS QUE ELES TRUCIDARAM. BEBÊS, CRIANÇAS, MÃES, PAIS, TRABALHADORES...
TENHO VERGONHA DESSA EMISSORA.
Essas aberrações extremistas que cultuam o islã entraram lá perguntando quem era muçulmano. Se a pessoas hesitasse, eles questionam: "Quem é a vó de Maomé?". Tiro na cabeça foi o que levou boa parte de quem não respondeu. Quando não, mortes mais torturantes. 
Ora bolas! Só vai saber uma resposta dessa quem estuda o Islamismo. Esses caras pagam 98,00 R$ pelo corpo de um seguidor de Jesus Cristo. 
SÓ QUE A GLOBO NEM LIGA E CONSEGUE SER MAIS HIPÓCRITA E TERRORISTA AINDA.
Morre cerca 160 homossexuais num ano, ai a REDE GLOBO faz uma babação continental. Mas, quando morrem mais de 60 CRISTÃOS em um dia, a GLOBO manipula as informações. Quem viu o Jornal Hoje desta quinta-feira nem sacou que o terrorismo muçulmano no shopping foi um massacre contra quem crê em JESUS CRISTO.
Para quem está cego à perseguição que as pessoas que servem a Jesus Cristo passam. Estima-se que em 2012 cerca de 100 MIL CRISTÃOS FORAM ASSASSINADOS porque não negaram Jesus.
ISSO MESMO! 100.000 crimes hediondos. Se compararmos é quase metade da população de Marabá. Exatamente, quase 50% de nossa cidade mortinha. Uma barbárie que essas emissoras miseráveis escondem.

Quando assisto a Globo só recordo do Eduardo Galeano citando a frase de um anônimo: “Os poderosos mijam em nós e a mídia diz: ‘É chuva!’”. 

POESIA NA PRAÇA DO LIBERDADE - Sarau da Lua tem primeira realização em espaço aberto

Pouco a pouco moradores e estudantes curiosos foram se familiarizando com encontro



Grandes eventos repercutiram em Marabá, durante a noite de terça-feira última (24), movimentando milhares de pessoas. Além de mais uma noite no Festival da Canção em Marabá (FECAM), ocorreu também a aprovação do poder executivo para o pacote de obras que urbaniza bairros periféricos no núcleo Cidade Nova. E ainda nessa noite, houve a realização do 7º Sarau da Lua Cheia, que ganhou espantosa participação de moradores.
O encontro ocorreu em espaço aberto na praça do Bairro Liberdade, situada ao longo da Avenida Paraíso, e serviu de prova para o poder atraente que só a poesia tem. As declamações e cantorias que tinham um público pequeno, no início, foram alcançando os passantes a cada minuto.
Augusto Bastos Morbach teve uma de suas composições poéticas utilizada como a abertura do sarau.
Marcio Holanda, um dos organizadores do sarau, parabenizou à numerosa multidão que se aglomerou para ver e ouvir tantos artistas.
O pano de fundo do evento recebeu uma sonoplastia especial. Holanda colocou um cd de canções do grupo local, Latinhas de Quintal, que encantaram o público, inclusive, chegando como novidade aos ouvidos de alguns populares.
A leitura de crônicas assinadas pela escritora, Vânia Ribeiro, enriqueceram essa edição. Os sarauistas ouviram cada narração, que volta e meia vinha cativando as atenções.   
Quem trouxe boas histórias para recordar a Marabá de outrora foi o Jornalista Vitor Haor.
Raimundo Nonato, que preside mostras de arte com grupo do Boi-Bumbá, do Bairro Amapá, felicitou a elaboração do sarau e tratou brevemente do papel da cultura. “Tenho um prazer imenso de levar cultura aos nossos bairros. Incentivando a todos”, enfatizou.  
Outra personalidade conhecida pelos apreciadores da cultura, Genival Alves de Almeida, do Boi Estrela D’alva, aproveitou o clima de centenário que ainda anima a população marabaense, para apresentar uma música enfatizando essa data.
A professora da Escola Municipal Irmã Theodora, Darques Silva, não só prestigiou o evento na companhia de seus educandos, como recitou poemas de autores favoritos. Outros professores vieram com sua turma de alunos do período noturno.
Mais uma educadora encantada com o sarau foi Silvia de Menezes, que já atuou em escolas da capital paraense, Belém, promovendo projetos didáticos com a leitura. Ela expôs que tem composições poéticas escritas, embora não as tenha publicado, e se disse impressionada com essa atividade.
“Não sabia que existe esse sarau na cidade. Ainda mais que está no sétimo... Fiquei feliz em participar e trazer meus filhos”, pontua Menezes.
Para Edem da Silva Souza, morador da Avenida Adelina que comemorava aniversário na ocasião, houve um especial parabéns ao término do evento. Ele foi homenageado com as tradicionais palmas e a voz estimada de Havier Santos. Emocionado, Souza congratulou a iniciativa de levar eventos dessa linha à praça.

Próxima edição – A próxima edição do sarau ocorrerá na Galeria Vitória Barros, localizada na Avenida Itacaiunas, Bairro Novo Horizonte. A data precisa será divulgada via redes sociais e vai seguir o costume, ou seja, acontecerá numa das noites de lua cheia no decorrer do mês de outubro.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

CLASSE MÉDIA SOFRE - Jovem cria hit musical tratando de “dramas marabaenses” (ENTREVISTA)

Paródia em vídeo tem ganhado público local e gerado polêmica nas redes sociais

Grupo de amigos que produziram um hit musical, em vídeo, postado nas redes sociais, tem dado o que falar nos últimos meses em Marabá. Elogios e felicitações, mas também comentários desagradáveis. Os jovens estudantes do rap paródia “Classe média sofre”, participaram de entrevista exclusiva, comentando a repercussão desse trabalho e do que está acontecendo em suas vidas desde que ousaram criticar opiniões e gostos da população local.   
A produção do “Marabaense drama”, subtítulo dado à música, envolveu Gustavo Ramos (vocalista e criador do MC Geleia), Rafael Souza, Henrique Ribeiro, Matheus Leite, Marcos Gabriel (Danivex), Guilherme Freitas, William Figueiredo e Brayhen Figueiredo. 
Gustavo Ramos, que criou o heterônimo Geleia, explica que tinha um projeto inicial destinado às redes sociais, para fazer um grupo de “zoeira”. Isso porque Marabá não dispõe dessa linha de entretenimento.
“Sempre que colocamos Marabá no Youtube você encontra poucas coisas a esse respeito. Quando tem, geralmente, são reportagens de televisão. E, como eu mexo com Rap, componho, pra divulgar meu trabalho resolvi fazer essa paródia, falando da cidade”, afirma.
Ramos entende que esse trabalho, introduzindo elementos locais, do cotidiano marabaense, acabou alcançando muitas pessoas.
“Elas se identificam e, por isso, resolvi fazer uma paródia em que acontecesse isso. Por exemplo, já tem um monte de pessoas inscritas no meu canal no Youtube. Isso até facilita, pois, na próxima vez que formos divulgar algo, já tem um público garantido”, observa.
COMO O GRUPO SE CONHECEU? COMO SE DEU A REUNIÃO DESSAS FIGURAS?
Segundo Gustavo Ramos, vocalista e compositor da paródia “Classe média sofre”, boa parte do grupo já tem muitos anos de amizade. O ambiente escolar também foi crucial para a amizade do grupo.
“Muitos aqui já são amigos de longa data, como o Matheus Leite, e nos conhecemos desde pivetes. A maioria é da escola mesmo, que me acompanham há muito tempo. Hoje eu estou em outra escola, mas mantemos a amizade e eles me ajudaram a fazer o vídeo”, acentua.
O jovem rapper lembra ainda que cada amigo teve uma participação significativa, durante a elaboração do projeto fílmico.
“Por exemplo, eu precisava de uma câmera e o Henrique Ribeiro a forneceu pra gente, junto com o Rafael Souza... ocorreu a cooperação de cada um, por isso, coloquei no vídeo a galera da produção”, pontua Ramos, indicando que os cinegrafistas amadores foram os amigos, Matheus Leite e Danivex.
COMO SURGIU A COMPOSIÇÃO DA MÚSICA?
De acordo com o compositor, a paródia não foi simplesmente uma cópia. Houve uma ideia original  que veio através de suas predileções, daquilo que ele gosta de assistir, contudo, também havia um objetivo que estava buscando.  
“Existe a composição original que é a do ‘Galo Frito’, um canal de comédia do Youtube, em que o Murilo Couto participa fazendo um MC fictício, cantando o ‘branco drama’. E aí, quando eu vi esse vídeo, achei muito interessante. Ri bastante vendo o que ele fala da classe média. Então, achei que fazendo isso pra Marabá poderia chamar bastante atenção. E é o que está acontecendo”, nota o jovem rapper.
O MC Geleia acreditava que usando elementos da cidade ia atrair as pessoas. E mais composições da autoria dele podem ser encontradas na rede social.
“Eu tenho outras músicas, rap principalmente. Inclusive, antes de lançar o vídeo ‘Classe média sofre’, eu já tinha colocado outro chamado ‘A garota do cursinho’. E, o pessoal não me conhecia ainda, e como eu precisava divulgar a minha página foi isso que decidi fazer. Fiz a paródia, coloquei elementos da cidade e deu no que deu”, afirma com ânimo.
Ramos detalha que a elaboração do heterônimo e da letra do rap exigiu sigilo. Poucos dias antes das férias escolares, ocorridas em julho deste ano.
“Quando pensei nesse projeto, eu chamei o Willian Figueiredo para uma reunião lá em casa, só eu e ele... Porque queria que fosse segredo e não corresse o risco de vazar a letra ou alguém roubar a ideia. Eu disse a ele que tinha um projeto legal e que podia dar certo”, recorda, acrescentando que apenas o Rafael Souza não saiu no vídeo.
Os jovens estudantes até ousaram fazer outros vídeos, mas não tiveram o mesmo sucesso.
“A gente tinha combinado, anteriormente, de fazer um videoclipe com um grupo nosso chamado ‘Os pimpas’. Futuramente, estaremos falando disso. Só que, tentamos fazer esse vídeo, mas não deu muito certo. Não houve aquela empolgação”, diz.
REPERCUSSÃO DEIXOU JOVENS IMPRESSIONADOS
Com quase 5 mil visualizações no Youtube, centenas de comentários, além de compartilhamentos através de aplicativos de celular como WhatsApp, o grupo tem vivido dias de sucesso no seio da cidade.
“Eu postei numa quinta-feira à noite e, acho que duas horas depois, já tinha cerca de duzentas visualizações. Comecei a perceber que podia ser, assim, algo especial. E como já tínhamos certo reconhecimento na escola onde estudei com eles, o pessoal começou a compartilhar no whatsApp. Eles baixaram do Youtube e ficam compartilhado no Facebook, e isso ajudou bastante. Foi impressionante”, revela.
Por causa disso, o Ramos enfatiza que um dos resultados positivos dessa divulgação, foi o aumento no número de inscritos em seu canal no Youtube.
“Eu até comentei lá, a zoeira está se proliferando. No outro dia, na escola já estava sendo muito comentado, gente que não falava comigo começou a falar, muitos enviando mensagens... Por exemplo, ainda naquela semana, na sexta-feira disseram que foi assunto do dia, tanto por professores quanto alunos”, rememora.
Ele afirma ainda que os parentes gostaram da iniciativa e não esconderam a cara de surpresa, quando perceberam a repercussão.
“Minha mãe sabe que eu componho rap. No dia seguinte eu disse que estava chegando a mil visualizações e ela ficou bastante surpresa. Ai, ela pediu pra ver, mostrei, isso fez ela rir muito. Meu padrasto também, que é uma pessoa bastante conhecida na cidade, foi logo me orientando, meio preocupado”, detalha.
Matheus Leite, assim como os demais amigos que aparecem na paródia, também confirmaram que os populares estão reconhecendo o grupo.
“Na rua, aonde eu vou, o pessoal reconhece. Na escola e no curso que eu faço, as pessoas falam ‘eu te vi no vídeo e não esquece que eu sou teu amigo’”, brinca.
Brayhen Figueiredo, estudante que fez participação no final do vídeo, efetuando passos de dança no estacionamento do Shopping Pátio Marabá, narrou ainda que, enquanto iam para a entrevista no Jornal Opinião, um garçom olhou o grupo e declarou que tinha assistido.
O grupo ficou feliz porque o vídeo tem alcançado outros estados do país.
“Cada um aqui tem amigos em outros estados. Ficamos sabendo que amigos de Minas Gerais, do Ceará, Tocantins estão recebendo o link”, diz Marcos Gabriel (Danivex).
CRÍTICAS NAS REDES SOCIAIS
A maioria dos comentários nas redes sociais é favorável ao trabalho que o grupo de estudantes fez. Os internautas que gostaram de assistir felicitaram o projeto que tratou de temas “politicamente incorretos”.
A repórter e blogueira, Fabiane Barbosa, que cursa Letras na Universidade Federal do Pará, elogiou a paródia: “Genteeeee!!! Gostei demais disso! Tem artista em Marabá além de mim! Tenho um blog, mas não consegui colocar o link no comentário... deu bug! Mas, no meu canal tem o link, ok? Dá uma olhada!”.
No entanto, o conteúdo do rap também veio a ser alvo de críticas.
Postagens como a de Carlos Eduardo Ribeiro tentaram defender o jovem rapper do nariz torto dos insatisfeitos: “O cara tem talento, fez um belo rap falando da realidade da cidade, agora me diga se é mentira? Através desse vídeo ele está fazendo o que? Tá cobrando dos fdps dos políticos. O cara é foda e geral tá curtindo. Volto a repetir, veja a Parodia Original, talvez você entenda pelo menos um pouco o que acho difícil! Sou filho de Marabá, gostei da paródia. O menino tem meu respeito. É muito fácil criticar o trabalho do menino. Se você tá achando ruim, faça melhor!”.
Um dos comentários desfavoráveis é o do perfil assinado por Fanny Silva: “Sei o que é paródia sim, mas essa foi de péssimo gosto! Era pra ser engraçado pra quem? Pra "Classe média" que se acha? Se estão insatisfeitos com a cidade, se mudem, ou façam algo para que ela melhore, comecem cobrando dos políticos que foram eleitos, compareçam às sessões na Câmara de Vereadores, abram a boca e exijam direitos, exijam trabalho nas ruas, mas não "queimem" sua cidade, a cidade que os alimenta!”.
Ainda conforme Ramos, o reconhecimento das pessoas é motivo de felicidade.
“Eu não critiquei a cidade nos problemas mais sérios. Tentei, assim, criticar o ponto de vista da classe média usando elementos de Marabá. A diferença desse vídeo pro original é que dei a cara da cidade. Mas, fico feliz que isso alertou as pessoas e até abriu portas para as pessoas se expressarem. Mostrar suas opiniões no Youtube, inclusive em músicas”, cita. 
Quanto às opiniões divergentes, os jovens consideram importante ouvir e respeitar.
“Essa opiniões contrárias mexeram com a gente. Com todo respeito, nesse caso (Fanny Silva), ela esqueceu que foi uma paródia e a gente deixou claro que era uma zoeira. A gente tem projeto de fazer uma crítica de verdade, mais complexa. Talvez ela esperasse outra coisa. Até certo ponto eu concordo com ela, mas o objetivo não é só desmerecer a cidade”, defende.  
O AUTOR COMENTOU FRASES PINÇADAS DA PARÓDIA
Gustavo Ramos se disse ciente de que cada tem o direito de fazer sua interpretação, especialmente, porque já ouviu as pessoas falarem que a música tem um conteúdo preconceituoso e que desvaloriza a cidade onde mora.
Nossa reportagem aproveitou o encontro para ele esclarecer o que pensa.  
Sobre a introdução do vídeo – em que se encontram declarações como: “Telexfree levou minha grana”; cidade “onde pessoas escutam Silvano Salles e Anjos do melody”; “Tentei torcer pro Águia e fiquei deprê de vez” e “tava no shopping, sorrindo da pobretada. Moleque de moicano e Pitbull falsificada” – são elementos citadinos que ele selecionou a fim de fazer uma aproximação.  
“Eu coloquei também, no início, ‘sabe o que é comemorar no face quando vai chover’, algo tão fútil... Esses elementos comuns são exatamente para causar esse impacto nas pessoas. Porque, a classe média, preconceituosamente ou não, tem sim e olha sim diferente para as classes mais baixas. Alguns bairros, inclusive, que dizem lá você escuta só mellody, Silvano Salles e tal. Não dá pra generalizar, é verdade. Mas eu quis colocar tudo isso pra satirizar”, explica.
Ainda conforme o rapper, é difícil definir o que toda a classe média pensa. Mas é fácil perceber que pessoas de porte financeiro gostam de reparar que as pessoas de baixa renda usam roupas falsificadas, ou, que os mais pobres usam corte de cabelos influenciados por jogadores de futebol.
“A gente vê essas modinhas, como corte de cabelo, em todas as classes. E dá até pra dizer que tem um certo preconceito, só que foi com outra intenção que fizemos”, esclarece.
A temática do estado de Carajás ganhou crítica veemente no espaço na música, quando o rapper canta: “Até tenho orgulho de ser marabaense, mas tenho que aturar a marra desses belenenses”.
“Lutamos tanto para ter o estado de Carajás, mas vimos que teve forte influenciam do não lá de Belém. Poxa, até o Ganso fazendo campanha contra. Ele nem mora pra cá, desconhece a nossa realidade... Influenciaram ele não sei como! Foi uma indireta a essa questão sim”, afirma, garantindo que essa temática poderá voltar nas próximas músicas. 
Inclusive a questão da segurança recebeu sátira direta: “Domingo à noite, ali na Praça São Francisco, coloco a mãe no bolso a cada vez que eu pisco”, também comenta por Ramos.
“Eu quis satirizar a visão que temos de segurança. É verdade que melhorou bastante, dá pra reconhecer isso. Tem um trailer ali da Polícia Militar, dando pra nos sentir um pouco mais seguros. Mas, o marabaense sentiu isso durante muito tempo”, compara.
O refrão reserva um dos versos mais polêmicos que os garotos tiveram que dar explicações: “Essa cidade é tensa, mas eu sou feliz. Aqui onde a pobreza só sabe andar de Bis...”
“Eu faço um curso técnico e a maioria da turma fala, tipo ‘poxa, mas por que tu colocou Bis, cara? Eu tenho Bis’. Então, peço para levar na esportiva e que é só uma brincadeira... Eu vi que realmente o pessoal usa bastante e foi essa a intenção”, retoma.
CURTA ALGUMAS DECLARAÇÕES A MAIS:
“Não sou bom de bola mas calço Mercurial. No meu X-box só vai jogo original. Minha Sky não funciona se chove... Classe média sofre”
“Na Nova Marabá nunca decorei as folhas”; “Meu brother me chamou pra passear no vavazão”; “Ponto de ônibus que coisa irritante, trezentos Liberdade e nenhum Novo Horizonte”. 
“A capa do meu I-phone custou mais caro que meu plano de saúde”; “Não sou pobre, nem rico. Meu sonho... comprar um iate pra andar na Praia do Tucunaré”