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domingo, 29 de outubro de 2017

#PARTIUAULA TWO – Auditório Leonardo da Vinci foi palco de #AulãoShow com Danilo, Lewy, Newton e professores convidados, para cerca de 400 vestibulandos ligados no ENEM 2017

A segunda edição do #PartiuAula reuniu cerca de 400 vestibulandos, no auditório
Leonardo da Vinci, e já deixou a galera na expectativa do próximo ano. Professores
anunciaram lançamento de canal no YouTube e outros projeto para 2018




















Anderson Damasceno

Ontem (28), aproximadamente 400 vestibulandos de Marabá e região aterrissaram no auditório Leonardo da Vinci, da Faculdade Metropolitana de Marabá, situada na Rodovia Transamazônica (BR-230), onde ocorreu o #PartiuAula Two, segundo evento organizado pelos professores Danilo Pereira (Geografia), Lewy Pardinho (História) e Newton Junior (Matemática). O Aulão iniciou logo às 8h, e, felizmente, a nave do auditório já estava repleta de estudantes, bem acomodados em suas poltronas.
Na ocasião, o trio de mestres agradeceu aos professores convidados e já anunciou lançamento de canal no YouTube, além de outros projeto para 2018.
Durante as aulas, o professor Danilo fez um voo em assuntos recorrentes no ENEM, abordando temáticas como o espaço geográfico, transgênicos e impactos ambientais. Vale ressaltar que, ainda na questão dos transgênicos, Danilo costurou um diálogo interdisciplinar com o fenômeno da biologia, professor Hélder Furtado, o “Dexter”.
Na área de Ciências da Natureza, o professor Newton Junior aproveitou o trocadilho com o próprio nome e tratou das “Leis de Newton”. Já na área de Ciências Humanas, Lewy trabalhou o autoritarismo ao longo do século XX, com ênfase no nazifascismo, Estado Novo e Ditadura civil-militar.
Por sua vez, o Dexter compartilhou importantes noções acerca do reino monera, genética moderna e química ambiental, enquanto, na parte de Linguagens, euzinho, autor do Olhar do Alto, dei uma aula “memerável”. Vimos algumas definições, práticas linguageiras e questões no padrão ENEM a respeito da “Linguagem dos Memes”.

PALAVRA DOS ORGANIZADORES
A equipe #PARTIUAULA e convidados trouxeram, mais uma vez, um aulão que marca o nosso êxito em trazer algo diferente para a educação da região de Marabá. Esse segundo evento, maior em conteúdo e com mais alunos nos assistindo, demonstra que estamos no caminho certo e com a possibilidade de ir além no próximo ano.
Uma aula divertida, na linguagem do aluno, trazendo também reflexão quanto ao seu cotidiano e, mais do que isso, sem perder o foco com o real objetivo, preparação para o ENEM 2017.
Esse evento não seria possível sem a confiança dos alunos que nos foi depositada, sem os parceiros que acreditaram no projeto desde o começo e, obviamente, sem o comprometimento dos professores em disponibilizar o seu tempo e dedicação, para o acontecimento desse aulão.
O #PARTIUAULA veio para ficar e para continuar fazendo da educação uma ponte que une os anseios de estudantes que querem se preparar com a alegria de nós, professores, que queremos ensinar! 

CLICKS DO EVENTO































































































































































































































quarta-feira, 25 de outubro de 2017

ENEM 2017 – Faculdade Metropolitana recebe 2º evento #PartiuAula, neste sábado (28), às 8h. Entrada custa 1 Kg de alimento não perecível
















Anderson Damasceno

Sábado agora (28), o auditório da Faculdade Metropolitana de Marabá, situada na Rodovia Transamazônica (BR-230), será palco da segunda edição do #PartiuAula, um projeto de aulão preparatório para o ENEM 2017, com aulas superatualizadas, organizado pelos professores, Danilo Pereira (Geografia), Lewy Pardinho (História) e Newton Junior (Matemática). A abertura é logo às 8h da matina, sendo o valor da entrada 1 Kg de alimento não perecível, e contará com mais três professores convidados, colocando em relevo os temas mais reincidentes da prova que será em novembro.
Na noite de ontem (24), terça-feira, os professores divulgaram, via live, o convite e novidades para os vestibulandos da cidade e região, no perfil do Instagram, que está com cerca de 800 seguidores.
O trio de mestres anunciou a participação do professor Helder Furtado (Biologia), Katiucia Oliveira (Redação) e Anderson Damasceno (Linguagens). Revelou-se também um pouco da programação, que vai contar com assuntos contextualizados, stand up, paródias para fixar o conteúdo e memes que vão incrementar o encontro de estudo.
Haverá camisas oficiais do evento disponíveis para venda. Vale ressaltar que as vagas são limitadas e será por ordem de chegada.









domingo, 22 de outubro de 2017

MINISTÉRIO DA SAÚDE - Vereadores de Marabá debatem com João Salame soluções para saúde pública

Vereadores Miguelito, pastor Ronisteu e Irismar Melo tratam dos desafios para se
disponibilizar uma saúde gratuita e de qualidade com diretor do DAE, João Salame



















Anderson Damasceno 

Na quinta-feira última (19), o Diretor do Departamento de Atenção Básica, João Salame Neto, esteve em reunião com os vereadores de Marabá, para tratar das ações desempenhadas no Ministério da Saúde. O ex-prefeito de Marabá, esclareceu que a prefeitura pode pleitear e conseguir recursos do Governo Federal, por exemplo, para se ter ambulância é necessário pelo menos cinco anos de uso e, assim, poder trocar. 
João Salame demonstrou grande preocupação com a questão da saúde prisional e destacou o bom trabalho do mutirão da saúde, realizado recentemente no Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (CRAMMA).
“Daqui uns dias saberemos o quadro epidemiológico na penitenciária. Foi um plano piloto e poderá ser aplicado em todo o Brasil”, afirma.
Mais uma preocupação salientada pelo diretor do DAE é o prontuário eletrônico. Ele defendeu a informatização dos serviços como imprescindível para o desenvolvimento do país.

SABATINA
A reunião seguiu com os parlamentares fazendo perguntas diretas a João Salame. 
Na primeira rodada de questionamentos, o vereador Miguel Gomes Filho, o Miguelito, questionou a situação do Sistema Único de Saúde (SUS) e enfatizou que quer incentivar o João Salame a se empenhar por Marabá.
“Acho que a prefeitura está disposta a resolver o que for preciso, em seus planejamentos e prioridades, para conseguir apoio do Governo Federal”, pontuou.
A vereadora Cristina Mutran ressaltou o trabalho das equipes de “saúde da família”, que possui apenas 22 funcionando, mas há 32 aptas a montar. Além disso, a parlamentar disse ser contra o município ter que fazer novo processo seletivo para agentes de endemias.
Ainda segundo Cristina Mutran, as cirurgias eletivas demoram ou não acontecem pela falta de leitos, pois há pouco mais de 80 leitos no Hospital Municipal de Marabá (HMM).
Por sua vez, o vereador Tiago Koch tratou sobre odontologia. “Se há a possibilidade de ter posto na zona rural ou pelo menos uma equipe volante”, falou solícito, além de cobrar ambulância para zona rural e pontuar que os ACS não atendem uma área enorme na zona rural.
Outro parlamentar que inquiriu João Salame foi Ilker Moraes, que retomou a questão da saúde bucal. “Por falta de equipamento, há um monte de profissionais que estão ociosos e custam aos cofres de Marabá cerca de R$ 200 mil por mês. Também é preciso que, em lugares estratégicos da zona rural, de 2 a 3 postos de saúde sejam construídos”, notou.
Respondendo a Miguelito, João Salame disse que é de pleno acordo sobre o SUS. “Apesar de tudo que se diz, o sistema de saúde do Brasil é melhor que o dos EUA. O Obame Care é um fracasso”, acertou.
Sobre a unidade odontológica móvel, Salame ressaltou que há um custo de manutenção, portanto, cabe ao prefeito Tião ver se quer. E, a respeito dos agente de saúde, o ex-prefeito de Marabá pontuou que há 213 profissionais “em estoque”, basta contratar, sendo que já existem mais de 300 contratados.

UPA
A vereadora, Irismar Melo, ao lado do vereador pastor Ronisteu Araújo, congratulou João Salame pelo importante encargo no Ministério da Saúde, e procurou saber sobre a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), situada no Bairro Amapá. 
“Segunda-feira de manhã vamos ter uma reunião. Está sendo feita uma análise técnica do prédio da UPA. E gostaríamos de saber se o valor de R$ 650, é garantido pelo ministro Ricardo Barros, para UPA do tipo 3?”, inquiriu.
Sobre a UPA, João Salame afirmou que o ministro já arrumou R$ 650 mil para equipamentos e que o debate acerca dessa unidade de saúde deve ser aberto de novo e envolver o governo do Estado.
Ainda sobre a UPA, Salame disse que há um dilema em Marabá. Ou a prefeitura devolve quase R$ 2 milhões em parcela única, que é uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), ou, como o prédio é enorme, pode-se pegar um bloco e botar para funcionar como UPA tipo 1 ou 2.
“O que o governo determina é que se pegue um bloco para funcionar. O Ministério da Saúde já deve ter enviado uma notificação cobrando o posicionamento do prefeito. Mas, como eu disse, é o prefeito atual quem decide”, destaca Salame.

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE 
A diretora de média e alta complexidade da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Dármina Duarte, explicou que o concurso público é uma exigência do Governo Federal, a fim de se angariar recursos para a manutenção do serviço público.
Dármina Duarte também informou que a prefeitura possui 368 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e que o HMM e HMI chega a atender os 700 mil habitantes, oriundos das cidades no entorno de Marabá.
A diretora informou ainda que, sobre os dentistas, abriu-se licitação dos materiais odontológicos e as empresas demoraram muito a responder. Contudo, em cerca de 10 ou 15 dias, os dentistas estarão trabalhando. E, quanto a implantação do serviço de pediatria no HMI, a prefeitura já está agindo em parceria com o deputado federal, Beto Salame, e com João Salame.
E, no quesito informatização dos serviços, o Centro de Especialidades de Marabá e o Laboratório Central Mizulan Neves Pereira já estão trabalhando com o prontuário eletrônico.

AÇÕES DO GOVERNO FEDERAL 
Segundo João Salame, na programação do Governo Federal, serão distribuídas 10 mil cadeiras odontológicas, e sobre cirurgias eletivas, a União passou recurso para o Governo Estadual e este repassou cerca de 800 mil à Marabá.
Na próxima semana, o município de Nova Ipixuna vai receber um médico do programa “Mais Médicos Brasil” e Itupiranga, desde o governo passado, há recursos para 2 postos de saúde, sendo que só agora, com a ida de Salame, o montante finalmente já tem data para ser aplicado.











sábado, 21 de outubro de 2017

I NEGRITUDE MARABÁ - Dia 20 de novembro, evento celebra a "Consciência Negra", na Rotatória da Folha 16


















Anderson Damasceno

Acontece no dia 20 de novembro, a partir das 16h, o 1° Negritude Marabá, realizado em celebração ao Dia da Consciência Negra. Um palco será instalado na Rotatória da Folha 16, onde vão ocorrer as palestras sobre o racismo, oficinas com trancistas e turbanistas, além de exposição de arte, música, poesia, dança, fotografia e artesanato.
O encontro é organizado pelo Movimento da Consciência Negra de Marabá, constituído por Samira Prata, Brenda Letícia, Noelma Cristina e Daniela Garcia, e conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Marabá (PMM).
Segundo Samira Prata, idealizadora do evento, o conteúdo do Negritude Marabá é para todos os públicos da cidade, e busca defender princípios e valores como respeito, compreensão, amor e cidadania.
“Nós teremos momentos especiais como o de depoimentos e as apresentações de escolas, com trabalhos direcionados à Consciência Negra”, afirma.
Ainda segundo Samira Prata, também haverá dicas e cuidados para cabelos afros, com Eudiane Vieira, Big Chop, e a participação dos fotógrafos, Júlia Ranieri e Brendo Oliveira, e da maquiadora Pâmela Aragão, bem com amostras de arte com Yanne Mourão.

Na ocasião, haverá uma palestra com o presidente da Comissão de Direitos Humanos, vereador pastor Ronisteu Araújo. E, incrementando a programação, o fotógrafo Lucas Almeida apresentará ao público o projeto “Do normal ao Surreal”.  
O 1º Negritude Marabá conta com o apoio da Igreja do Evangelho Quadrangular (Folha 28), das células, Nazireu e Metanóia, e do Departamento da Juventude. 









quinta-feira, 19 de outubro de 2017

UEMA 2018 – Questões sobre a poesia de Adélia Prado

Nesta postagem, reuni 9 questões que permitem fazer um reflexão significativa a respeito da poesia de Adélia Prado, poetisa mineira que será solicitada no vestibular PAES 2018 - Processo Seletivo de Acesso à Educação Superior, realizado pela UEMA (Universidade Estadual do Maranhão), no dia 22 de outubro. O gabarito está nos comentários. Bom estudo e sucesso pra vocês vestibulandos!

1. Casamento
Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como “este foi difícil”
“prateou no ar dando rabanadas”
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.
PRADO, A. Poesia reunida. São Paulo: Siciliano, 1991.
O poema de Adélia Prado, que segue a proposta moderna de tematização de fatos cotidianos, apresenta a prosaica ação de limpar peixes na qual a voz lírica reconhece uma
a) expectativa do marido em relação à esposa.
b) imposição dos afazeres conjugais.
c) disposição para realizar tarefas masculinas.
d) dissonância entre as vozes masculina e feminina.
e) forma de consagração da cumplicidade no casamento.

2. No texto de Adélia Prado, o eu lírico feminino revela, a partir de suas experiências, que o casamento é
a) frustração e desencanto com o outro.
b) troca paulatina do amor pela subserviência.
c) vínculo baseado na cumplicidade e no respeito.
d) ausência permanente de palavras e ações carinhosas.
e) cárcere onde a mulher é condenada a cuidar do lar.

3.
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Um dos procedimentos consagrados pelo Modernismo foi a percepção de um lirismo presente nas cenas e fatos do cotidiano. No poema de Adélia Prado, o eu lírico resgata a poesia desses elementos a partir do(a)
a) reflexão irônica sobre a importância atribuída aos estudos por sua mãe.
b) sentimentalismo, oposto à visão pragmática que reconhecia na mãe.
c) olhar comovido sobre seu pai, submetido ao trabalho pesado.
d) reconhecimento do amor num gesto de aparente banalidade.
e) enfoque nas relações afetivas abafadas pela vida conjugal.

4. A diva
Vamos ao teatro, Maria José?
Quem me dera,
desmanchei em rosca quinze kilos de farinha
tou podre. Outro dia a gente vamos
Falou meio triste, culpada,
e um pouco alegre por recusar com orgulho
TEATRO! Disse no espelho.
TEATRO! Mais alto, desgrenhada.
TEATRO! E os cacos voaram
sem nenhum aplauso.
Perfeita.
PRADO, A. Oráculos de maio. São Paulo: Siciliano, 1999.
Os diferentes gêneros textuais desempenham funções sociais diversas reconhecidas pelo leitor com base em suas características específicas, bem como na situação comunicativa em que ele é produzido. Assim, o texto A diva
a) narra um fato real vivido por Maria José.
b) surpreende o leitor pelo seu efeito poético.
c) relata uma experiência teatral profissional.
d) descreve uma ação típica de uma mulher sonhadora.
e) defende um ponto de vista relativo ao exercício teatral.

5. Quem não passou pela experiência de estar lendo um texto e defrontar-se com passagens já lidas em outros? Os textos conversam entre si em um diálogo constante. Esse fenômeno tem a denominação de intertextualidade. Leia os seguintes textos:

I. Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
Disse: Vai Carlos! Ser “gauche” na vida
                  (ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964)

II. Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim. 
                  (BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo: Cia das Letras, 1989)

III. Quando nasci um anjo esbelto
Desses que tocam trombeta, anunciou:
Vai carregar bandeira.
Carga muito pesada pra mulher
Esta espécie ainda envergonhada.
                  (PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986)
Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade, em relação a Carlos Drummond de Andrade, por:
a) reiteração de imagens.
b) oposição de ideias.
c) falta de criatividade.
d) negação dos versos.
e) ausência de recursos.

6. Grande desejo
Não sou matrona, mãe dos Gracos, Cornélia,
sou é mulher do povo, mãe de filhos, Adélia.
Faço comida e como.
Aos domingos bato o osso no prato pra chamar o cachorro
e atiro os restos.
Quando dói, grito “ai”.
Quando é bom, fico bruta,
as sensibilidades sem governo.
Mas tenho meus prantos,
claridades atrás do meu estômago humilde
e fortíssima voz pra cânticos de festa.
Quando escrever o livro com o meu nome
e o nome que eu vou pôr nele, vou com ele a uma igreja,
a uma lápide, a um descampado,
para chorar, chorar, e chorar,
requintada e esquisita como uma dama.
                                                                                                Adélia Prado
O poema de Adélia Prado apresenta um eu lírico feminino que explora a inconstância da condição humana. Com base nisso, pode-se concluir que
a) nos dois primeiros versos, a rima provocada pelo contraste dos nomes “Cornélia” e “Adélia” suscita uma relação de similitude.
b) o eu lírico se declara uma mulher simples por meio da enumeração de atos excepcionais como fazer comida e bater o osso no prato para chamar o cachorro.
c) no sexto verso, para que ocorra um afastamento ainda maior do coletivo, o eu lírico diz que “quando dói” grita “ai”, pois não consegue reprimir sua dor.
d) suas sensibilidades são reprimidas e governáveis, pois caracterizam-se como racionais, detentoras de uma lógica da sensibilidade.
e) o eu lírico apresenta uma mulher prosaica, sem fortes traços revolucionários e excepcionais, uma detentora de vivências.

7. Simplesmente amor
Amor é a coisa mais alegre
Amor é a coisa mais triste
Amor é a coisa que mais quero
Por causa dele falo palavras como lanças

Amor é a coisa mais alegre
Amor é a coisa mais triste
Amor é a coisa que mais quero
Por causa dele podem entalhar-me:
Sou de pedra sabão.

Alegre ou triste

Amor é a coisa que mais quero.

 Adélia Prado.
Disponível em: <http://goo.gl/Jl3Ig>. Acesso em: 5 maio 2013.
A obra poética de Adélia Prado é prova de que a poesia não precisa nascer somente do solo duro do eixo Rio-São Paulo. Como poucas, ela sabe resgatar para o seu leitor toda trama cultural e social do piccolo mondo das cidades do interior brasileiro. Pequenas histórias familiares, dramas do dia a dia, tudo isso filtrado pelo seu olhar arguto, resulta em uma poesia extremamente refinada e bela. É aquela famosa história de que, ao tratar de sua aldeia, o poeta está sendo universal. Morando em Divinópolis, Minas Gerais, onde nasceu em 1935, Adélia Prado é uma das mais importantes poetas brasileiras.
Com base no texto e na temática do poema "Simplesmente amor", conclui-se que a autora
a) define o amor sob uma perspectiva lógica, direta e objetiva.
b) considera o sentimento como algo fundamental para sua poesia panfletária.
c) associa o modo de composição do poema ao trabalho do ourives.
d) apresenta uma concepção naturalista e positivista do amor.
e) revela sentimentos e aspectos paradoxais da condição sentimental dos que amam.

8. Ensinamento
Minha mãe achava estudo
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
“Coitado, até essa hora no serviço pesado”.
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.

                                                                                                                               Adélia Prado

O poema “Ensinamento”, entre outros aspectos, versa sobre os relacionamentos humanos, revelando que
a) o amor é uma palavra de luxo por ser escasso na relação familiar apresentada.
b) a mulher é representada por uma figura reprimida, sem acesso ao estudo e subjugada ao marido.
c) o eu lírico aprendeu com a mãe um ensinamento sobre o amor por meio de uma experiência cotidiana.
d) o eu lírico apresenta discordância em relação ao ensinamento da mãe, buscando criticá-la por sua postura submissa.
e) há diferenças entre gerações; no caso, a mãe valoriza o casamento, enquanto a filha preocupa-se com o futuro profissional.

9. Para o Zé
Eu te amo, homem, hoje como
toda vida quis e não sabia,
eu que já amava de extremoso amor
o peixe, a mala velha, o papel de seda e os riscos
de bordado, onde tem
o desenho cômico de um peixe — os
lábios carnudos como os de uma negra.
Divago, quando o que quero é só dizer
te amo. Teço as curvas, as mistas
e as quebradas, industriosa como abelha,
alegrinha como florinha amarela, desejando
as finuras, violoncelo, violino, menestrel
e fazendo o que sei, o ouvido no teu peito
pra escutar o que bate. Eu te amo, homem, amo
o teu coração, o que é, a carne de que é feito,
amo sua matéria, fauna e flora,
seu poder de perecer, as aparas de tuas unhas
perdidas nas casas que habitamos, os fios
de tua barba. Esmero. Pego tua mão, me afasto, viajo
pra ter saudade, me calo, falo em latim pra requintar meu gosto:
“Dize-me, ó amado da minha alma, onde apascentas
o teu gado, onde repousas ao meio-dia, para que eu não
ande vagueando atrás dos rebanhos de teus companheiros”.
Adélia Prado.
Fonte: http://www.poesiaspoemaseversos.com.br/adelia-prado-poemas/#.U8mNS9NOXIU em 17/7/14
O poema de Adélia Prado apresenta uma voz lírica feminina que revela
a) o quanto a mulher é vítima da opressão machista que a impede de amar.
b) uma noção de homem reificado, ou seja, completamente despido da possibilidade de despertar o amor.
c) um olhar desatento sobre a condição masculina, pois ela se mostra impossibilitada de qualificação.
d) uma visão poética, mas referencial, sobre o cotidiano dos homens que habitam as cidades do interior de Minas Gerais.
e) a paixão, a devoção e o carinho que ela sente pelo seu par amoroso, ressaltando suas peculiaridades sentimentais. 

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