Vereadores Miguelito, pastor Ronisteu e Irismar Melo tratam dos desafios para se disponibilizar uma saúde gratuita e de qualidade com diretor do DAE, João Salame |
Anderson Damasceno
Na quinta-feira
última (19), o Diretor do Departamento de Atenção Básica, João Salame Neto,
esteve em reunião com os vereadores de Marabá, para tratar das ações
desempenhadas no Ministério da Saúde. O ex-prefeito de Marabá, esclareceu que a
prefeitura pode pleitear e conseguir recursos do Governo Federal, por exemplo,
para se ter ambulância é necessário pelo menos cinco anos de uso e, assim,
poder trocar.
João Salame
demonstrou grande preocupação com a questão da saúde prisional e destacou o bom
trabalho do mutirão da saúde, realizado recentemente no Centro de Recuperação
Agrícola Mariano Antunes (CRAMMA).
“Daqui uns dias
saberemos o quadro epidemiológico na penitenciária. Foi um plano piloto e
poderá ser aplicado em todo o Brasil”, afirma.
Mais uma
preocupação salientada pelo diretor do DAE é o prontuário eletrônico. Ele defendeu
a informatização dos serviços como imprescindível para o desenvolvimento do
país.
SABATINA
Na primeira
rodada de questionamentos, o vereador Miguel Gomes Filho, o Miguelito,
questionou a situação do Sistema Único de Saúde (SUS) e enfatizou que quer
incentivar o João Salame a se empenhar por Marabá.
“Acho que a
prefeitura está disposta a resolver o que for preciso, em seus planejamentos e
prioridades, para conseguir apoio do Governo Federal”, pontuou.
A vereadora Cristina
Mutran ressaltou o trabalho das equipes de “saúde da família”, que possui
apenas 22 funcionando, mas há 32 aptas a montar. Além disso, a parlamentar disse
ser contra o município ter que fazer novo processo seletivo para agentes de endemias.
Ainda segundo
Cristina Mutran, as cirurgias eletivas demoram ou não acontecem pela falta de
leitos, pois há pouco mais de 80 leitos no Hospital Municipal de Marabá (HMM).
Por sua vez, o
vereador Tiago Koch tratou sobre odontologia. “Se há a possibilidade de ter
posto na zona rural ou pelo menos uma equipe volante”, falou solícito, além de
cobrar ambulância para zona rural e pontuar que os ACS não atendem uma área
enorme na zona rural.
Outro
parlamentar que inquiriu João Salame foi Ilker Moraes, que retomou a questão da
saúde bucal. “Por falta de equipamento, há um monte de profissionais que estão
ociosos e custam aos cofres de Marabá cerca de R$ 200 mil por mês. Também é
preciso que, em lugares estratégicos da zona rural, de 2 a 3 postos de saúde
sejam construídos”, notou.
Respondendo a
Miguelito, João Salame disse que é de pleno acordo sobre o SUS. “Apesar de tudo
que se diz, o sistema de saúde do Brasil é melhor que o dos EUA. O Obame Care é
um fracasso”, acertou.
Sobre a unidade
odontológica móvel, Salame ressaltou que há um custo de manutenção, portanto,
cabe ao prefeito Tião ver se quer. E, a respeito dos agente de saúde, o
ex-prefeito de Marabá pontuou que há 213 profissionais “em estoque”, basta
contratar, sendo que já existem mais de 300 contratados.
UPA
A vereadora,
Irismar Melo, ao lado do vereador pastor Ronisteu Araújo, congratulou João
Salame pelo importante encargo no Ministério da Saúde, e procurou saber sobre a
Unidade de Pronto Atendimento (UPA), situada no Bairro Amapá.
“Segunda-feira
de manhã vamos ter uma reunião. Está sendo feita uma análise técnica do prédio
da UPA. E gostaríamos de saber se o valor de R$ 650, é garantido pelo ministro
Ricardo Barros, para UPA do tipo 3?”, inquiriu.
Sobre a UPA,
João Salame afirmou que o ministro já arrumou R$ 650 mil para equipamentos e
que o debate acerca dessa unidade de saúde deve ser aberto de novo e envolver o
governo do Estado.
Ainda sobre a
UPA, Salame disse que há um dilema em Marabá. Ou a prefeitura devolve quase R$
2 milhões em parcela única, que é uma determinação do Tribunal de Contas da União
(TCU), ou, como o prédio é enorme, pode-se pegar um bloco e botar para
funcionar como UPA tipo 1 ou 2.
“O que o
governo determina é que se pegue um bloco para funcionar. O Ministério da Saúde
já deve ter enviado uma notificação cobrando o posicionamento do prefeito. Mas,
como eu disse, é o prefeito atual quem decide”, destaca Salame.
A diretora de
média e alta complexidade da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Dármina
Duarte, explicou que o concurso público é uma exigência do Governo Federal, a
fim de se angariar recursos para a manutenção do serviço público.
Dármina Duarte
também informou que a prefeitura possui 368 Agentes Comunitários de Saúde (ACS)
e que o HMM e HMI chega a atender os 700 mil habitantes, oriundos das cidades no
entorno de Marabá.
A diretora
informou ainda que, sobre os dentistas, abriu-se licitação dos materiais
odontológicos e as empresas demoraram muito a responder. Contudo, em cerca de
10 ou 15 dias, os dentistas estarão trabalhando. E, quanto a implantação do
serviço de pediatria no HMI, a prefeitura já está agindo em parceria com o deputado
federal, Beto Salame, e com João Salame.
E, no quesito
informatização dos serviços, o Centro de Especialidades de Marabá e o
Laboratório Central Mizulan Neves Pereira já estão trabalhando com o prontuário
eletrônico.
Segundo João
Salame, na programação do Governo Federal, serão distribuídas 10 mil cadeiras
odontológicas, e sobre cirurgias eletivas, a União passou recurso para o Governo
Estadual e este repassou cerca de 800 mil à Marabá.
Na próxima
semana, o município de Nova Ipixuna vai receber um médico do programa “Mais Médicos
Brasil” e Itupiranga, desde o governo passado, há recursos para 2 postos de
saúde, sendo que só agora, com a ida de Salame, o montante finalmente já tem
data para ser aplicado.
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