Na quinta-feira última (5), o Conselho
de Defesa dos Direitos da Mulher (COMDIM) promoveu uma manifestação pública,
contra a recorrente violência que tem vitimado as mulheres, em Marabá e região.
Em parceria com a Coordenadoria da Mulher e o Fórum de Mulheres, as autoridades
e representantes da sociedade civil organizada realizaram uma passeata, na
Marabá Pioneira, de mãos dadas com as comunidades do espaço urbano e rural da
cidade.
O ponto de partida foi a Praça do
Palacete Augusto Dias (antiga Câmara Municipal), onde a presidente da
Coordenadoria da Mulher, ex-vereadora Julia Rosa, e o bispo diocesano, dom
Vital Corbellini, agradeceram aos populares que compareceram no ato de protesto
à escalada de violência.
A Câmara Municipal de Marabá
(CMM) participou da manifestação com a presença das vereadoras, Irismar Melo,
Priscila Veloso, Cristina Mutran, e dos assessores dos vereadores pastor
Ronisteu Araújo, Cabo Rodrigo, irmão Morivaldo, irmão Edinaldo e Ray Athie.
Segundo a vereadora, Irismar
Melo, essa passeata é uma forma de cobrar o devido respeito às mulheres.
“Nos últimos anos, avançamos
muito na questão jurídica de defesa da mulher. Porém, é necessário que isso
seja executado. Nossa luta não é uma aniquilação contra homens, o que queremos
aniquilar é a violência. Que prevaleça o respeito e amor”, defendeu Irismar.
Para uma das organizadoras da
marcha, advogada Claudia Chini, um dos culpados pelo clima de insegurança é o
governador do estado, Simão Jatene.
“Também é importante que os
vereadores de Marabá abram o caminho, como fiscais do executivo, e cobrem a
estrutura para o funcionamento da Coordenadoria da Mulher de Marabá”, afirma.
Na ocasião, houve uma sessão de
depoimentos ao ar livre.
Mães e familiares comunicaram ao
público o duro sofrimento de quem já perdeu filha, irmã, mãe, amiga ou colega
de trabalho para crimes hediondos. “Estou aqui para pedir justiça, para que
esse homem não saia da cadeia. Ele não pode passar só cinco anos lá e depois
sair no natal ou na páscoa. Eu nunca mais terei natal ou páscoa com a minha
filha”, cobra a mãe de Dara Vitória Alves da Silva, de 16 anos, assassinada no
final de agosto.
Além disso, as crianças de
escolas do município entoaram coros reivindicando paz e justiça.
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