O show do pastor André
Valadão na última quarta-feira, 3 de abril, levou milhares de milhares de
marabaenses, e moradores de cidades vizinhas, até a Orla Municipal na Marabá
Pioneira. Louvar a Deus, nada é melhor. O evento estava fazendo parte do
calendário comemorativo de Marabá em seu primeiro Centenário. Podemos encontrar
algumas coisas prazerosas nesse acontecimento.
Essa celebração sinaliza o
quanto a fé em Jesus está presente na vida de tantas e todas essas pessoas.
Acredito também que isso
expressa a força da cristandade nessa cidade. E, por esta ser referencial na
região sul e sudeste do estado do Pará, posso eu deduzir que a fé cresceu por
aqui. As populações oriundas de cidades vizinhas devem estar se rendendo ao
amor de Cristo.
Outra questão animadora foi
o clima adorável e muito atraente que se formou durante as horas que se deu a
festa. Desde o início com Mylla Karvalho, cantora gospel benquista e largamente
conhecida nessa região por suas músicas e testemunho de vida, tudo aconteceu
debaixo da graça e da presença do Espírito Santo.
A bem da verdade, estou
citando somente as duas apresentações destaques da noite. Isso não indica que
as demais apresentações não foram belas, nem dignas de receber reconhecimento. Muito
pelo contrário.
E mais. Há mais razões para
elogiarmos o que aconteceu na vida das pessoas que realmente foram ali pra
adorar a Deus, que nos preocuparmos com quem passou naquele palco. Afinal,
tinha mais pecadores em baixo que em cima. Não fica difícil saber que classe
estava precisando mais ouvir as mensagens em cada canção.
Tenho apenas duas questões
desconfortantes. Elas são o suficiente pra me deixarem inquietos.
Primeiro, a maior parte dos
artistas convidados não professam uma fé cristã genuína. Pelos menos não
abertamente. Inclusive suas músicas facilmente abordam filosofias e defendem
comportamentos que afrontam a verdade e a santidade de Deus. O que deixa claro
o quanto precisamos evangelizar mais o nosso próximo. Um próximo que se chama
povo de Marabá.
A missão em levar o
Evangelho de Jesus ainda não completou 30% da população de Marabá. Prova disso,
é que não poucas pessoas que estavam lá entoando louvores a Deus, do mesmo modo,
foram no dia seguinte cantar no show do Djavan, ou, no do Cesar Menotti e
Fabiano, nesta sexta-feira, 5 de abril. Não podemos nos acomodar.
Segundo problema. Os camarotes
deixam claro que os representantes da maior parte da sociedade, os políticos,
fazem diferenciação entre o tipo de gente que mora em sua cidade.
Cada cidadão eleitor que
ficou de fora e não pôde usufruir da comodidade dos camarotes deveria se
questionar por que as coisas funcionam assim. Se todos não podem, então ninguém
pode. Poderia ser simples assim, hum?
O camarote certamente é mais
confortável, e quem tinha o direito de usar aquele espaço, ganhou esse direito
por qual motivo? Compreendo que a classe empresarial da cidade bancou
cemporcentamente cada um dos artistas convidados.
Agora, quem arcou com as despesas
dos camarotes, am?
O único show do centenário
de Marabá que realmente me chamou a atenção. Infelizmente, estar com Jesus não
significa que vamos encarar injustiças poucas vezes na vida.
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