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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Shows do Centenário - Só um gospel!


O show do pastor André Valadão na última quarta-feira, 3 de abril, levou milhares de milhares de marabaenses, e moradores de cidades vizinhas, até a Orla Municipal na Marabá Pioneira. Louvar a Deus, nada é melhor. O evento estava fazendo parte do calendário comemorativo de Marabá em seu primeiro Centenário. Podemos encontrar algumas coisas prazerosas nesse acontecimento.

Essa celebração sinaliza o quanto a fé em Jesus está presente na vida de tantas e todas essas pessoas.
Acredito também que isso expressa a força da cristandade nessa cidade. E, por esta ser referencial na região sul e sudeste do estado do Pará, posso eu deduzir que a fé cresceu por aqui. As populações oriundas de cidades vizinhas devem estar se rendendo ao amor de Cristo.   
Outra questão animadora foi o clima adorável e muito atraente que se formou durante as horas que se deu a festa. Desde o início com Mylla Karvalho, cantora gospel benquista e largamente conhecida nessa região por suas músicas e testemunho de vida, tudo aconteceu debaixo da graça e da presença do Espírito Santo.
A bem da verdade, estou citando somente as duas apresentações destaques da noite. Isso não indica que as demais apresentações não foram belas, nem dignas de receber reconhecimento. Muito pelo contrário.
E mais. Há mais razões para elogiarmos o que aconteceu na vida das pessoas que realmente foram ali pra adorar a Deus, que nos preocuparmos com quem passou naquele palco. Afinal, tinha mais pecadores em baixo que em cima. Não fica difícil saber que classe estava precisando mais ouvir as mensagens em cada canção.
Tenho apenas duas questões desconfortantes. Elas são o suficiente pra me deixarem inquietos.
Primeiro, a maior parte dos artistas convidados não professam uma fé cristã genuína. Pelos menos não abertamente. Inclusive suas músicas facilmente abordam filosofias e defendem comportamentos que afrontam a verdade e a santidade de Deus. O que deixa claro o quanto precisamos evangelizar mais o nosso próximo. Um próximo que se chama povo de Marabá.  
A missão em levar o Evangelho de Jesus ainda não completou 30% da população de Marabá. Prova disso, é que não poucas pessoas que estavam lá entoando louvores a Deus, do mesmo modo, foram no dia seguinte cantar no show do Djavan, ou, no do Cesar Menotti e Fabiano, nesta sexta-feira, 5 de abril. Não podemos nos acomodar.
Segundo problema. Os camarotes deixam claro que os representantes da maior parte da sociedade, os políticos, fazem diferenciação entre o tipo de gente que mora em sua cidade.
Cada cidadão eleitor que ficou de fora e não pôde usufruir da comodidade dos camarotes deveria se questionar por que as coisas funcionam assim. Se todos não podem, então ninguém pode. Poderia ser simples assim, hum?
O camarote certamente é mais confortável, e quem tinha o direito de usar aquele espaço, ganhou esse direito por qual motivo? Compreendo que a classe empresarial da cidade bancou cemporcentamente cada um dos artistas convidados.
Agora, quem arcou com as despesas dos camarotes, am?   
O único show do centenário de Marabá que realmente me chamou a atenção. Infelizmente, estar com Jesus não significa que vamos encarar injustiças poucas vezes na vida.  

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