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segunda-feira, 22 de abril de 2013

UFPA CALOURADA 2013

Banca recepcionou com palestra os novos acadêmicos

A Calourada 2013 foi realizada pela Universidade Federal do Pará (UFPA), no Campus I de Marabá, durante a noite de sexta-feira última (19). O tradicional evento recepcionou os vestibulandos que tiveram sucesso nas duas fases do Processo Seletivo, promovidas em 2012. Os calouros receberam as boas vindas por parte de professores e coordenadoria da instituição, sob as acomodações do auditório.
Parte dos cursos superiores iniciarão já no primeiro período letivo de 2013. Vale lembrar que devido à greve de professores e técnicos no ano passado, o calendário letivo de 2012 foi encerrado no último dia 10 de abril.
No correr da programação, os professores da UFPA, Fernando Michelotti e Vanderlei Padilha, explanaram sobre os atuais desafios da universidade, a política institucional e o papel do estudante no nível superior.
Segundo Fernando Michelotti, vice-coordenador dos Campi I e II que em março venceu as eleições pela Chapa Transformação, os acadêmicos que ingressam hoje vivem um período de transição, em virtude da criação da Unifespa – Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará.
“Eles estão fazendo parte da criação de uma universidade popular. Há um rol de coisas que temos de construir. Nosso modelo pedagógico vai depender de nossa capacidade de inovar, para de fato nós internalizarmos a pesquisa e a extensão. E não ficarmos só naquele negócio de pegar a aula e ir embora pra casa”, afirma Michelotti.
O coordenador explica que a qualidade do curso superior, até então, forma pessoas que, acumulando excessos de conteúdos científicos, pouco os utilizam para modificar a realidade circundante.
De acordo com Vanderlei Padilha, professor que também atuou na chapa Transformação, os alunos estão ali para saber como as coisas vão se desenvolver.
“É satisfatório saber que temos uma possibilidade ímpar de construir uma nova universidade, de avançarmos na construção de uma rede de ensino superior aqui na região. E que seja determinada pela iniciativa pública, fazendo parte de um projeto de interiorização. Pois a Unifespa vai atender mais quatro municípios”, nota Padilha.
Assistência – Outro assunto abordado na palestra tem a ver com os investimentos voltados à Assistência Universitária, com base na política da UFPA em Belém.
Michelotti detalha que boa parte dos recursos é destinada ao restaurante universitário no Campus da capital do Estado, o conhecido RU, que atende uma parcela dos estudantes.
“Mas isso consome uma verba enorme da assistência estudantil, que acaba ficando centralizada em Belém. Pois, não é descentralizada para os Campi. E a outra parte que não é consumida no RU de Belém, ela é feita por meio de edital. A PROEX assumiu uma postura de fazer tudo por edital e por bolsa. Só que essa lógica dos editais é extremamente complicada”, observa Michelotti.
A complicação acontece, ainda segundo Michelotti, porque os editais de bolsa, moradia e alimentação são feitos antes do semestre começar. Desse modo, quando os calouros chegam, o período dos editais já encerrou.
“Esse desajuste prejudica o aluno. Ele só vai concorrer no segundo semestre. É muito ruim a forma que a PROEX tem tratado esses recursos”, pontua o vice-coordenador, explicando que essa lógica se estende ainda aos professores, criando uma relação de competitividade antiquada, sem espaço para discussões democráticas.  
Melhorias – Ainda conforme Padilha, a gama de melhorias potenciais é imensa, se consideradas as oportunidades que a Unifespa traz consigo. Isso, dentro de uma perspectiva à médio prazo.  
“Eu lembro que durante a campanha no semestre passado, vimos alguns alunos muito chateados. Dizendo que o diploma não vai ser mais da UFPA, que agora vai ser da Unifespa. Gente, isso é perfumaria! Porque, o concreto é que a Unifespa, por pior que seja, ela vai ser muito melhor que esse Campus de Marabá”, defende Padilha.
Padilha entende que, com o fato de se ter recursos diretos, além da possibilidade de gerir e decidir internamente, na estrutura da Unifespa, os ganhos vão refletir diretamente na qualidade do ensino superior.
“O Campus de Marabá tem uma relação mais intensa com os movimentos sociais. E tem uma perspectiva de ser um pouco mais à esquerda do que o Campus de Altamira, por exemplo. Pois temos uma capacidade de debate e diálogo, um espaço democrático, para fazermos a constituição de uma universidade que esteja muito próxima daquilo que a gente idealiza”, cita.  




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