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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

TRANSPORTE COLETIVO - Após apreensão de 15 ônibus, empresas vivem nova crise



















A Nasson – empresa que atua no transporte público urbano de Marabá, já entrou com ação na Justiça do Estado de São Paulo, para reverter a liminar que determinou a apreensão de 15 veículos - utilizados no transporte de passageiros em Marabá -, ato que teve efeito no último sábado (16). Embora a empresa não tenha informado à população local o porquê dessa apreensão, há rumores de que uma dívida com o financiamento destes veículos teria provocado o fato. E caso a empresa perca, ônibus de Anápolis (GO) seriam a solução para amenizar a vida dos usuários de ônibus coletivo.
Na tarde de ontem (21), ocorreu ainda a reunião do Conselho Municipal de Transporte a fim de resolver esse quadro problemático. 
Segundo José Elias, coordenador de tráfego da Nasson, não há uma data segura para o retorno dos veículos apreendidos. Mas a empresa estudou uma nova logística para atender aos passageiros.
"A ação da empresa foi imediata para evitar que a população fosse prejudicada. Os ônibus reservas foram colocados em uso, o itinerário foi reorganizado e dividimos o horário. Agora, o motorista que começava às 14h vai iniciar às 12h", pontua.
De acordo com Gilberto Soares dos Santos, o “Beto Jamaica”, que é membro do Conselho Municipal de Transporte, o povo já está sendo prejudicado. Contudo, ele revelou que a Nasson assumiu o compromisso de manter nas ruas os ônibus que eram tirados de linha, após os horários de pico, mantendo mais de 80% da frota.
"Estamos acompanhando isso. A empresa disse ainda que já colocou em prática o plano A, que é recorrer em São Paulo para ver se reverte essa situação. O plano B será, talvez, trazer veículos de Anápolis para cá", relata.
No Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU), o coordenador de transportes, Rogério Matias, considerou que não existe um número de quantas pessoas precisam do transporte coletivo em Marabá, porque esse levantamento está sendo atualizado, e colocou em relevo que Marabá já deveria ter um novo modelo e infraestrutura no serviço de ônibus coletivo.
"Ter 70 carros e um terminal de integração, coisa que ainda não existe. Hoje, há apenas 63 e o terminal velho. A gente fica solidário com a situação que a Nasson e os trabalhadores passam. Mas eles tem que resolver", enfatiza.
Matias detalha ainda que o encontro do Conselho Municipal de Transporte, que congrega representantes da comunidade, associações de taxistas e mototaxistas, bem como o DMTU e as empresas Nasson e RTCM, deve chegar a um acordo. 


Passageiro sofre com demora, superlotação, precariedade e também falta de acessibilidade
Adriele Souza (à esq.), de 16 anos, mora no Bairro
da Paz, e passou para Direito na Unifesspa. Ela
questiona demora e já imagina maiores
obstáculos na vida universitária.
Para a doméstica Silvanilda dos Santos, pegar o ônibus do bairro onde ela mora - Independência - mostra que as medidas da empresa mudaram pouco o cenário. "Não está tão bom assim, não. Melhorou um pouquinho", opina.
Já Bruna Pardim, de 19 anos, que coordena o movimento de Crespas e Cacheadas em Marabá, afirma que problemas com superlotação e falhas nas máquinas de passar o VT Card são constantes.
"Às vezes, também demora muito para detectar o cartão. Sem falar na falta de ônibus aqui para o São Félix, principalmente, nos finais de semana. É pouco fluxo de ônibus para ir à Cidade Nova", afirma, questionando se isso vale pagar a passagem inteira.
Por sua vez, Dáleth da Silva Souza (18) cita outros problemas. Ela utiliza o serviço para ir de casa à escola e vice-versa, da Folha 12 para a Folha 32, e questiona não apenas a demora, que provoca veículos muito cheios, mas a precariedade deles, com muita cadeira quebrada, bem como os botões de pedir parada já não prestarem, nem mesmo as cordinhas. "Então, tem que gritar para o motorista poder parar", relata.
Por fim, o estudante Breno Rocha de Carvalho (19) destaca que não existe nenhum informativo sobre o horário das linhas e o quanto as pessoas especiais sofrem mais que outros usuários. "Os ônibus estão quase sempre lotados, nos horários de pico a situação piora. Vou da Nova Marabá para a Velha Marabá e Cidade Nova, mais mesmo para a cidade velha por conta do cursinho, e passear na orla. Tem também a questão da acessibilidade. Já vi portadores de necessidades físicas ficarem no ponto por conta do elevador do ônibus estar com defeito", defende.

2 comentários:

  1. CADE OS CALOUROS DO COLÉGIO ADVENTISTA DE MARABA??????

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    1. Não faço parte do CAM desde 8 de janeiro, data anterior a todos os resultados de vestibulares. Não acompanhei. Não posso responder. Agora, usando uma lógica mínima, as fotos de alunos na frente da escola - pelo menos as que estavam até então, são de alunos meus, que tive o prazer de ver tendo o sucesso de passar - se eles passaram, este ano não deve ter sido diferente.

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