NACIONAL ENERGY

sábado, 23 de setembro de 2017

POEMA - É dia (Anderson Damasceno)


Um sussurro e era Deus.
O que fizeram com o amarelo?
O Brasil é aquarela e vivemos nela,
Mesmo assim aquela alma amiga,
Aquela alma vizinha, a alma parente,
A atriz admirada, a desconhecida no noticiário,
A do cantor em tempos
Admirado, recentemente numa forca,
Deixando esposa, filhos...  
Como o amarelo, ele também estava one step closer?

Sim!
Todos estavam e uns outros mil estão.

Bem, é dia, e só você acordou.
E quem te faz falta poderia não estar fazendo agora.
Foi morte solitária e pode ser que é nessa solidão,
A resposta, para nós que não estamos sós.
Se achegue...
Compre um abraço, pague um preço.
Ame enquanto estão do seu lado,
Brancos, negros, pardos, amarelos.
Fale fora horário, quando menos se espera,
Fora da mecânica, fora da rotina.
Fora do teatro, fora da agonia.
É a palavra amiga, a voz presença,
Que poderá curar daquele primeiro amarelo,
Todos nós que também passamos pela doença,
De ver que amores e amigos morrem
E parece não sentirmos pena.
Qual é a diferença de quem foi à força
Para quem não sente que toda vida vale a pena? 

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