POEMA - Pelos pés dela (Anderson Damasceno)
Aos poucos, na vida,
Vamos nos conhecendo,
Vamos nos parecendo,
Eu a ela...
Ela a mim...
E aos poucos,
Fomos nos pertencendo,
E em mim,
Mais dela ficando,
E nela,
Mais de mim.
Eu me sinto rico, sabia?
Parece que mais uma semente você planta,
No meu coração.
É como se a cada momento,
Compartilhando da vida,
Você e eu estivéssemos montando,
Juntos,
Rico de fotos de pés no banheiro!
O quebra cabeça de nossas vidas.
E aos poucos,
A imagem vai ganhando uma forma.
Que lindo!
Cabe num poema.
Eu te amo!
Sei que às vezes é uma forma
Que vai perecendo,
E vai parecendo com um desenho de dor.
Espero te fazer tão bem como você me faz.
Mas depois,
Vai nos surpreendendo:
Pelo poder poder do inacabado.
Sim!
Pelo poder das peças que faltam,
Em nosso quebra-cabeça.
Pelo poder
Do poder ser remontado.
E vai montando,
Tudo que parecia errado,
Tudo que parecia um desmonte.
Vai montando o quanto de nós dois,
Numa certa quantia,
Valor que ninguém dita,
Valor que é da vida,
Da que nos perdemos e nos pertencemos,
E da que não se sabia.
E da que tão só se sentia,
Pelo poder dos teus pés
E do amor,
Que nunca morria.
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