NACIONAL ENERGY

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

POEMA – SUBSERVIVA

 POEMA – SUBSERVIVA (ANDERSON DAMASCENO) 


Suas mãos (não) são mudas.

 

Na conta do poeta moram humanidades,

Há muito domesticadas pela ideologia.

Nela, já chove(ra)m tantas fragosidades

Que inunda(ra)m seus descaminhos.

E com uma colher de disruptura –  

E não disruptiva –

É que venho denunciar todos os sinos.

 

Subserviva na pele

Para quem silencia os ninhos,

Criadouros em contato com a neve

Gestando quem ama pensar sozinho.

Enfrentando a fé do alcoólatra em verve

Iludido pelos sinos dos amigos.

É com mão dura que se escreve

O antigolpe nos marabaenses fofinhos.

 

Apoderados da máquina que tece

O jornal de muitos dos-sem-destino.

Holofotes sobre os oásis

De quem monopoliza com dedos finos.

A grita fina nas páginas

Mata aos poucos seus não meninos.

Vendem em co(u)ro a subserviência dos que agem

Sob a prática do mal ensino.

 

Pregado com pompas –

Umas sacanagens –

Que tanto ganham admiração do desdivino,

Povo bêbado da plêiade dos bem logrados,

Que causam na High Society adicta de mimos.

Gente que precisa de retomada,

Download do bom divino,

Pra nascer de novo a irmandade,

A tradição contra todos os crimes.

 

Pregam a subversão,

Procriam o subservivo.

Poetam sua esquerda Nação,

Anulando o direito ser vivo.

Pálidas de delitos as mãos

Que batem palmas no Legislativo.

Dominam a falsa acusação

Acusando quem critica seus sinos.

Fora do útero calam o povão

Que querem os subservivos nascidos.


Trago a pá de cal,

Trago a cor do cimento,

Para vos dar sinais de passado hostil,

Para falsearem futuros tormentos.

A poesia que prometeu incendiar o país

Também terá seus maus momentos,

Colhendo a paga de seus sinos,

Pela colher dos subservivos talentos.


Vozes que foram abaixadas,

Seres subnivelados,

Vivos ainda não nascidos

Com força na arcada dentária.

Vencerão os cegos,

Perante o deus desconhecido,

Derrubarão os areopagitas da saga insana,

Na pós-modernidade.

Cultuadores dos túmulos do multiculturalismo,

Não viemos para sua escuridade.  


Nenhum comentário:

Postar um comentário