Após longa manhã de trabalho, que iniciava a
segunda-feira de uma semana pacata, um amigo — por quem nutro admirável amizade
— ficou preso no local de seu ofício. E por quê? Por causas naturais. Por causa
da forte chuva que banha nossa Marabá de novembro.
Impossibilitado de ir para casa, pois as águas se
desataram próximas ao horário de almoço, ele se viu atado não pelas mãos, nem
pelos pés, mas atado pelo céu desatado.
Sem uma bela capa que lhe estivesse disponível — não a
capa do Batman, mas, sim, a de chuva — julgou e optou por ficar na sala onde
desempenha seu trabalho cotidiano. Afinal, o banho forçado era bem menos
agradável que perder alguns minutinhos de seu justo e bendito horário de
almoço.
Ele esperava que o céu voltasse a abrir seu azul fino
e convidativo. Contudo, meu caro amigo, o trabalhador paciente desta crônica,
permaneceu resoluto, seguro e bem sequinho. Afinal, mais valia o corpo com
temperatura ambiente do que chegar em casa empapado pela torrente que, por ora,
animava o firmamento.
Findo o ciclo do fenômeno natural, o dia voltou a
ganhar a carinha de uma tarde desbotando fria. Infelizmente, o horário de
almoço já havia passado. E agora? O jeito foi comer por ali mesmo, abancando-se
novamente — só que, agora, aguardando o pedido de um iFood.
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