CONGRESSO ESTADUAL DE JOVENS QUADRANGULAR

CONGRESSO ESTADUAL DE JOVENS QUADRANGULAR
O Congresso Estadual Setorizado de Jovens "Mais de Deus" está chegando para transformar corações nos dias 18 e 19 de julho de 2025. O evento, organizado pela Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), campos 158 e 337, será realizado na região e contará com uma programação especial.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Um equívoco bem vindo. Minha primeira análise de um poema de Cora Coralina.

POEMINHA AMOROSO (Cora Coralina) 


Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo..."

UM BREVE OLHAR DESILUDIDO E CAPICIOSO SOBRE O POEMA ACIMA:

A única tensão presente neste poema – e por que não chama-la conflito do belo – é a premissa de que o poema oferecido fará com que a amada possa “entender o amor” desse eu amoroso. E aqui me atenho a duas questões – que apesar das considerações feitas a seguir, logo se tornam obsoletas diante de uma terceira. Penso que esta acaba com todo o interesse desse poema infelizmente.
Primeiramente, trabalhar a ideia de que o amor da relação homem-mulher é algo “intendível”, inteligível, abalizado pela razão, realmente nos leva a um confronto prazeroso. Sobretudo, porque crê-se que não é só a ideia de amor, mas de que uma atitude objetiva resulta na compreensão de que se é amado por outrem. Ou seja, um fato material que toma corpo através do ato de um ser amoroso produzir o poema amoroso, que elogia e cultua a mulher, levando esta a sentir o amor. Parabéns por tratar disso.
Mas, vamos a mais um apontamento. O clima do confronto e do alto nível estético que paira no poema é alavancado pela possibilidade. Digo, o poema que a mulher recebe “pode” ou é feito para que ela “possa entender o amor. Estamos pisando então no terreno da não garantia, da excitante possibilidade de realizar algo apoteótico com a verdade, sentimento ou objeto de troca entre os seres a que chamamos amor.
Enfim, sendo sucinto e já me sentindo deleitado pelo caminho que esse poeminha amoroso toma (parte dele, é claro), caio aqui no abismo da decepção absoluta.
O terceiro ponto é, pondo em relevo o verso: “te deixará pasmo, surpreso, perplexo...”, entendemos o eu-lírico não é de um homem para uma mulher. Trata-se do contrário. Ou, então, infere-se que seja uma relação homossexual. Obviamente esta.
Só que a perdição que me rouba o gozo neste poema não são sequer estas inversões... Nadinha disso. Isso é merdinha!
A perdição que sentencia a todos os leitores está no fato de que, no fim de contas, o eu lírico ajuíza que “não importa”. Isso mesmo. Eis a defenestração de todo prazer de quem o lê. Sim, o ser que cultua e ama no desencaminha para o lado de que não importa que o outro “entenda o amor” ou que “possa entender o amor”.
E, pra cagar de vez com o já sensabor passo que o leitor-fruidor deu na queda dramática, apontada nos dois pontos iniciais desta crítica, o eu lírico transpõe a realização do amor – que indubitavelmente necessita do outro, do ser amado para se realizar – para a simples dimensão do versos no papel. Nem vou entrar no arrependimento meia-boca que aparece nos últimos três versos, porque, o cara que lê morre muito antes de chegar lá. Aff! Que saco! Morra diabo!
Isso foi só uma possível interpretação. Ok, gente?! kkkk 
(Chamo equívoco bem vindo porque encontrei esse poema sem a autoria em um cyber e deixei minhas reflexões perquiri-lo. Só depois descobri que pertencia à renomada Cora Coralina. Fazer o quê!? Deu nisso aí! Aliás, ainda teve o equívoco de eu interpretar como se o eu lírico fosse masculino! kkk) 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

PÓS TRAGÉDIA - A vida não se constrói como as coisas!

Após a tragédia protagonizada por um condutor displicente, que derrubou vários postes no Bairro Bom Planalto, núcleo Cidade Nova – vitimando um pai de família que conseguiu livrar a filha dos fios elétricos – uma empresa prestadora de serviço à Rede Celpa passou a maior parte do último domingo (30) reconstruindo os estragos. Os postes tombados foram substituídos e o fornecimento de revitalizado. 
Os moradores daquele espaço ficaram chocados com o acontecido e passaram a se preocupar com os postes próximos de suas casas.
Segundo o morador da Avenida Sudoeste, Edilson Paiva, embora o poste em frente de sua casa fique a algumas quadras do local de maior impacto nesse incidente, ele acredita que o poste ficou instável. “Basta a gente empurrar um pouco com a mão que o poste balança fácil. A gente quer saber se vão mudar os daqui também. E tem muitos lugares aqui no bairro que eles estão moles”, afirma o morador.
Paiva entende que não é só na Travessa Nossa Senhora da Conceição e na Sudoeste que foi afetado. É exatamente neste ponto onde o condutor passou com a caçamba, irresponsavelmente, sem considerar a altura dos fios, pois, seu veículo carregava uma retro-escavadeira, e além da vítima fatal, outras ficaram feridas.

De acordo com os membros da família Mendes, que perderam o parente, o condutor prejudicou não só a vida de uma família, mas destruiu a própria ao cometer o ato. 
A fiação desse poste, vias Sudoeste e Nª Sra. Aparecida,
também sofreu o abalo. 




sexta-feira, 28 de junho de 2013

VALE recebe protesto nos trilhos do Bairro da Coca-Cola.

O grupo “Movimente-se” realizou na tarde de ontem (28) o 3º ato da onda protestos, iniciados em Marabá. A concentração começou por volta das 16h sob as dependências da Praça da Criança, largamente conhecida como “Praça do foguete”, no Núcleo Nova Marabá. (Ver vídeo) 
Durante o terceiro ato de reivindicação, o professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Wanderley Padilha, frisou novamente os objetivos desse protesto e algumas conquistas já alcançadas:  

“Nós não queremos a privatização do Hospital Municipal de Marabá. Isso é o que está acontecendo nos hospitais a nível nacional. Nós queremos é mais recursos na saúde. Queremos mais gestão controlada pela população, através do conselho de saúde. Tem uma praticamente eleito e retirado da Conferência Municipal de Saúde. Nós queremos ainda a construção de escolas nos setores onda moram a população mais pobre  dessa cidade, que são nas ocupações urbanas, nos setor rural, pra poder dar um atendimento escolar para os filhos dos trabalhadores. Essa Manifestação é parte das duas outras que foram construídas e, possivelmente, é parte das próximas que virão. A nossa luta segue. O movimento se organiza assim”.
Também participando do 3º ato, o professor do Instituto Federal do Pará (IFPA), Ribamar Ribeiro, enfatizou o caráter da luta:
“Vamos manter a mesma raça, a mesma fibra da última quinta-feira(20) e da terça-feira(25). Vamos seguir firme. O movimento continua e temos que garantir os compromissos de pelos a três pautas que foram feitas. Vamos manter a luta.  O que garante nossa energia aqui na rua é a disposição de termos uma pauta firme, por direitos em Marabá. Eu acho que não é momento de desanimar. E sim de incorporar essa energia aqui na rua, e continuar a luta. Se a polícia está aí é porque ela tem medo da presença do povo na rua. Vamos às ruas!”. 
Após isso, a turba de manifestantes partiu rumo ao trilhos da mineradora Vale do Rio Doce, que cortam o Bairro Nossa Senhora Aparecida – o famigerado bairro da “Coca-Cola” – com gritos de protesto. Entre eles, os mais notados foram: “Vem... Vem... Vem pra rua vem!” e “Dois reais, ninguém aguenta. Eu quero é um e oitenta!”.
Cantarolando algumas das marchinhas de resistência, endereçadas à mineradora, um membro do movimento, Edilson Gondim, maestrou no carro de som: “Mamãe, eu quero! Mamãe, eu quero! Mamãe eu quero lutar. Me organizando, me organizando, me organizando pra essa Vale eu derrubar!”. 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

MST continua na onda de protestos

Membros do Movimento do Sem Terra (MST) fecharam algumas rodovias nesta manhã de quinta-feira (27), em protesto ao Governo Dilma, exigindo a solução para a questão da Reforma Agrária. Soma-se a isto, as reivindicações do movimento contra a horda de corruptos que continuam nas instituições políticas do país, sobretudo, em Brasília. 
O fato ganha forças em face dos milhares de manifestações correntes em todo o brasil.
Segundo as informações do MST, todo o sul do Pará, onde houver assentamento, as estradas e rodovias permanecerão interditadas por tempo indeterminado. 
No mínimo um total de 5 localidades já estão promovendo semelhante protesto.
Entre as vias bloqueadas, está a BR-155 à altura do Assentamento Helenira Resende. Neste ponto, centenas de condutores, tanto com carros de passeio quanto caminhões de empresas, ficaram estacionados.
De acordo com uma passageira, que tinha partido de Marabá no despontar do dia rumo ao município de Santana do Araguaia, a alternativa escolhida pelos motoristas daqui foi retornar o caminho. 
Em parte das faixas, que comunicam uma torrente de críticas ao tratamento que o Governo Federal dá ao povo do campo, encerrava-se o seguinte protesto: “FIM DO CAPITALISMO! A vida em primeiro lugar!”. Ainda na faixa, é visível um símbolo de proibição à Mineradora Vale do Rio Doce.








quarta-feira, 26 de junho de 2013

"MOVIMENTE-SE" 3º ATO - Protesto amanhã (27) nos trilhos da Vale

Movimento popular reivindica contra ações da Mineradora e Governo Federal
O manifesto realizado na terça-feira última (25), encabeçado pelo “Movimente-se”, levou a pauta de reivindicações locais perante o gestor municipal, João Salame Neto, e agora parte para um novo protesto. A comissão do movimento já organizou o terceiro ato, para esta quinta-feira (27), contra as ações da Mineradora Vale do Rio Doce e seus efeitos na região sudeste do Pará.
A terceira concentração ocorre às de 16h de hoje, sob as dependências da Praça da Criança, popularmente conhecida como “Praça do Foguete”, na Folha 17. O pico do protesto será a ocupação dos trilhos da mineradora.
Na ação de anteontem, cerca de 250 manifestantes terminaram o trajeto até a frente da Prefeitura Municipal de Marabá (PMM), e cumpriram os atos que deram corpo ao protesto.
A aglomeração iniciada em frente à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no Bairro Cidade Nova, efetuou por várias vezes o fechamento da Rodovia Transamazônica (BR-230), para concentrar no local o maior número de condutores. Enquanto parte do grupo fazia o bloqueio da via, uma multidão de jovens ia panfletando nos caminhões e carros populares. Após alguns minutos, a BR era liberada.  
O objetivo da mensagem nos panfletos era conscientizar a população local acerca dos problemas locais e nacionais, que afetam diretamente a classe trabalhadora.
Ao longo do protesto, Ribamar Ribeiro, professor do Instituto Federal do Pará (IFPA), lia com ênfase as reivindicações centrais do movimento.
A dinâmica do protesto continuou com o total de manifestantes aglomerados na secretaria, partindo em caminhada pela Transamazônica, bloqueando esta temporariamente, no sentido Cidade Nova a Nova Marabá.
Os dois sentidos da BR-230 foram fechados para reivindicação, às proximidades da Folha 33 e da Rodoviária Pedro Marinho de Oliveira, na Folha 32. Segundo o Movimente-se, a falta de um viaduto neste espaço é mais uma prova de que o governo favorece aos empresários, em detrimento de melhorias à população local. Além disso, a rodoviária também faz um serviço que deixa os usuários de nariz torto.
Por fim, mais uma vez os manifestantes chegaram da caminhada de protesto em seu destino, a Praça Osório Pinheiro, onde fica o prédio da prefeitura. As reivindicações locais, para debate com o governo João Salame, estavam baseadas no tripé: Educação, Saúde e Transporte. O prefeito analisou a proposta diante de todos os manifestantes.
Após conversa com o gestor, houve a colagem dos cartazes no muro de uma loja do Paraíba, que fica ao lado do prédio da prefeitura, que tinham mensagens comunicando reivindicações dos protestantes. Além deste ato final, alguns jovens se “empolgaram” a ponto de picharem o muro.
Contudo, membros do grupo comprometeram-se com a limpeza. O tipo de coisa que uma pá de cal resolve.

Pauta Transporte:
Passe Livre pra estudantes e desempregados.
Redução da tarifa para 1.80 R$
Retirada da catraca inútil no fundo do ônibus.
Melhoria nos ônibus e aumento da frota.
Saúde:
Não à privatização dos hospitais.
Realização da Conferência Municipal de Saúde.
Educação:
Eleição para diretores de escolas públicas.