O grupo “Movimente-se”
realizou na tarde de ontem (28) o 3º ato da onda protestos, iniciados em
Marabá. A concentração começou por volta das 16h sob as dependências da Praça
da Criança, largamente conhecida como “Praça do foguete”, no Núcleo Nova
Marabá. (Ver vídeo)
Durante o terceiro ato de
reivindicação, o professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Wanderley
Padilha, frisou novamente os objetivos desse protesto e algumas conquistas já
alcançadas:
“Nós não queremos a
privatização do Hospital Municipal de Marabá. Isso é o que está acontecendo nos
hospitais a nível nacional. Nós queremos é mais recursos na saúde. Queremos
mais gestão controlada pela população, através do conselho de saúde. Tem uma
praticamente eleito e retirado da Conferência Municipal de Saúde. Nós queremos
ainda a construção de escolas nos setores onda moram a população mais
pobre dessa cidade, que são nas
ocupações urbanas, nos setor rural, pra poder dar um atendimento escolar para
os filhos dos trabalhadores. Essa Manifestação é parte das duas outras que
foram construídas e, possivelmente, é parte das próximas que virão. A nossa
luta segue. O movimento se organiza assim”.
Também participando do 3º
ato, o professor do Instituto Federal do Pará (IFPA), Ribamar Ribeiro, enfatizou
o caráter da luta:
“Vamos manter a mesma raça,
a mesma fibra da última quinta-feira(20) e da terça-feira(25). Vamos seguir
firme. O movimento continua e temos que garantir os compromissos de pelos a
três pautas que foram feitas. Vamos manter a luta. O que garante nossa energia aqui na rua é a
disposição de termos uma pauta firme, por direitos em Marabá. Eu acho que não é
momento de desanimar. E sim de incorporar essa energia aqui na rua, e continuar
a luta. Se a polícia está aí é porque ela tem medo da presença do povo na rua.
Vamos às ruas!”.
Após isso, a turba de
manifestantes partiu rumo ao trilhos da mineradora Vale do Rio Doce, que cortam
o Bairro Nossa Senhora Aparecida – o famigerado bairro da “Coca-Cola” – com
gritos de protesto. Entre eles, os mais notados foram: “Vem... Vem... Vem pra
rua vem!” e “Dois reais, ninguém aguenta. Eu quero é um e oitenta!”.
Cantarolando algumas das marchinhas
de resistência, endereçadas à mineradora, um membro do movimento, Edilson
Gondim, maestrou no carro de som: “Mamãe,
eu quero! Mamãe, eu quero! Mamãe eu quero lutar. Me organizando, me
organizando, me organizando pra essa Vale eu derrubar!”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário