Em reunião
realizada ontem (24), na Universidade Federal Pará – UFPA, participantes e a
comissão do “Movimente-se”, um movimento popular que levou quase 4 mil pessoas para
a frente da Prefeitura Municipal de Marabá (PMM), durante protesto na
quinta-feira última (20), confirmaram o segundo ato. A segunda concentração
ocorre às 16h de hoje (25), em frente à Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Cerca
de 60 pessoas, entre estudantes e representantes de entidades civis,
acompanharam a reunião que revitalizou as pautas centrais do protesto bem como
a organização do manifesto de hoje.
Segundo
a direção do Movimente-se, todas as reivindicações serão informadas ao atual prefeito,
João Salame, ainda nesta manhã.
A
dinâmica do protesto vai seguir algumas fases. Inicialmente, durante a
concentração na SMS os manifestantes pretendem parar os ônibus coletivos, e
panfletarem nos mesmos, convocando a população. O objetivo é conscientizar os
munícipes dessa tomada de postura em face dos problemas locais e nacionais, que
afetam diretamente a classe trabalhadora.
Ribamar Ribeiro, professor do IFPA, enfatiza abraços simbólicos |
De
acordo com Ribamar Ribeiro, professor do IFPA, abraços simbólicos também serão realizados nos coletivos.
No
segundo momento, o total de manifestantes aglomerados na secretaria vai partir
em caminhada pacífica pela Transamazônica (BR-230), bloqueando esta
temporariamente, no sentido Cidade Nova a Nova Marabá.
Um dos
pontos de protesto vai ser às proximidades da Folha 33 e da Rodoviária Pedro
Marinho de Oliveira, na Folha 32. Para o professor da UFPA, Evandro Medeiros,
os moradores da 33 perderam a construção de um viaduto, que para dizer a
verdade, foi feito perto do Supermercado Mateus, a fim de atender os
empresariado local. Além disso, a rodoviária também será criticada.
Por
fim, os manifestantes terminarão a caminhada de protesto novamente na Praça
Osório Pinheiro, onde fica o prédio da prefeitura. Após conversa com o gestor,
haverá uma colagem dos cartazes que comunicam reivindicações dos milhares de
protestantes.
As
reivindicações locais, para debate com o governo João Salame, estão sentadas no
tripé dos seguintes serviços públicos: Educação, Saúde e Transporte. “Seguindo a
ordem de prioridade, primeiro é transporte, que é a pauta nacional, depois saúde
e educação. Teremos datas também para que o gestor se comprometa”, observa Medeiros.
Michelotti, vice-coordenador da UFPA, revigora o protesto em favor dos amazônidas |
Fernando
Michelotti, vice-coordenador da UFPA, revigora o protesto em favor dos amazônidas,
como a luta contra construção da hidrelétrica de Belo Monte. Aliás, tendo em
vista a hidrelétrica planejada para Marabá.
Entre
as exigências da comissão no encontro com o gestor estão a presença do mesmo,
para dialogar acerca das pautas de protesto, e a ausência da tropa de choque e
cavalaria durante a recepção dos populares. Isso porque os princípios do
manifesto permanecem como sendo um “Movimento popular sem violência em defesa
dos direitos dos trabalhadores e contra o estado burguês”, o que deu dignidade
ao primeiro ato.
Atos futuros – Um terceiro ato está
sendo planejado com objetivo de reivindicar diretamente do Governo Federal.
Há uma
série de pautas nacionais que serão levados a presidenta e seus representantes,
durante as lutas e manifestações futuras. Mineração, violência e reforma
agrária representam o tripé da reivindicação em nível nacional.
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