NACIONAL ENERGY

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Não falei, lá. Mas valeu a pena. Movimente-se Marabá!!! VAMOS PROTESTAR!!!


Parabenizo a todos que foram à UFPA na Nova Marabá fazer da noite de hoje, 19 de junho, um ATO DEMOCRÁTICO. Que ela seja o útero desse protesto que vem à luz amanhã, dia 20 de junho, a partir das 16h em frente ao Ginásio Poliesportivo da Folha 16. 
Acredito que esse encontro fez parte da gestação do mais forte movimento popular de Marabá e Região.
Eu não pude expor minhas ideias em virtude de estar reportando o acontecimento, para edição de amanhã no Jornal Opinião. TODAVIA, deixo aqui parte dos meus apontamentos sobre esse MOVIMENTO POPULAR.  Tenho duas colocações sobre as pautas desse legítimo protesto e farei o possível pra defendê-las. Mas, antes disso, vou me apresentar e fazer 4 considerações. 

Sou Anderson Damasceno, 27 anos, natural de Marabá, sou professor há 8 anos e leciono nesta cidade desde os 19.
Embora eu também atue na imprensa local, abracei ser professor até que a morte nos separe.
Sou cristão evangélico, minha família toda é Quadrangular. E estou me formando em Letras este ano, aqui pela UFPA. Sei e sinto o quanto custa manter uma casa, estudando e trabalhando.
Considerações iniciais: Primeiramente, há alguns anos, a professora Nilsa Brito trouxe à UFPA o João Vanderlei Geraldi, que durante suas palestras aqui, bem despojado e descolado – só de sandália, calção e camisa – disse algo que me assustou.
Ele expôs a visão dele sobre a universidade e sobre o vestibular. Em resumo, as palavras de Geraldi foram: Não devia existir seleção através de vestibular e que o certo é ter vaga pra todo mundo que quer fazer um curso superior. FALO ISSO TUDO porque sou a favor de 10% do PIB na educação pública. 
Segundamente, ontem vi o post de uma ex-aluna, Aieska, Papa Francisco: “Um cristão, se não for revolucionário nos tempos atuais, não é cristão”.
CITO ISSO porque a cristandade local não pode se isentar de uma postura contra a asfixia social que nós, cidadãos brasileiros passamos. 

A primeira parte do livro escrito por Eduardo Galeano – As veias abertas da América Latina – estuda A POBREZA DO HOMEM COMO RESULTADO DA RIQUEZA DA TERRA (p. 27). Ouro, açúcar, café, ferro... Eu tô farto de ser sugado! SOMOS RICOS E MISERÁVEIS AO MESMO TEMPO!
Entendo o lado de protesto conforme o livro A desobediência civil. Henry D. Thoureau diz: “Todos reconhecem o direito à revolução, ou seja, o direito de negar lealdade e de oferecer resistência ao governo sempre que se tornem grandes e insuportáveis a sua tirania e ineficiência” (p. 17). Thoureau foi preso por se negar a pagar imposto.
Terceiramente, sou contra o vandalismo, os saques às lojas, e depredação do patrimônio público e privado. Acredito no protesto pacífico. E Sou contra os revanchismos partidaristas... VINGATIVOS, e eivados de imoralidades inconstitucionais.
Thoureau também critica a “Polícia Militar”. Mas, não devemos esquecer que esse poder de exército é dirigido pelo estado. Ele diz: “Constitui-se o exército permanente em um mero braço do governo permanente” (p. 13). Cito o professor Thoureau de novo porque a violência da PM tem que ser revista.
Gandhi: “Olho por olho e acabaremos todos cegos!” 

Quartamente, levanto a bandeira de que o povo brasileiro é maior que qualquer partido político. Não sou filiado a nenhum partido e isso não me torna menos cidadão. Nem me toma o direito de reivindicar.
Colocações: I – Repito aqui o que comentei em um dos posts de convocação desta reunião.
Escrevi: “SALVEM OS PROFESSORES!”. Esta é “a minha” pauta nacional.
II – Novamente, como postei no Facebook, a pauta local (lembro que sem querer escrevi “puta local”, ao invés de pauta. Isso na hora que estava articulando o que trazer a esse debate) a pauta local é execução de políticas públicas pra adolescentes e jovens vulneráveis em Marabá.
E, um adendo nisso tudo, FAÇAMOS NOSSAS BIBLIOTECAS PÚBLICAS FUNCIONAREM.
Considerações finais: Parabenizo, sobretudo, o professor Evandro Medeiros e a senhora Alexandra Duarte pela tomada de postura.

E, por último, repito: SOU APARTIDARISTA, e não votei na Dilma. Agora, ver uma mulher associando o mal governo do PT ao fato da Dilma ser mulher é o cúmulo do machismo, internalizado em grande parte das mulheres de hoje. Boa noite!

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