HOMICÍDIO - No bar, cabeleireiro é morto por dupla da moto e bala acerta criança

Corpo estirado no chão foi local onde Cleiton teve o último suspiro

Mesmo após o clima tenso das eleições, a ação de criminosos não para em Marabá. Na manhã desta segunda-feira (27), um homicídio estragou o tranquilo feriado de populares que residem no Bairro Liberdade, situado no núcleo Cidade Nova. Além da morte de um rapaz, os disparos com arma de fogo afetaram uma criança, que ainda pôde ser socorrida.   

O cabeleireiro conhecido como Cleiton veio a óbito por ser baleado, enquanto frequentava o Chocolate Bebidas, um estabelecimento localizado na esquina das Avenidas Paraísos e 31 de Março. A menina que sofreu ferimentos de raspão é filha do proprietário do espaço, que também funciona como bar.

A equipe da Polícia Militar (PM) que fazia plantão na viatura 0404, sob comando do Cabo Edinam, se dirigiu para o local do crime e procurou levar informações do atentando.

Segundo a PM, a vítima já tinha sido presa e se encontrava há um bom tempo em liberdade.

“A gente não sabe o decorrer desse tempo. Só sabe-se que foram dois elementos que passaram numa moto, não caracterizada, e um efetuou os disparos. O dono do bar estava ausente no momento e ligaram para ele informando que a filha tinha sido atingida com tiro de raspão”, pontua.  

A PM não teve contato direto com a criança, mas o Cabo confirmou que estavam entrando em contato com equipes da Nova Marabá para saber qual foi a assistência dada.

De acordo com uma mulher da vizinhança, a pequena foi levada pelos responsáveis para o Hospital Municipal de Marabá e, de início, não aparentava correr risco de vida.

ASSOCIAÇÃO DE ESCRITORES - Nova entidade planeja ações que geram oportunidades para artistas da região

Militantes da arte unem forças

Criar a Associação de Escritores do Sul e Sudeste do Pará foi o tema central da conversa entre um grupo de militantes da arte, realizada durante reunião na Biblioteca Municipal Orlando Lima Lobo, situada na Marabá Pioneira, na noite de sexta-feira última (24). O coletivo soma artistas, entre eles, escritores, cantores, dramaturgos, e profissionais como professores, jornalistas e advogados engajados nas manifestações culturais da região.

No encontro, foi arquitetado o caminho que o time vai percorrer até a criação da nova entidade, bem como os objetivos e princípios que vão orientar as ações.

Segundo os idealizadores da associação, os literatos Airton Souza e Eliane Soares, vai potencializar a dinâmica da arte.  

Também professora da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, Eliane Soares, levantou a questão do caráter filantrópico, uma vez que a associação não tem fins lucrativos.

“O apoio de amigos advogados, que são engajados com as manifestações de arte, poderão nos dizer como funcionam os princípios legais de forma mais detalhada. E cada membro pode contribuir”, afirma.

Entre os presentes estavam Nilva Burjack, Adão Almeida, Evilângela da Silva, Claudimar Campos, Cláudia Chini, Lara Borges, Rose Pinheiro, Lusinete Silva, Creusa Salame, Katiucia Oliveira, Joelthon Ribeiro. Um dos grandes desafios é dar corpo à instituição, isto é, ter um local para o funcionamento e reunião dos associados.

Para Lara Borges, que coordena o Instituto Cultural Hosana Lopes de Abreu, situado no Bairro Liberdade, criar a entidade é marco para o desenvolvimento da cidade.

“Há muitos artistas que não tem condições para produzir e divulgar a própria arte. E associação pode criar esse caminho para valorizar essa pessoa e não olhar apenas para os grandes artistas. Apoiar o autor da comunidade ou que é do outro lado do rio”, cita.

Na visão de Claudimar Campos, que trabalha com dramaturgia, esse movimento não vai ter apenas um começo, mas vai permanecer. “Não é um sonho compartilhado sozinho porque é formado por um grupo de pessoas preocupadas em dar suporte a muitos outros”, enfatiza.

A advogada, Cláudia Chini, compareceu à reunião e pode esclarecer dúvidas acerca da criação de associações.

De acordo com Airton Souza, a primeira atividade programada é a divulgação de poemas dos artistas locais em camisas, o que se baseou num projeto de jovens amantes da arte literária. O coletivo de artistas batizou essa medida de “Poemando”.

“Além de divulgar o trabalho do escritor da região, também estaremos mostrando umas das ações desta associação. Um símbolo do que é a associação”, pontua Souza.

Creusa Salame, artista plástica e poetisa que também abraçou o novo projeto, salientou um desafio. “Ninguém se iluda que, montando-se uma associação, ela vai caminhar sem dinheiro. Por isso, temos que pensar com antecedência formas de obter recursos para investir nas atividades”, considera.

A preocupação foi compartilhada pelo coletivo e muitos se dispuseram a criar eventos em prol do projeto.  

ELEIÇÕES 2014 - 2º turno

Josiel Machado e Lucas Cavalcante tiraram o período da tarde para votar

Para o sargento Gomes Silva o local de votação
teve a felicidade de receber eleitores conscientes

O clima deste domingo (26) em Marabá está transcorrendo com bastante calmaria, para a maioria da população. A data marcada para a realização do segundo turno das Eleições 2014 é o momento em que, conforme número do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os 151.555 eleitores poderão fazer o exercício de sua cidadania.  

Na Escola Municipal Irmã Theodora, situada ao longo da Avenida Paraíso, no Bairro Liberdade, os amigos, Josiel Machado e Lucas Cavalcante, tiraram o período da tarde para votar.

A ação foi rápida no julgamento da dupla porque havia poucas pessoas na fila.

Outra dupla, desta vez de membros do Exército Brasileiro (EB), estava próximo da entrada principal da escola e, no interior do prédio, soldados da Polícia Militar (PM) efetuavam a segurança dos votantes e apoio à Justiça Eleitoral.

Milhares eleitores também foram exercer o ofício de cidadão, na Escola Estadual Anísio Teixeira, localizada na Avenida Nagib Mutran – Bairro Cidade Nova.

Segundo o oficial do EB, Sargento Gomes Silva, as equipes destacadas para o local de votação tiveram a felicidade de receber eleitores conscientes. 

Desempenhando a função de Fiscal de Partido, Fabiane Barbosa, se encontrava dentro da unidade escolar, às proximidades da seção 97. Barbosa relatou que não houve nenhum incidente que atrapalhasse o bom andamento da seção. 

CASA & ARTE - Andar no lar de Creusa Salame ganha ares de passeio em atelier

Andar pela casa ganha ares de passeio em atelier

Peixe psicodélico é uma das peças que
marcam logo a entrada da casa

Lar doce lar. Em maio de 1926, na carta endereçada a Godofredo Rangel, Monteiro Lobato registrou um afeto mágico para com o público infanto-juvenil ao dizer "Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar". Não são todos os artistas que cultivam essa qualidade de carinho. Parece o tipo de virtude dos mais maduros e longevos.    

Mas, para provar que isso não está muito longe, um episódio semelhante ocorreu durante a última sexta-feira (25), quando a artista plástica, Creusa Salame, convidou a cantora de Marabá, Nilva Burjack, e advogada, Cláudia Chini, para visitar o atelier pessoal. A artista erigiu na própria casa belos espaços com as peças criadas artesanalmente.

Creusa Salame já realizou exposições de arte em diversas galerias da cidade, sendo que no ano passado, aos 74 anos, publicou também o livro “Contos e crônicas”.

E por falar em morar, quem banha com os olhos a casa da septuagenária não custa muito em concordar que, perto do que disse Lobato, é de se esperar que os adultos queiram morar lá também.

Mármore e lajotas deram corpo a Igrejinha,
nas mãos de Creusa Salame

Enquanto, as convidadas iam passando por cada cômodo, a autora ia citando os nomes das obras, quando as fez e o material utilizado – boa parte dele tirado do que estava destinado ao lixo.

“Cada um pode ter múltiplos olhares ao ver o que fiz. Fazer a própria interpretação”, comenta Creusa Salame.

LANÇAMENTO - Nasce poesia de Joelthon Ribeiro

Obra literária em gênero lírico “Entre sem bater” foi 

lançada em Marabá na última quinta-feira (24)

Ribeiro agradeceu ao carinho dos amigos

Diones Marinho faz homenagem ao literato com boa música

Na quinta-feira última (23), ocorreu o lançamento do livro “Entre sem bater”, escrito pelo membro da Academia de Letras do Sul e Sudeste do Pará (ALSSP), Joelthon Ribeiro, e publicado pela Editora Penalux. A solenidade iniciou às 19h30, na Biblioteca Municipal Orlando Lima Lobo, situada ao longo da Rua 5 de Abril, na Marabá Pioneira, e reuniu, além dos artistas locais, muitos familiares e amigos pois coincidia com o aniversário de 25 anos do autor.  

“Entre sem bater” representa a quinta publicação, sendo que os quatro livros anteriores foram lançados antes do jovem poeta assumir a cadeira de número 22 pela Academia.

No encontro, o amigo de Joelthon Ribeiro, o professor Diones Marinho, abriu as homenagens ao literato com boa música, tocando uma série de arranjos instrumentais no violão.

O poeta de Marabá, Airton Souza, convidou o presidente da ALSSP, Eduardo Castro, após realizar abertura tratando da vida e obra de Joelthon Ribeiro. Castro realizou um discurso afetivo para com Ribeiro e enfatizou a qualidade da amizade, que apesar de nova está bem construída. 

Souza convidou em seguida a autora, Vânia Ribeiro, que comentou traços do estilo poético de Joelthon como o tratamento com o tempo. “Cada escritor tem algo que marca sua obra e o fugidio é um aspecto que ele gosta", pontua.

Vânia, que produziu a obra infanto-juvenil “Pedro Pedroca na Amazônia”, leu trechos de poema Utopia, que compõem a obra Entre sem bater.

Os professores da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, Eliane Soares e Gilson Penalva, também fizeram uso da palavra, colocando em relevo a importância do bom momento que a cidade vive, no que diz respeito à produção artística. “Vejo que a poesia é a melhor forma de viver intensamente a vida”, comenta Penalva.

Antes de receber o clássico parabéns e felicitações, Ribeiro agradeceu ao carinho dos amigos e belas declarações que cada ente fez. Com certa timidez, ele aproveitou para ressaltar aspectos do próprio fazer poético, salientado que os poemas foram produzidos graças ao amadurecimento.

“Eu comecei a ler mais. Vi também uma evolução na forma que eu escrevia... E espero que cada leitor possa interpretar a sua maneira”, observa.

Após a comemoração, o escritor finalizou o evento com momento de autógrafos nas peças adquiridas pelo público.