Andar pela casa ganha ares de passeio em atelier |
Peixe psicodélico é uma das peças que marcam logo a entrada da casa |
Lar doce lar.
Em maio de 1926, na carta endereçada a Godofredo Rangel, Monteiro Lobato registrou
um afeto mágico para com o público infanto-juvenil ao dizer "Ainda acabo
fazendo livros onde as nossas crianças possam morar". Não são todos os
artistas que cultivam essa qualidade de carinho. Parece o tipo de virtude dos
mais maduros e longevos.
Mas, para
provar que isso não está muito longe, um episódio semelhante ocorreu durante a
última sexta-feira (25), quando a artista plástica, Creusa Salame, convidou a
cantora de Marabá, Nilva Burjack, e advogada, Cláudia Chini, para visitar o
atelier pessoal. A artista erigiu na própria casa belos espaços com as peças
criadas artesanalmente.
Creusa Salame
já realizou exposições de arte em diversas galerias da cidade, sendo que no ano
passado, aos 74 anos, publicou também o livro “Contos e crônicas”.
E por falar
em morar, quem banha com os olhos a casa da septuagenária não custa muito em concordar
que, perto do que disse Lobato, é de se esperar que os adultos queiram morar lá
também.
Mármore e lajotas deram corpo a Igrejinha, nas mãos de Creusa Salame |
Enquanto, as
convidadas iam passando por cada cômodo, a autora ia citando os nomes das
obras, quando as fez e o material utilizado – boa parte dele tirado do que
estava destinado ao lixo.
“Cada um pode
ter múltiplos olhares ao ver o que fiz. Fazer a própria interpretação”, comenta
Creusa Salame.
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