Exposição de 34 telas dura até 14 dezembro
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Mostra de Líris Pimentel desperta o paladar pela arte |
São
34 fotografias em grande dimensão, retratando interiores de pomos e legumes. A
exposição está aberta ao público até o dia 14 de dezembro.
Pimentel
possui mais de 2 mil peças produzidas em 4 anos de trabalho artístico. A
reportagem quis saber por que frutas descartadas em feiras se tornaram o mote da
exposição.
“Porque
era algo que é desprezado pelas pessoas. Mas, eu vi nisso que podia mostrar uma
beleza capaz de chamar a atenção delas. Há muito desperdício de frutas. Às vezes,
elas são machucadas, só que poderiam ser reaproveitadas e ainda alimentar muita
gente que passa necessidade. Há comerciantes que não têm essa sensibilidade”,
afirma.
A
artista observa ainda serem poucos os empresários, pela cidade, que tentam empregar
esse material em trabalhos sociais.
Além
de descortinar a beleza em frutas despejadas, machucadas ou estragadas, a
autora acentua que a arte nasce de uma visão critica da sociedade.
“Eu
senti na pele o que as pessoas carentes passam, cantando frutas para se
alimentar e por isso são descriminadas. Eu catei junto com elas, em silêncio. E
percebi que ninguém se importa com a necessidade delas, são ignoradas”, revela
Pimentel, que tem formação em Ciências contábeis, todavia não seguiu carreira
na área.
Entre
o público presente, as apreciadoras de trabalhos visuais, Sinara Cangussu,
diretora da Escola Estadual Anísio Teixeira, e Lara Borges, coordenadora do
Instituto Cultural Hosana Lopes de Abreu, se sentiram tocadas pelas imagens.
Uma
gama de artistas plásticos somando Creusa Salame, Félix Urano (Tibirica) e
Antônio Botelho (Botelhinho) também tiraram impressões fortes do material. Escritores da Academia de Letras do Sul e Sudeste do Pará, Joelthon Ribeiro e Eliane Soares, fizeram percurso
pela galeria.
Além
personalidades pertinentes ao campo da arte, dezenas de estudantes da Escola
Estadual Professora Tereza Donato de Araújo marcaram aproveitaram a noite de
abertura. A aluna, Raquel Soares, e o professor de história, José Mazolene,
comentaram que ficaram surpresos com o que viram.
Durante
a programação, os adolescentes Andressa e Matheus realizaram uma apresentação
de danças para o público.
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