Escritoras Creusa Salame e Rose Pinheiro fazem singela troca de obras |
Além dos
sabores de cappuccinos e pães de queijo, o paladar dos participantes
experimentou a poesia de diversos artistas de Marabá, que tiverem trechos de
seus livros declamados por toda a noite.
Na ocasião, quem
abriu o evento com palavra de saudação e boas vindas foi o professor da Escola
Estadual Tereza Donato, Raimundo Nonato. Após a recepção, o historiador
convidou a poetisa, Eliane Soares, uma das idealizadoras do movimento
sarauista, para deliciar os ouvidos de quem curte literatura.
Na roda
poética, era de se encontrar grande diversidade de público.
Aline
Pinheiro trouxe uma das turmas do Centro Educacional Europa, onde leciona curso
supletivo. Entre os alunos, Thayná dos Santos de Campos e Paulo Henrique
Ribeiro comentaram que desconheciam a existência desse coletivo de poetas e
artistas em Marabá.
“Eu estou
achando muito interessante a forma como todos se envolvem e participam. Eles
demonstram que acreditam na arte e vivem isso”, afirma Campos, que trabalha no
shopping.
Estudantes Paulo Ribeiro e Thayná Campos participaram pela primeira vez do evento |
Cinthia
Rabelo, pedagoga e amiga da escritora de títulos infanto-juvenis, Vânia
Ribeiro, recitou versos de Kacá Maciel, artista de Fortaleza (CE), intitulado
"Sobre o fim". Rabelo afirmou já ter participado de outras edições a
convite da amiga que desta vez não veio.
Creusa Salame,
autora do livro “Crônicas e poesias”, declamou poemas de novo livro que é a
novidade do momento. Ele é fruto do projeto Tocaiúnas, em que 11 escritores da
região se uniram para publicar 11 títulos de livros de uma vez só. A escritora
de 75 anos está publicando a segunda obra nesta iniciativa.
"Sou um
disseminador da palavra", diz verso que resume bem o objetivo desejado pelo
coletivo de poetas. O lançamento está programado para este mês e serão cerca de
3000 peças.
Cláudia
Chini, advogada que tem predileção pelo poeta português, Fernando Pessoa, deu
voz aos versos de "Ultimato". O poema pertencente a um dos
heterônimos pessoanos, conhecido como Álvaro de Campos, tem conteúdo político.
Raimundo
Nonato aproveitou a oportunidade e leu versos de texto artístico da professora,
Arlethe Ferreira, que atualmente ainda está preparando lançamento de seu
primeiro livro.
Fátima
Alveeira, autora de “Universo Poético”, além de ter participado de vários
saraus, novamente teve a alegria de ver aqueles que apreciam a obra lírica.
Teatro – O dramaturgo brasileiro, Décio de
Almeida Prado, diz que o teatro é uma arte que entra “pelos olhos e pelos
ouvidos”. E foi o tipo de sensação que marcou a 20ª edição do sarau. Lara
Borges, coordenadora do Instituto Hosana Lopes de Abreu, localizado no Bairro
Liberdade, veio com a Companhia de Teatro Asas da Liberdade.
Crianças que
ensaiam no Instituto efetuaram algumas dramatizações caracterizadas de palhaço.
Os sarauistas se encantaram com as encenações de Dengosa (Esther Silva Silva),
Beijoca (Sarah Silva Silva) e Florzinha (Crislane dos Santos Martins) e Paçoca (Luiz
Davi), já anunciando o clima de antevéspera do Dia das crianças.
Após as
crianças, Claudimar Campos encenou uma linha de drama que enfatiza a
importância do livro. “A tua existência é para a posteridade de toda a
humanidade”, disse Campos, durante o monólogo.
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